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76% dos consumidores não acreditam em propaganda. E você, acredita?

publicado por Thaina Carvalho

76% dos consumidores não acreditam em propaganda. E você, acredita?76% dos consumidores não acreditam em propaganda. Esse número foi divulgado no SXSW. A primeira coisa que acontece quando um profissional de marketing vê um número desses é entrar em um momento de reflexão, iniciado com a frase: o que será que estamos fazendo de errado? A resposta: Estamos nos afastando dos clientes.

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Ricardo Nunes, presidente da Ricardo Eletro, está todo sábado em uma das suas lojas para conversar LITERALMENTE com seus clientes. Como ele mesmo diz, tem que cheirar o cliente! Tem que colocar o produto nas costas e levar na casa dele. O que ele quer dizer é que temos que estar próximos, e não é próximo através dos nossos “canais de atendimento”, é próximo MESMO! É necessário entender a necessidade do cliente e SER a solução!
Separei alguns pontos para levarmos essa reflexão adiante:

  1. Pessoas querem falar com pessoas e não com marcas.
    Agora não existem mais B2C ou B2B, existe o H2H, ou seja, de humano para humano, de pessoa para pessoa. Esse modelo de intereção com os clientes, onde definíamos se a comunicação era para consumidor final ou para empresas, precisa ser atualizado, porque o mais importante é entender que na outra ponta também existe uma pessoa. E pessoas querem interagir com pessoas. Não importa se ela está representando uma empresa, ela continua sendo uma pessoa.
  2. Falando em interação: pessoas querem conversar, interagir!
    A palavra agora é INTERAÇÃO. As pessoas querem dar opinião, querem dizer se gostaram ou não do serviço e querem que sua opinião seja levada em consideração. Elas vão entrar nas mídias sociais, achar sua empresa e deixar a opinião sobre seu serviço, e nem sempre será uma opinião positiva. Tem sucesso aquele que souber aproveitar essa interação para fidelizar o cliente. É como um relacionamento entre dois amigos: às vezes haverá conflitos, mas se você souber “pedir e dar desculpas” o relacionamento fortalece.
  3. Pessoas querem ter seus problemas resolvidos e não decorar quais os benefícios da sua empresa.O modelo atual das empresas prioriza enfatizar o que elas oferecem. Tem uma parte no filme “O lobo de Wall Street” (se ainda não assistiu, vale a pena) que representa muito bem o que estamos conversando aqui. Como você faria para vender uma caneta? Se você começar sua abordagem com algo como: ela é de ouro, tem a ponta macia, bla bla bla, pode parar. Como diria o pessoal da Porta dos fundos, “errou feio, errou rude”. Apresente uma necessidade. Por que seu cliente precisaria de uma caneta? Apresente o problema de não ter uma caneta, não as qualidades dela, porque se não existe a necessidade da caneta, não tem porque entender se ela é ou não boa para escrever.
  4. A conversão não é o final do jogo
    Não é porque você conseguiu fechar a venda que o jogo acabou. Agora é que ele começa.  Mais do que conseguir vender é conseguir vender a segunda vez. Fique por perto, pergunte como foi a experiência de compra do cliente, entenda como você pode melhorar, mesmo quando só tiver feedback positivo. Volte a ser vendedor de sapato! Beije os pés dele se for necessário. Tem que ter contato físico mesmo… Somos pessoas!
  5. Supere as expectativasPor fim, Surpreender. Esse deve ser o grande diferencial que sua empresa pode ter do seu concorrente. Se o seu adversário está só vendendo o melhor chocolate da França, pense fora da caixa e entregue os morangos e a receita do fondue e claro, depois ligue para o cliente perguntando se a receita deu certo. Isso sim fideliza e abre portas para novas oportunidades de negócio.“Newsletter semanal, banners online nos mais variados e populares portais do segmento de atuação, website com layout impecável e otimizado com as mais avançadas técnicas de SEO, links patrocinados em grandes buscadores e mais 439 ações que otimizam a exposição da marca nos mais variados lugares, online e off-line, possíveis e imagináveis na face da Terra”, é obrigação. Agora esses 5 pontos de reflexão mencionados acima é para passarmos a noite pensando e voltar amanhã com novas ações, ações de pessoa para pessoa.

E aí? 76% dos consumidores não acreditam em propaganda. E você, acredita?

[Crédito da Imagem: Marketing – ShutterStock]

Autor

Thaina Carvalho é Publicitária, Tecnóloga em Criação e Pós-Graduada em Marketing pela FGV. É defensora e atuante do Customer Centric Marketing, conduzindo negócios e estratégias com foco no Cliente. É especialista em mercado B2B, atuando principalmente nos pilares de Branding, Comunicação Integrada e Performance. Passou por grandes Startups como Gerente de Marketing, nos segmentos de Meios de Pagamento, Franquias e Fintechs. É colunista do portal TI Especialistas desde 2014. #Marketing #CustomerCentricMarketing #Branding #PosicionamentodeMarca #CustomerExperience

Thaina Carvalho

Comentários

1 Comment

  • Olá Thaina!

    Excelente reflexão.

    Geralmente nos preocupamos tanto com números e estatísticas que esquecemos de olhar como vai o nosso relacionamento com o cliente e o que ele espera de verdade.

    Para surpreender não precisa de muito esforço, já que muitas empresas mal conseguem entregar o que foi combinado, então se faz um pouco além, certamente o cliente já vai se sentir surpreendido.

    Parabéns pelo excelente artigo,

    Abraços,

    Priscila

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