Em todo começo de ano, o mercado começa a buscar tendências e maneiras de superar os desafios que se aproximam. Em outubro de 2017, o Gartner definiu as dez principais tendências tecnológicas mais estratégicas para 2018, entre elas: Base em AI; Aplicativos Inteligentes e Analytics; Coisas Inteligentes; Gêmeos Digitais; Na ponta da Nuvem; Plataformas Conversacionais; Experiência Imersiva; Blockchain; Event Driven; e Risco Adaptativo Contínuo e de Confiança.
Com as tendências já anunciadas, é hora de se adequar a elas. E aí começam os desafios para os profissionais de TI. Falo de alguns casos principais, e já adianto que eles envolvem mudanças de pensamento e capacidade de se adequar às novas ideias.
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O primeiro desafio é a otimização da capacidade do profissional em pesquisar e entender como as novas tecnologias são capazes de acelerar o crescimento do negócio – ou até mesmo transformá-lo. Parto da premissa de que não é mais segredo para ninguém que os profissionais de Ti como CIOs devem fazer com que o TI seja estratégico, e essa complexidade pode exigir uma “nova visão” e um reaprendizado da tecnologia em geral.
Há, também, outro desafio– e essa segunda situação vai além do trabalho com a tecnologia. As inovações citadas no parágrafo acima mudam toda a cultura de uma empresa, e alguns colaboradores não estão prontos para isso. Não há inovação que revolucione uma corporação sozinha, já que é necessário engajamento de quem executa as ações. O mind set da companhia deve acompanhar as modernizações – e quem não embarcar deve ser deslocado.
Outro desafio está em fazer com que os gestores de TI tragam todas essas inovações para o planejamento corporativo. Para que esse objetivo seja alcançado, é necessário elaborar um business plan detalhado para apresentar a esses profissionais. No documento, também é importante destacar a evolução esperada de cada colaborador e as oportunidades que podem surgir. Cada equipe, porém, deve manter o foco e não ter muitos projetos em paralelo: só assim o resultado pode ser medido. E, como diz o consultor em gestão Vicente Falconi, “quem não mede, não gerencia”.
Capacitar e gerir todo esse material humano é outro desafio. Aqui, é importante a percepção do gestor em identificar os colaboradores que podem ser decisivos no processo. Com os profissionais identificados, criar um núcleo de inovação é primordial – já que é impossível cuidar do trabalho cotidiano e monetizar o pioneirismo. Para estar na vanguarda, é preciso reservar tempo e investimento. Também é importante a criação de metodologias que auxiliem o processo de capacitação, coleta de ideias, prototipação, análise financeira e desenvolvimento dos projetos.
Por fim, o desafio em cloud corporativa é ainda maior. Já consolidada, é possível considerar essa tecnologia como uma commoditie nos dias atuais. As novas tecnologias exigem nuvens com diferentes perfis de workload, Edge Cloud e microsserviços para rodar as aplicações onde e como elas sejam mais eficientes. Ou seja: sem uma ferramenta que centralize informações e acessos e que dê performance, consumo e custos em cada uma delas, será praticamente impossível administrar com primazia um ambiente com nuvens e plataformas multicloud.
O ano de 2018 traz muitas expectativas quanto à recuperação da economia brasileira, e o mercado de TI está atento a isso. Cabe aos gestores de TI estarem na vanguarda do crescimento nesse nicho e superar os desafios apresentados a eles.