Gerência de Projetos

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Gestão Empresarial de Risco Agregada com ERP e Liderança

publicado por José Marcelo Lopes Silva

As constantes mudanças no mundo corporativo exigem uma visão estratégica para enfrentar os desafios, buscando competências e habilidades para Gestão em diferentes áreas.

Uma boa Gestão Empresarial está ligada a estratégias competitivas cuja finalidade é agregar valor ao negócio da empresa, fazendo com que ela se posicione no mercado em que atua e se destaque da concorrência.

A importância em fortalecer o foco de Gestão em todas as áreas da empresa como estratégia que aumenta a competitividade, o que permite ao empresário tomar decisão com rapidez e segurança, suportado com dados demonstrados de forma simples que facilitam o acompanhamento do Setor e de seus resultados.

Além disso, o gestor deverá possuir uma equipe técnica, altamente capacitada, para o desenvolvimento de projetos e a execução dos produtos apresentados.

A Gestão Empresarial do Risco, que engloba um conjunto de práticas de identificação, medida, tratamento e reporte dos principais riscos, é parte integrante do estilo de gestão requerido pelo Grupo aos seus colaboradores, em linha com as boas práticas internacionais de governance do risco, em conformidade com os requisitos legais e regulatórios e correspondendo às expectativas e exigências dos stakeholders internos e externos do Grupo.

A Política Corporativa de Gestão Empresarial do Risco do Grupo pauta-se, desta forma, pelo seguinte conjunto de Princípios:

A Gestão do Risco é uma responsabilidade de todos. Cada um é responsável por conhecer os riscos na sua área de atuação e por gerí-los de acordo com as políticas e tolerâncias ao risco aprovadas;

O Grupo deve gerir os seus riscos significativos numa perspectiva de portfólio, otimizando o balanço entre o risco e retorno transversalmente a todas as suas áreas de negócio;

A Gestão Empresarial do Risco deve estar integrada nos mais relevantes processos de negócio, nomeadamente no planejamento estratégico e de negócio, na gestão das operações e nas decisões de investimento, visando assegurar a inclusão consistente da análise de risco em todas as tomadas de decisão;

A Gestão Empresarial do Risco é um processo abrangente, disciplinado e contínuo, no qual os riscos são identificados, analisados e
conscientemente aceites, aumentados ou mitigados dentro das tolerâncias ao risco aprovadas;

As políticas e procedimentos locais de Gestão do Risco deverão ser consistentes com a presente política corporativa. Adicionalmente, todas as políticas e procedimentos locais devem facilitar a agregação, consolidação e revisão a nível corporativo de todos os riscos significativos.

Liderança é o processo de conduzir um grupo de pessoas, transformando-o numa equipe que gera resultados. É a habilidade de
motivar e influenciar os liderados, de forma ética e positiva, para que contribuam voluntariamente e com entusiasmo para alcançarem os objetivos da equipe e da organização.

• Assim, o líder diferencia-se do chefe, que é aquela pessoa encarregada por uma tarefa ou atividade de uma organização e que,
para tal, comanda um grupo de pessoas, tendo autoridade de mandar e exigir obediência.

• Para os gestores atuais, são necessárias não só as competências do chefe, mas principalmente as do líder.

Segundo Chiavenato a Teoria das Relações Humanas constatou a influência da liderança sobre o comportamento das pessoas. Existem três principais teorias sobre a liderança:

Traços da personalidade. Segundo esta teoria o líder possui características marcantes de personalidade que o qualificam para a função.

Estilos de liderança. Esta teoria aponta três estilos de liderança: autocrática, democrática e liberal.

Situações de liderança. Nesta teoria o líder pode assumir diferentes padrões de liderança de acordo com a situação e para cada um dos membros da sua equipe Os líderes influenciam as pessoas graças ao seu poder, que pode ser o poder legítimo, obtido com o exercício de um cargo, poder de referência, em função das qualidades e do carisma do líder e poder do saber, exercido graças a conhecimentos que o líder detém.

