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O computador é de quem chega primeiro?

publicado por Davambe

Oh, meu Deus!

Aquele era para ser um domingo feliz, debaixo da sombra da mangueira. Estava o Donzé Severo a curtiu uma tarde fresca a descansar, depois de uma semana agitada. Sua casa fazia divisa com uma área florestal. Era uma mata densa, que ninguém sabia ao certo o que lá habitava, mas sabia-se que aquela era uma área reservada e protegida por leis governamentais.

Num domingo temperado entre frio e calor, ele veio visitar-lhe, escutou seu assobio.  Sentiu o frio a penetrar sua barriga, olhou sem esforço e viu-o lhe encarar decisivamente, Donzé Severo ficou imóvel. Ele olhou-o como a pedir algo que não se conseguia decifrar o que era. Olharam-se. Depois de alguns minutos aproximaram-se. Se o Donzé parecia assustado, ele não estava nem um pouco. Pelo menos é o que concluiu. A filha do Donzé e sua esposa correram e se juntarem a eles para uma sessão de fotos. Afinal aquele era um dia triste e alegre ao mesmo tempo, que merecia um registro. Foi um encontro memorável entre duas individualidades desencontradas, que de repente se juntavam para breves questionamentos. O pequeno sagui parecia perguntar: quem estava a invadir a propriedade alheia. Sem nenhuma resposta, Donzé desceu da rede e espantou o bicho, mas ele ficou a correr de um lado a outro, até que ficou parado. Houve rogarias para ele se desconectar e continuar a sua viagem, entretanto o animal se avolumava imponente e continuava no muro a olhar.

“Esse bicho silvestre está acostumado com gente. Coitado!”, disse sua filha, “certamente está com fome, vou dar uma banana.” Concluiu. Mas sua mãe  muito rapidamente interveio, “nem pensar, senão ele se acostuma e nunca sairá daqui.” Foi então que entre um discurso e outro a temperatura temperada passou a esquentar muito mais que esfriar, a vista do Donzé escureceu, o pequeno sagui aumentando de tamanho, alcançando o tamanho de macaco, em seguinte avolumou-se mais ainda, alcançando o tamanho de gorila, o tamanho da casa. Entre miados, cicis e chiados muitos filhotes de sagui ocuparam o espaço da casa. Donzé Tentou se mexer não conseguia, seu corpo estava muito pesado, moribundo.

A esposa do Donzé desesperada pegou um balde, encheu de água, arremessou contra o pequeno, porém esse escapuliu. A água atingiu seu marido, que despertando da inconsciência temporária. Levantou, tropeçou, tombou. Levantou novamente cambaleando. O sagui saiu a correr em direção a floresta vizinha.

A discussão teve início entre a família dele quando se debruçaram sobre a invasão. Afinal, quem estava invadindo o espaço de quem?

Davambe.

Autor

Consultor de TI, com mais de 25 anos de experiência, Escritor. Autor de "O Segredo da Felismina", "Tanto Lá Quanto Cá" e "A Sereia de Tupa". Email: geraldo.nhalungo@davambe.com.br www.davambe.com.br

Davambe

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