Na nuvem, a lógica é a mesma, mas com um agravante: a cobrança é por hora e em dólar. Cada VM esquecida ligada pode custar caro — literalmente.
Ambientes híbridos: uma tendência inteligente
Muitas empresas estão adotando soluções híbridas, mantendo sistemas leves na nuvem e cargas críticas on-premises. Com o câmbio alto, essa estratégia ajuda a equilibrar custo, performance e segurança.
Dicas práticas para reduzir custos
1. Desenvolvedores e DevOps
- Desligue ambientes de QA e homologação fora do horário comercial.
- Otimize algoritmos e APIs para reduzir tráfego de rede e requisições desnecessárias.
- Use tags de custo e orçamentos por projeto — o que não se mede, não se controla.
2. SysOps e infraestrutura
- Automatize liga/desliga de VMs de homologação e QA.
- Reduza o tamanho das instâncias durante períodos de baixa demanda (scale down).
- Monitore consumo de CPU e memória; configure alertas de uso anômalo.
Comparando custos na prática
Antes de decidir onde rodar seus serviços, compare com as calculadoras oficiais:
Além disso, você pode calcular o custo interno da sua própria infraestrutura — energia, storage, backups e horas técnicas — usando esta planilha:
Baixar planilha de custo interno (OneDrive)
O custo invisível das máquinas ligadas
Ao avaliar o custo da nuvem, poucos consideram o peso dos custos invisíveis: energia elétrica, manutenção, tempo do profissional, armazenamento e backups. Esses fatores também existem internamente — e muitas vezes são subestimados.
Em um exemplo real, uma máquina corporativa on-premises ficou com custo médio de R$ 10,45/hora considerando energia, storage, backups e pessoal. Isso dá uma boa base de comparação com VMs em dólar.
Conclusão
Com a alta do dólar, é essencial repensar uso, automação e elasticidade. Nuvem é liberdade — mas também disciplina. Monitorar, otimizar e desligar o que não é usado é o caminho para equilibrar performance e orçamento.


