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Como a Segurança deixa escapar mensagem criminosa?

Como a Segurança deixa escapar mensagem criminosa?

posted by Davambe

La na Cabrália Dó Xipamanine, ela fora eleita a miss da cidade aos dezenove anos, há aproximadamente 34 anos, era de certa forma admirada por todos, “sabe, essa moça é muito elegante”, dizia o prefeito entre tapas e cutucadas da esposa a dizer “cala essa boca, homem! Tu é casado, tome jeito”. Ele muito obediente, prendia até respiração no seu calar após a ordem da esposa. “O que essa faz para se manter?”, todas elas queriam saber, embora nunca tivessem coragem para perguntar. “Chega a ser engraçado, dizem que ela come de tudo”, dizia uma. “Uma verdadeira formiga”, comentava a outra. “Isso La é verdade, só uma formiga consegue manter o peso“.

Era aquele cochichar das senhoras de Cabrália Dó Xipamanine, sempre que ela passava pelas Ruas da cidade. Mas Maritalinia Pezzalinium, era madrugadora, levantava sempre que ouvia os galos para correr no bosque. Corria como uma gazela foge do Leão, ali, no entanto, o único Leão era o que ela ingeria. Tinha consciência de que era necessário queimar calorias.

Fazia questão de esmagá-las nas corridas matinais. Era uma apaixonada por exercícios físicos. Se isso trazia beneficio, por outro lado afastava os namoradores pretendentes, por medo da rotina. Quem se arriscava a acompanhá-la? “Levantar cedo, vou correr o risco de pegar pneumonia nada. Que é bonita é”. Assim pensavam os pretendentes que cada vez mais se distanciavam por julgarem que levantar cedo fosse condição para se levar um relacionamento sério. Ninguém sabia se alguma vez ela havia pensado em se casar, mas Deus, que é generoso, colocou Zezi Makweru no bosque. Um homem de bom coração, cheio de boas intenções e desesperado para arrumar um par perfeito. E, permitiu Deus, que Zezi Makweru, naquela madrugada, passasse a correr junto com ela. Soubesse que tempo depois estavam casados e constituíram uma bela família, “Que gente de sorte!”, assim eram os comentários. O tempo foi caminhando, a andar junto com a roda, como pêndulo. Desgraçadamente, a Miss Cabrália foi esquecendo de correr no bosque, esse esquecimento resultou em aumento de volume e peso.

Os anos se passaram e os volumes chegando, o peso a dizer “olá, estamos juntos!”, isso acabou criando problemas para dona Cabrália, que recorreu a vários remédios para ter de volta o corpo dos dezenove. Não conseguiu tomando medicamentos sem se exercitar. Parecia que além de remédios tinha mesmo que malhar, mas estava sem pique, sem gosto para exercícios. Começou a ter problemas, a se distanciar cada vez mais com o mundo eletrônico. Sempre que abria a caixa de mensagens, havia email, que lembravam a de seu problema “Saiba o segredo para perder peso”, “Segredo revelado”, “Veja o que a atriz faz para manter o peso”.

Cada dia que passava foi tendo medo de abrir emails, afastava-se dos amigos. Deixava de abrir o correio. Quando decidia abri-lo, lá estava o email, “segredo revelado, perca peso já”. Tentou bloquear o spam, não conseguiu. Voltou a correr no bosque, porém no primeiro dia foi assaltada, os tempos eram outros. A cidade crescera absurdamente em torno do bosque, o problema de segurança também havia crescido. Desistiu, esqueceu o projeto “exercícios”. Não podia mais abrir a caixa postal eletrônica, não podia correr no bosque, entrou em curto: não comia, passava noites em claro. Quando as vizinhas souberam do seu dilema, decidiram fazer uma manifestação de solidariedade, foi um momento de luz, as avessas passadas foram deixadas de lado, o que interessava era o momento, a época que se vivia. Vinte e cinco pessoas uniram-se à Miss Cabrália dó Xipamanine e lideram uma campanha.

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