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Ainda há futuro para a Internet?

publicado por Wagner Luis Alves

Figura - Ainda há futuro para a Internet?Há aproximadamente 25 anos a Internet impactou nossas vidas e o nosso dia a dia. Diante deste cenário e de como a rede evoluiu nos últimos anos, é possível imaginarmos para onde a Internet caminhará daqui pra frente?

Em 25 anos de existência a internet mudou a vida das pessoas nos 4 cantos do mundo, prever como será o futuro da Internet é um exercício de futurologia, o que podemos elencar são algumas perspectivas de utilização da rede e questões comportamentais dos usuários.

A interação entre objetos virtuais e a chamada “realidade virtual”, juntamente com os gadgets (pulseiras, relógios de monitoramento e óculos-computadores) são utilizados para se obter feedback instantâneo. Sensores espalhados pelas residências e pelo ambiente de trabalho, assim como dispositivos de medição dos sinais corporais em contato com a pele, afetarão o estilo de vida e detectarão riscos à saúde e doenças, além de ajudar a adequar a dosagem de remédios, principalmente no suporte aos idosos.

A disseminação em grande escala da internet em regiões remotas do planeta, onde o acesso à rede era algo raro de se obter, reforçará as relações pessoais, aumentando o nível cultural das pessoas. Por ser uma forma de comunicação barata com qualquer pessoa, independentemente de onde ela se encontre geograficamente, será possível reduzir a falta de conhecimento sobre o mundo.

Nos próximos anos, a Internet estará tão incorporada às nossas atividades cotidianas, que será imperceptível, tal como é a eletricidade hoje. Normalmente, notamos falta da energia elétrica quando não é possível ligar a TV ou acender a luz. Nos próximos anos, a conectividade aumentará consideravelmente, e basicamente, todos os nossos aparelhos, que usamos no dia a dia em nossas casas e no trabalho, estarão  todo o tempo online.

A Internet continuará se multiplicando em várias redes, surgirão diferentes formas de acesso com sistemas e princípios diferentes, separadas por aspectos de segurança, tráfegos públicos, redes privadas e pela insaciável busca pelas melhores formas de executar as coisas. A rede como conhecemos hoje continuará existindo, mas os conteúdos irão trafegar por diferentes “canais”, se assim pudermos chamar.

O Big Data atingirá seu ápice, bilhões de dispositivos usados no dia a dia das pessoas, enormes volumes de dados e hardware e software capazes de elaborar raciocínios quase humanos (inteligência artificial), definirão as tendências e rumos que serão tomados com todo este volume de informações.

A disseminação do conhecimento e da cultura em um nível nunca imaginado torna viável a democratização da educação em qualquer lugar do planeta. Uma revolução educacional possibilitada pela internet promete garantir mais oportunidades para o aprendizado com menos gastos em infraestrutura física e menor demanda por professores. Os cursos EAD deram o pontapé inicial nesse aspecto, e as salas de aulas “físicas” diminuirão consideravelmente.

Quanto maior for a porcentagem da população conectada, maior será a consciência política e o ativismo. Com o uso crescente de dispositivos móveis e de aplicativos de compartilhamento de informações, as pessoas ganharão mais voz, podendo expressar seus descontentamentos e opiniões, influenciando as demais. Com a maior facilidade de articulação entre elas, tanto mudanças pacíficas quanto revoltas poderão acontecer com frequência, permitindo a formação de sociedades mais transparentes e participativas.

Apesar de a web ter transformado o dia a dia das pessoas nos últimos 25 anos, a natureza humana permanece a mesma – para o bem e para o mal. Discriminação, bullying, estupidez, assédio, pornografia, truques sujos e crime existem no mundo real e no virtual. A internet oferece ferramentas para o bem e para o mal. Com o anonimato e a ausência de contato cara a cara, a maldade pode ganhar mais espaço e escala, claro que, com o avanço da rede e das tecnologias que serão utilizadas, ficará cada vez mais difícil, manter o anonimato.

A privacidade, será artigo de luxo, as pessoas continuarão trocando sua privacidade por conveniência e ganhos imediatos. Quanto mais dados a rede coletar durante a navegação, melhor ficarão as previsões da Web sobre os interesses de cada um. Assim, ela entregará informações deduzidas a partir de indicadores dos diferentes perfis traçados. O risco é que, assim, seja desestimulada a busca autônoma de conhecimento. A privacidade acabará restrita a uma elite tecnológica, que saberá como preservá-la.

Lado negro da força

Os quatrilhões de páginas encontradas pelo Google, por exemplo, formam só uma parte “superficial” da internet, visível a todos. Ela representa cerca de 20% de tudo o que está na rede. E os outros 80%? Estão em diferentes camadas ocultas. Uma delas guarda informações secretas de governos e redes fechadas de organizações e universidades, por exemplo. Outras formam o porão da internet e escondem um mundo muito obscuro, conhecido como “Deep Web”, cujo conteúdo é imoral, ilegal e grotesco, dentre outros adjetivos.

Para onde caminhamos? Ainda há futuro para a Internet? A rede evoluiu muito nos últimos anos, diversas tecnologias emplacaram, outras não. O que nos resta é fazer uso da melhor forma possível desta “rede” que mudou nossas vidas e continuará mudando através das próximas gerações.

Um forte abraço à todos!

Autor

Com 25 anos atuando na área de TI, Especialista em Teleinformática & Redes de Computadores pela UTFPR(2007), Tecnólogo em Sistemas de Informação(Opet/2005), nascido em Araçatuba-SP, reside em Curitiba desde Janeiro de 2004, sempre atuando na área de TI em empresas privadas e pública.

Wagner Luis Alves

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