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A força da simplicidade e do emprego da razão nas escolhas

publicado por Alexandre Fernando

Todo ano temos uma enxurrada de tecnologias que prometem revolucionar a forma com que os profissionais da área de TI e as empresas em geral trabalham.

Sem dúvida é uma força poderosa de negócios e fonte inesgotável de criatividade e inovação.

Acompanhar a evolução tecnológica custa caro para as empresas de consultoria e software houses, muito caro.

Pequenas empresas têm muitas dificuldades em acompanhar tais evoluções, contudo, dependendo do mercado em que atuam, podem ser obrigadas a trabalharem com o que existe de mais atual no mercado.

Muitos profissionais valorizam demais a atualização dos seus produtos com a utilização das últimas tecnologias do mercado em seus sofwares e rotinas para manter o chamado “estado da arte”, mas, esquecem-se que em muitas situações o mais simples e elementar resolveria o problema de forma extremamente eficiente.

Para as empresas o que vale é a objetividade, porque, tempo é dinheiro, ou melhor, tempo é mais do que dinheiro, vale mais, proporciona a possibilidade da pesquisa e o “ócio” também é importante para a disseminação ou maturação de boas idéias.

Utilizar uma tecnologia muito nova pode não ser a melhor alternativa. Na maioria das vezes, profissionais obcecados por tecnologia induzem suas gerências a investirem nas tecnologias mais atuais em seus produtos.

Pode ser uma decisão que faça com que a empresa tenha uma perda estratégica de mercado caso a tecnologia adotada não venha a ser uma referência como se achava. E parte do investimento será perdido. Perdido, pois, é muito difícil conseguir financiadores (clientes) para os projetos, e um “tiro n´água” é uma situação desastrosa.

Normalmente os gerentes e negociadores têm uma “espingarda de um tiro só” e precisam de habilidade para acertar o alvo. Neste nível, erros estratégicos não são permitidos e podem derrubar a rentabilidade de todos os projetos da empresa.

Vale a pena desenvolver uma ferramenta com o emprego da última tecnologia, ainda desconhecida, quando a empresa concorrente tem o mesmo resultado final a um custo 60% menor e sem o risco da tecnologia ser apenas um modismo?

O tema não pode ser tratado como time de futebol.

O emprego da razão é imprescindível.

Alinhamento estratégico.

Há muito tempo que venho percebendo que o simples (e racional) são legais.

Primeiro alertado por colegas, depois, fui descobrindo, analisando programas, códigos e situações produzidas com tecnologias mal empregadas.

Uma cena clássica que traduz a má comunicação entre as muitas fases do desenvolvimento de um software pode ser bem aplicada aqui, no sentido deste artigo: o poder da simplicidade:

REINVENÇÃO da roda. Isso é prejuízo.

O segredo é identificar uma tecnologia altamente inovadora que será seguida pela maioria dos players e que se tornará uma tendência no mercado. É como apostar na bolsa.

Requer treino.

Muito treino.

Algumas vezes, mesmo com a existência de concorrentes eficientes, esses não são sequer citados por preconceito; Isso mesmo: preconceito.

Exemplo:

Supondo que tenhamos duas empresas:

  • Empresa A: Consultora de TI ;
  • Empresa B: Cliente.

Características da solução:

  • Produto-Objetivo: Produto X;
  • Produto disponível no mercado: FABRICANTE:Microsoft

Responsável técnico da Empresa A solicita a compra de um componente pela Empresa B para desenvolver uma solução. A solução ideal: “Estado da Arte”.

Depois de muito desgaste com a empresa B, sem sucesso no convencimento do responsável técnico da empresa A, o diretor geral da empresa A é convencido pelo responsável pelas operações da empresa A na empresa B que o produto disponível no mercado é mil vezes mais eficiente que o produto desenvolvido pela Empresa A para a Empresa B.

O responsável técnico da empresa A, adota a ferramenta disponível no mercado e todos os problemas ocasionados pelo produto desenvolvido com o componente comprado pela Empresa A e PAGO pela empresa B desaparecem como num passe de mágica, os lucros e benefícios almejados inicialmente ,horas de desenvolvimento, testes e atendimento de Help Desk, PAGOS pela empresa B também.

O produto disponível no mercado não foi adotado por ser Microsoft. Ou seja, preconceito. Nem um teste sequer foi feito. Caso ele tivesse sido adotado, toda essa situação catastrófica poderia ter sido evitada.

Situações como esta fazem parte do negócio, mas, nós como profissionais de tecnologia da informação e responsáveis por soluções de TI, não podemos cometer esses erros.

A dificuldade em aprovar projetos é cada vez maior e esse tipo de situação, quando percebida pelo cliente (Empresa B), dificulta ainda mais as coisas.

A simplicidade e o emprego da razão demonstram em situações hipotéticas como a descrita acima que são entidades poderosas e garantidoras de lucros e benefícios por todos os envolvidos nos projetos de TI.

Autor

Programador Sênior e Consultor ERP. Atua em projetos na área de desenvolvimento de sistemas corporativos desde 1995. Graduado Tecnólogo em Informática para a Gestão de Negócios (2010) FATEC - Faculdade de Tecnologia de Jundiaí http://www.fatecjd.edu.br BLOG

Alexandre Fernando

Comentários

4 Comments

  • Innovation is key to any company’s survival. In too many cases, having the latest ‘bells and whistles’ will inevitably result in relying on technology to resolve matters and not brain power.

    Many forget that it is the human brain the supposed to dominate the computer — the computer is just a tool, not a brain or something to replace people.

    As Alexandre has noted well here — having the simplest of approaches as well as focusing not on the answers desired by the questions that focus on the problem and not the desired results tend to work best.

    Why not the desired results? Is this not presupposing you already have an answer? You may arrive to your desired results — or even better — by focusing on the problems at hand instead of what is on your wishlist.

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