Inovar é um dos verbos mais conjugados pelos profissionais de TI e a busca pela inovação sua meta mais almejada. As possibilidades de inovação são inúmeras, mas dependem do correto entendimento da necessidade, independente de qual ela seja.
Ao profissional de TI foi atribuído o papel de entender a necessidade e apresentar uma solução clara e objetiva. Apesar das ideias mais simples serem as mais eficientes e responsáveis por solucionar brilhantemente grandes problemas enfrentados em nosso dia a dia, sabemos que fazer o simples não é tão fácil. Infelizmente temos uma tendência natural de resolver tudo do jeito mais complicado e grande dificuldade de enxergar o simples.
Um dos grandes desafios está em enfrentar o problema da mesmice e sair do círculo vicioso ou da zona de conforto, que nos leva a sempre fazer as mesmas coisas exatamente das mesmas maneiras, nas quais apenas substituímos a ferramenta, mas permanecemos com o contexto inalterado, complexo e burocrático. Seria como se apenas tivéssemos substituído a capa de um livro sem alterar ou complementar seu conteúdo, mesmo sabendo da necessidade de revisá-lo e melhorá-lo. Aparentemente inovamos, mas será que realmente podemos considerar este procedimento uma inovação? Talvez no foco específico, porém se avaliamos a necessidade geral não fica difícil visualizar que não ouve uma inovação completa e esperada, afinal o essencial foi deixado de lado, e a necessidade não foi atendida.
No intuito de evitar problemas deste tipo em processos de inovação, os profissionais de TI têm adotado as práticas de pesquisa no mercado para encontrar as possíveis soluções prontas ou customizáveis para atender a necessidade demandada, objetivando a redução de tempo, custos e principalmente evitando “reinventar a roda”. O uso do Benchmarking, por exemplo, é uma pratica extremamente interessante e válida, porém não podemos nos prender somente a ela, pois sabemos que sempre existirá uma nova necessidade, que em boa parte dos casos não será possível encontrar referências ou melhores práticas para nos espelhar. Em ambos os cenários precisaremos de equipes técnicas consolidadas, com profissionais capacitados e detentores de amplo conhecimento da necessidade, além de estarem devidamente munidos das ferramentas adequadas de trabalho para a estruturação da solução mais apropriada.
Com o envolvimento de todos os integrantes das equipes nos processos de idealização, definição e decisão, encontramos uma maneira de incentivar e estimular os profissionais para uma atuação com maior nível de comprometimento na elaboração de projetos e na execução das atividades voltadas para a inovação. Torna-se possível, em curto prazo, estruturar soluções verdadeiramente inovadoras devido às oportunidades dadas aos profissionais para exporem suas sugestões e novas ideias ao longo da concepção, implementação e implantação dos projetos de inovação, acarretando melhorias significativas na qualidade de produtos e serviços entregues, além é claro, da redução de tempo e custos.
Portanto a tão almejada meta de inovação pode ser alcançada, e novos conceitos, forma de trabalho e soluções de inovação serão apresentadas ao mercado estimulando o surgimento de novas necessidades, consequentemente de novas demandas para os profissionais de TI. Assim estamos vivendo em um ciclo de inovação que impulsiona não somente o mercado e empresas, como toda a sociedade que cobra a entrega de soluções com resultados mais rápidos e concisos. Ainda vamos, por diversas vezes, conjugar o verbo inovar.
Muito bom o texto e o tema abordado. Aqui na empresa em que eu trabalho já passamos por alguns problemas deste tipo com contratação de consultorias que apresentam sugestões de inovação e não sabiam orientar como fazer. Infelizmente o recurso interno é desvalorizado e nossas ideias são deixadas de lado e nem se fala em participação. Tenho esperança que as coisas mudem. Vai ser duro conseguir abrir a mente de alguns gerentes que não conseguem ver nada além do proprio umbigo. Alguém me empresta um machado?
Vejo que muitas vezes a inovação não acontece por um bloqueio dos próprios profissionais de TI.
Muitos profissionais (se é que podemos chamar a estes de profissionais) não estudam, não se especializam, e, por não saber fazer, burocratizam seus locais de trabalho. Para agravar a situação, estes ainda impedem a organização de contratar empresas com profissionais capacitados e que teriam reais condições de permitir a inovação e melhoria dos processos de trabalho.
Para as boas ideias serem postas em prática, além de gerentes inteligentes, as empresas precisam de profissionais que sabem tornar as ideias realidade.