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E se o Brasil não acabar em 2016?

publicado por Alberto Parada

Figura - E se o Brasil não acabar em 2016?As previsões mais otimistas dão conta de que o mundo não chegará ao segundo semestre de 2016. O clima na Europa está quente, os refugiados apertam os muros das fronteiras, os radicais prometem mais atentados, as principais capitais do mundo em pânico, e, se não bastasse tudo isso, um ditador mirim de uma nação comunista em frangalhos, brinca de “War” e estoura uma bomba para mostrar o seu poder. O antes temido e reverenciado dragão chinês parece esmorecer e dá sinais de urso panda, grande, forte, mas inofensivo. Para apimentar esse cozido, o federal reserve resolveu aumentar os juros e chamar todo dinheiro do mundo de volta para as terras do “tio San”.

Abaixo do equador a coisa está preta. Maduro a um passo de um novo golpe, os países andinos se equilibrando para não cair, parece que uma luz começa a brilhar vinda da Patagônia e não tem jeito de trem, os sinais são de um presidente que apenas está fazendo o obvio.

Sobrevoando a republiqueta das bananas a paisagem não é das melhores. São Paulo mostrou ser o santo padroeiro do estado que leva seu nome, negociou com o amigo Pedro e depois de ajudar os administradores que tem como a maior ferramenta de gestão o terço para rezar, fez chover e abrandou o deserto. No sul, Curitiba tornou-se o maior presidio executivo da história. No Centro-oeste, Brasília continua a produzir ladrões de todos os níveis, e, fala-se a boca pequena, que tem gente em São Bernardo com medo de sirene de ambulância.

Não resta dúvida, que com todo esse cenário, o dia do juízo final está perto. Para tanto, basta o “ditador mirim” acordar de mau humor que o mundo certamente deixará de ser como é… na verdade, ele já deixou faz tempo, só que a maioria das pessoas é que ainda não percebeu.

A famosa marola de 2008, na verdade, era a formação de um tsunami que foi represado até a eleição de 2014 e explodiu em 2015. O “bom” é que os “gênios da economia”, que criaram essa situação, ganharam a eleição e estão experimentando seu próprio veneno. Imagine só se a oposição, que também não é “flor que se cheire”, tivesse ganhado a eleição?! Hoje muitos estariam rezando aos pés do caudilho tupiniquim para que ele voltasse.

Com certeza todos que pularam as sete ondinhas tiveram pelo menos um pedido em comum: o de um país melhor em 2016. Esperança foi a palavra mais repetida; esperam um país melhor, esperam mais empregos, menos roubos, políticos honestos, dinheiro no bolso, segurança… No entanto, segundo o dicionário, esperança e esperar são palavras com sentidos absolutamente diferentes como percebe-se claramente abaixo:

Esperar: “Ficar em algum lugar até que chegue alguém ou alguma coisa que se tem como certa ou provável; aguardar. ”

Esperança: “Sentimento de quem vê como possível a realização daquilo que deseja, confiança em coisa boa, fé.”

A diferença entre uma e a outra é a ação, simplesmente. Algumas pessoas acreditam que esperança e esperar são sinônimos, mas não são. Para se ter esperança é necessário agir, acreditar que é possível, e, com seus próprios meios, alcançar o que se almeja.

Com a experiência que tivemos de décadas esperando, um governo melhor, um emprego melhor, uma oportunidade melhor, é perceptível que, esperar sentados para que o mundo mude não dá resultado.

Para os mais pessimistas, que sempre esperam e pouco fazem, a má notícia é a de que o Brasil não irá acabar. Para os mais otimistas, que não ficam esperando, mas que estão desnorteados e estão se perguntando: “e agora o que fazer?”

O primeiro passo é admitir que o mercado de trabalho se modificou, que passamos por um momento de reestruturação. Entender que o emprego em alta com a economia aquecida vai demorar algumas décadas para voltar a acontecer. A saída é se ajustar para o novo modelo de contratação, da mesma maneira que, em décadas passadas, diversas profissões deixaram de existir, agora não será diferente. Em compensação, outras estão surgindo para atender as novas demandas. Dessa forma, querer manter-se fazendo o que se fazia e receber o salário que recebia é certeza de fracasso.

No entanto, até o mercado voltar a se aquecer, precisamos comer, vestir, criar filhos e pagar contas, e não dá para mudar da noite para o dia. Ajustar as contas, baixar o padrão, e, como diria um amigo, “deixar de ir três vezes por ano para a Europa e ir uma só” não é fundamental, é mandatório.

O segundo passo é entender como o mercado está funcionando. O empreendedorismo não é mais moda e sim alternativa. Menores custos com soluções de inovação é o que o mercado está clamando. Enveredar por trabalhos de free lancer não é tão fácil como parece, mas é um bom caminho para garantir uma renda.

É importante lembrar que em outubro teremos eleições. E, para quem ainda não entendeu, eleição não é uma corrida de cavalo em que você tem que apostar no vencedor. Os dois turnos foram criados para que no primeiro você vote em quem você tem mais afinidade e acredita, mesmo que seja de um partido nanico, e no segundo turno você escolha o menos ruim. Candidato bom não é o bonito, não é o que fala bem, nem o desconhecido. Candidato bom é aquele que tem histórico de competência, seja política ou corporativa, e está cercado de gente séria ao seu redor.

No legislativo os vereadores não têm poder de muita coisa a não ser fiscalizar o prefeito, ouvir e acreditar em histórias que irão aumentar o policiamento e fazer mais creches é papo furado.

A maioria das mudanças que ocorrem nas nossas vidas não são fáceis e raramente sem dor. O momento que vivemos é exatamente esse, está doendo e criando feridas e com certeza deixarão cicatrizes. Porém é justamente nesse momento que conseguimos separar o “joio do trigo”, portanto vamos aproveita-lo para esperar menos e fazer mais, e assim, quem sabe, conseguiremos ter de verdade um “feliz 2016”.

[Crédito da Imagem: Brasil – ShutterStock]

Autor

Fundador do : descomplicandocarreiras.com.br

Alberto Parada

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