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Robin Hood, eu?

publicado por Claudio Coelho

O lançamento do Manual de Preços e Serviços Digitais da APADi (Associação Paulista das Agências Digitais), em dezembro de 2010, gerou várias manifestações. Entre os diversos comentários de apoio e algumas críticas, o que mais me chamou a atenção – e motivou a redação deste artigo – foi a mensagem do diretor executivo de uma grande agência digital que não era associada.

Críticas ao lançamento deste documento eram esperadas, afinal, nunca é possível agradar a gregos e troianos. Porém, o mais interessante foi como ele se referiu à APADi e a seu então presidente, cargo ocupado por mim até 31 de março de 2013, com o seguinte comentário final: “Você está querendo acabar com o nosso mercado, atuando como Robin Hood, querendo roubar dos ricos para dar aos pobres”.

Ao ler esta frase, meu primeiro pensamento foi exatamente igual ao título deste artigo: “Robin Hood, eu?”. Ricos e pobres. De que ele estava falando se a APADi tinha 65 agências associadas, incluindo empresas de pequeno, médio e grande portes? Será que todas foram consideradas pobres? Após uma reflexão, é possível entender que o executivo só queria defender os interesses de sua agência, especialmente com relação ao que há de mais valioso em nosso mercado: seus clientes, no caso, as “moedas de ouro”.

Polêmicas à parte, minha resposta foi bem curta, pois julguei mais sensato ignorar qualquer comparação ao famoso arqueiro de Sherwood, afinal, que rouba – seja por bem ou por mal – é sempre um ladrão. “Respeito sua opinião e peço sua ajuda. Associe-se à APADi e venha ajudar a cuidar, também, dos seus interesses.”

Considerando esta defesa de interesses, os objetivos das associações de classe estabelecidas em nosso mercado devem ser claros: ser uma referência consultiva e isenta para qualquer processo de contratação de projetos digitais, em especial, projetos de Internet; ser uma fonte de informações com opinião e posicionamento em relação aos eventos relevantes do mercado de desenvolvimento de projetos para internet; profissionalizar e aculturar o mercado, especialmente através dos gestores corporativos; intervir na regulamentação do mercado para torná-lo mais amplo e justo; valorizar, qualificar e criar oportunidades para associados e colaboradores.

Sempre dispostas a ouvir sugestões, as associações devem medir o grau de assertividade de seus documentos com base em elogios e críticas que recebem. Com o Manual de Serviços Digitais, a APADi buscou desmistificar o recente e tão promissor mercado digital de uma forma justa. Para isso, conta com a ajuda de seus associados e, principalmente, dos ditos “ricos” que, ao participarem ativamente de nosso mercado, certamente deixarão de se sentir ameaçados pelos julgados “pobres”.

Autor

Cláudio Coelho foi presidente da APADi e é diretor-presidente da Skalebla, representante brasileira exclusiva da Kenshoo, líder mundial em Search Engine Market

Claudio Coelho

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