Na fase que antecede a elaboração dos cenários de teste, devemos planejar o ambiente em que a aplicação será testada. O ambiente não é apenas uma configuração de hardware, mas toda a estrutura onde o teste será executado. (BASTOS, Aderson et al., 2007)

O escopo do ambiente será definido pelo nível de teste a ser executado:
Quanto maior o nível, mais o ambiente de teste deverá ser capaz de reproduzir as características do ambiente de produção. (BASTOS, Aderson et al., 2007)

Equipe
De acordo com (RIOS, Emerson & MOREIRA, Trayahú, 2003), na maioria dos casos, podemos considerar como responsáveis pela execução dos testes os seguintes profissionais.
- Lider do projeto de teste;
- Arquiteto de teste;
- Analista de teste;
- Testador.
No processo de teste, as responsabilidades desses profissionais são estabelecidos pela matriz mostrada no Quadro.

A criação, pela equipe de teste, de um ambiente isolado, organizado, representativo e mensurável garante a descoberta de erros reais. (BASTOS, Aderson et al., 2007)
A criação desse ambiente possibilita a realização dos testes de iteração e sistema, de modo a permitir a integração das diferenças camadas e/ou ambientes. (BASTOS, Aderson et al., 2007)
É preciso que a preparação do ambiente seja discutida (equipamentos, softwares, browser em aplicação Web etc.) devem ser identificadas no momento inicial do projeto. (RIOS, Emerson & MOREIRA, Trayahú, 2003)
De acordo com (RIOS, Emerson & MOREIRA, Trayahú, 2003), ao definir o ambiente de teste, devemos considerar:
- O sistema operacional;
- A arquitetura do sistema;
- A identificação dos componentes;
- O meio de acesso ao sistema;
- A linguagem de programação utilizada;
- A conectividade entre os ambientes.
Segundo (RIOS, Emerson & MOREIRA, Trayahú, 2003), a criação de um ambiente de teste isolado deve contar com algumas características capazes de garantir a integridade dos testes realizados. São elas:
- Ambiente isolado, com processamento independente e características similares ao ambiente de desenvolvimento e produção;
- Ambiente restrito à equipe de teste;
- Criação da massa de teste com dados conhecidos e representativos quantidade e qualitativamente, de modo a atender aos cenários de teste a serem executados e garantir a cobertura do código.
Segundo (RIOS, Emerson & MOREIRA, Trayahú, 2003), para a criação da massa de teste podem ser empregados dados de produção, mas, para isso, dois procedimentos devem ser adotados:
- Definição algoritmos de filtragem para reduzir a massa de dados, conservando a apresentação do universo de teste;
- Mascarar os dados, garantindo a integridade da informação.
É aconselhável que a base de teste tenha no máximo 30% do tamanho da base de produção. Para que o ambiente de teste esteja o mais próximo do ambiente real.
Segundo (MECENAS, Ivan & OLIVEIRA, Viviane, 2005), os ganhos para o processo de qualidade dos projetos, com a criação de um ambiente independente, são:
- Ambiente controlado;
- Dados íntegros;
- Base de dados reduzida;
- Utilização de massa de dados construída, e não real;
- Facilidade no gerenciamento;
- Processo pró-ativo (trabalhar na prevenção dos erros, e não na correção deles);
- Garantia da utilização das normas e dos padrões especificados;
- Teste de todos os módulos, e não apenas dos que sofreram alteração, garantindo que nada tenha sido alterado após a manutenção.
A garantia da integridade do ambiente de teste está diretamente relacionada à garantia de qualidade do produto. (BASTOS, Aderson et al., 2007)
Uma outra alternativa que vem ganhando espaço no que concerne à preparação do ambiente de teste, são os ambientes virtuais ou emuladores de ambiente, também conhecidos como virtual machines, maquinas virtuais como o VMware.
Essas maquinas possibilitam ao analista de teste criar diversos ambientes, em diferentes configurações de sistemas operacionais e browsers, e até mesmo criar instalações de software e componentes em várias máquinas, utilizando, na realidade, a mesma máquina física. (BASTOS, Aderson et al., 2007)
[Crédito da Imagem: Ambiente de Teste – ShutterStock]