Semana passada estive visitando um amigo que, vindo de uma das gigantes de alimentos e bebidas no mundo, acabara de assumir a Diretoria de Operações de uma grande empresa nacional do ramo. Ele, um potencial prospect, me convidou para falarmos um pouco de nossas soluções, mas me avisou de antemão que estavam mudando de ERP e que talvez negociações mais consistentes só se dessem a partir da conclusão deste projeto. Aceitei e lá fui eu conversar com o time dele que estava, além de participando do projeto de mudança do sistema de gestão, também trabalhando para tornar a empresa mais enxuta (Lean, para não perder o jargão).
Chegando lá, um dos membros da equipe era justamente o responsável pela TI e após a minha apresentação, como ele havia me “reconhecido” de outra empresa (dá-lhe Linkedin) em que eu havia estado e que era justamente do software que eles agora estavam implantando, começamos a trocar ideias sobre o projeto do novo ERP. Como atuei durante 7 anos em empresas de ERP´s, participando do desenvolvimento de metodologias de implantação e atuando em projetos que haviam apresentado problemas, creio que conheço um pouco do assunto.
Nesta nossa conversa algo me chamou a atenção e é isto que gostaria de compartilhar com aqueles que estarão implantando pela primeira vez um ERP, ou mudando o ERP atual, que é a abordagem da metodologia a ser seguida. Hoje existem duas grandes vertentes, uma que é a mais antiga, e que vamos chamar de “tradicional”, e que se apoia em uma análise do negócio e adequação do software aos processos do negócio (os mais antigos vão lembrar do “Blue Print” e outros terminologias que não cabem aqui), e outra, que ai cada fabricante adota um nome comercial, ou de marketing, mas que vamos chamar de “rápida”, que é aquela que busca uma adequação dos processos de negócio aos processos contidos no software, e neste caso são aceitas poucas alterações, os chamados desenvolvimentos específicos ou customizações, que normalmente podem ser abundantes na metodologia tradicional. É óbvio que entre estes extremos há várias alternativas híbridas.
No caso desta empresa, ela havia adquirido um produto que normalmente é implantado com a segunda abordagem, mas havia optado por usar a primeira. Mas, e você, sabe qual delas escolher e porque?
Como já estou no mercado de ERP´s há quase 25 anos, ora como usuário, ora como fornecedor, no caso os últimos 7 anos, tenho algumas sugestões a serem consideradas e elas serão “curtas e grossas”. São elas:
Por último, tenha um bom gerente de projeto e garanta o apoio da alta direção. Por apoio eu digo presença física nas reuniões e nas definições e acompanhamentos dos principais milestones (eventos críticos) do projeto.
Boa sorte e boa viagem.
[Crédito da Imagem: Preciso de um ERP – ShutterStock]
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