CarreiraO que aprendi no MIT sobre criar e fazer

O que aprendi no MIT sobre criar e fazer

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O que aprendi no MIT sobre criar e fazerDe tempos em tempos, é preciso uma pausa. Parar para respirar, reinventar-se e aprender. Estudar e conversar são alguns de meus deleites nesta vida, e lá fui eu para uma temporada de um mês no Massachusetts Institute of Technology (MIT) estudar inovação radical e social data em um dos principais centros de referência em tecnologia do mundo.

Logo na chegada, você é recebido pelo Stata — um prédio futurista, onde alguns enxergam uma folha de papel amassada, uma “metáfora para a liberdade, a ousadia e a criatividade da pesquisa que deve ocorrer dentro dele”. O projeto é de Frank Gehry, arquiteto do Museu Guggenheim de Bilbao.

Caminhando pelas alamedas e conversando com pessoas do mundo inteiro, percebe-se algumas missões do MIT: sempre questionar como funcionam as coisas, a vida, o Universo — ou seja, tudo. Já questionou hoje? Ali você percebe que todos os lugares são labs. Pensou? Faça, aprenda fazendo. Compreendeu? Compartilhe.

Entenda que não dá para sentar em um laboratório e esperar que ideias apareçam. Explore o que outras pessoas pensam. Insistir e errar faz parte do jogo, e a busca da excelência é um exercício diário. Já errou hoje, ou só criticou?

O MIT é um lugar à frente de seu tempo, com uma pressa e urgência cuja sensação é que, se não fizermos isso, alguém vai fazer. Estuda-se e produz-se produtos na fronteira da privacidade genética, ética de humanoides, futuro do dinheiro, DNA invisível, prototipagem rápida e impressão 3D para a indústria pesada.

Coisas que nem conhecemos, mas sempre colocando o ser humano no centro. O passado é uma referência. “Sem lousa, giz, livro de papel e computador eu não ganharia o Nobel”, diz um professor.

Como ensinou meu professor indiano Sanjay Sarma: “Invenções transformam dinheiro em ideias. Inovação transforma ideias em dinheiro”. E aí começa o dilema da inovação: como combinar propósito com lucro, colocar os funcionários em primeiro lugar e fim de semana de três dias. É o que se chama por lá de “o dilema do capitalista sobre a inteligência coletiva global”.

Foi fabuloso encontrar tantos brasileiros que anseiam por um país inovador e ético. Pelos muitos brasileiros que encontrei inovando em Boston, voltei para o Brasil com a sensação de que o país está preparado. E você, está pronto para a destruição criativa, para a competição da inovação global?

[Crédito da Imagem: MIT – ShutterStock]

Artigo originalmente postado em www.gilgiardelli.com.br

Gil Giardelli
Gil Giardelli é um dos maiores especialistas brasileiros do mundo.com, com 14 anos de experiência na era digital. Gil é web ativista, difusor de conceitos e atividades ligados à sociedade em rede, colaboração humana, economia criativa e inovação digital. Por onde passa, Gil difunde ideias inovadoras e inspira o empreendedorismo social no Brasil através de suas palestras, aulas, e redes sociais. Gil é professor na ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) nos cursos de Pós-Graduação, MBA, Miami Ad School e do CIC (Centro de Inovação e Criatividade) e da FIA-USP (Fundação Instituto de Administração), além de palestrar em mais de 600 eventos nacionais e internacionais como o TEDxSudeste, TEDxPortoAlegre, Encontro Internacional EducaRede em Madrid, entre outros. Curador das redes Inovadores ESPM, Sou Empresário e Arca de Gentileza, Gil também promove a inovação digital através dos blogs da HSM e na Você S/A e da Gaia Creative, empresa de inteligência de mídias sociais e inovação do qual é atua como CEO. Alguns dos clientes da Gaia Creative são o Grupo Protege, BMW Brasil, MINI Brasil, SEBRAE, TJSP, TAM, entre outras.Site: http://www.gilgiardelli.com.br

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