Nesse nosso dia-a-dia do mercado de TI, estamos sempre às voltas com tipos de empresas, profissionais e negócios muito diferentes. Na minha trajetória profissional, tive o privilégio de assistir e interagir em diversas situações, tanto no Brasil como no exterior. Aproveito este espaço para partilhar essas experiências e , neste primeiro artigo, gostaria de apresentar uma inquietação pessoal…
O CIO morreu?
Eu acho que sim. Pelo menos, no termo puro da palavra. Em um passado recente, víamos os CIO´s envolvidos no dia-a-dia da operação, querendo receber alertas de paradas nos sistemas e discutindo o bits & bytes das soluções.
Pessoalmente, valorizo muito quando conheço um diretor de TI que já na primeira reunião dá um “banho” de conhecimento do negócio, das metas estratégicas da empresa e onde a TI se insere OBJETIVAMENTE para atingir isso e onde ele deve EFETIVAMENTE concentrar seus esforços.
Parece óbvio, mas não é… Não é todo gerente de TI que virá CIO e consegue fazer essa transição. E, do lado dos fornecedores, percebemos algumas características que um profissional pode reunir para fazer essa passagem com melhores resultados:
– Formar uma boa equipe: normalmente, um profissional de TI quer estar sempre atualizado com os lançamentos tecnológicos, usar um smartphone “mais velhinho” pega mal….Mas pergunte sobre relações humanas e políticas, se leu algo a respeito ao longo de sua carreira, que não seja auto-ajuda de gestão de pessoas…
– Aprender a delegar: em algumas ocasiões passo dias discutindo um projeto em um cliente e começo a perceber que o time da operação está desalinhado com o gestor ; o projeto vai tomando um rumo que não era o combinado inicialmente… Me lembro de ter lido em algum lugar: delegar não é abdicar. Monitorar o andamento é fundamental!
Ninguém faz nada sozinho. É notável a diferença de lidar com uma empresa em que a equipe do” mão na massa” foi bem escolhida e é bem gerenciada.
Quanto mais conheço tecnologia, percebo que são as pessoas, seus desejos e motivações, que fazem a diferença!