A liderança é um tema importante para os gestores devido ao papel fundamental que os líderes representam na eficácia do grupo e da
organização. Os líderes são responsáveis pelo sucesso ou fracasso da organização. Liderar não é uma tarefa simples. Pelo contrário. Liderança exige paciência, disciplina, humildade, respeito e compromisso, pois a organização é um ser vivo, dotado de colaboradores dos mais diferentes tipos.

Dessa forma, pode-se definir liderança como o processo de dirigir e influenciar as atividades relacionadas às tarefas dos membros de um grupo. Porém, existem três implicações importantes nesta definição.

Primeira: a liderança envolve outras pessoas, o que contribuirá na definição do status do líder. Segunda: a liderança envolve uma distribuição desigual de poder entre os líderes e os demais membros do grupo. E terceira: a liderança é a capacidade de usar diferentes formas de poder para influenciar de vários modos os seguidores.

De fato, os líderes influenciam seguidores. Por este motivo, muitos acreditam que os líderes têm por obrigação considerar a ética de suas decisões. Apesar de a liderança ser importante para a gerência e estreitamente relacionada a ela, liderança e gerência não são os mesmo conceitos. Planejamento, orçamento, controle, manutenção da ordem, desenvolvimento de estratégias e outras atividades fazem parte do gerenciamento. Gerência é o que fazemos. Liderança é quem somos.

Uma pessoa pode ser um gerente eficaz, um bom planejador e um gestor justo e organizado e, mesmo assim, não ter as capacidades
motivacionais de um líder. Ou simplesmente pode ocorrer o contrário. Uma pessoa pode ser um gerente ineficaz, porém, em contrapartida, ter as habilidades necessárias para um bom líder.

Entre os desafios apresentados pelo ambiente mutável, as organizações estão valorizando cada vez mais os gerentes que possuem
habilidades de liderança. Qualquer pessoa que aspire a ser um gerente eficaz deve também se conscientizar de praticar e desenvolver suas habilidades de liderança.

Estilos de Liderança

Liderança autocrática: Na Liderança autocrática o líder é focado apenas nas tarefas. Este tipo de liderança também é chamado de
liderança autoritária ou diretiva. O líder toma decisões individuais, desconsiderando a opinião dos liderados.

Liderança democrática: Chamada ainda de liderança participativa ou consultiva, este tipo de liderança é voltado para as pessoas e há participação dos liderados no processo decisório.

Liderança liberal ou Laissez faire: Laissez-faire é a contração da expressão em língua francesa laissez faire, laissez aller, laissez passer, que significa literalmente “deixai fazer, deixai ir, deixai passar”. Neste tipo de liderança as pessoas tem mais liberdade na execução dos seus projetos, indicando possivelmente uma equipe madura, auto-dirigida e que não necessita de supervisão constante. Por outro lado, a Liderança liberal também pode ser indício de uma liderança negligente e fraca, onde o líder deixa passar falhas e erros sem corrigí-los.

Liderança paternalista: O paternalismo é uma atrofia da Liderança, onde o Líder e sua equipe tem relações interpessoais similares às de pai e filho. A Liderança paternalista pode ser confortável para os liderados e evitar conflitos, mas não é o modelo adequado num relacionamento profissional, pois numa relação paternal, o mais importante para o pai é o filho, incondicionalmente. Já em uma relação profissional, o equilíbrio deve preponderar e os resultados a serem alcançados pela equipe são mais importantes que um indivíduo.

• Quanto ao Sistema “ERP” Inicialmente uma tecnologia cara e restrita aos grandes, os sistemas integrados de gestão empresarial, foram aos poucos conquistando seu lugar entre os pequenos. Entenda como os sistemas de gestão empresarial podem melhorar a administração da sua empresa.

Os sistemas de gestão empresarial (Enterprise Resource Planning ou simplesmente “ERP”) assim como o de gestão estratégica de recursos, foram idealizados na década de 50.

Como na ocasião os computadores eram lentos e expendiosos (case dos Manfraimes) somente os governos e grandes empresas, poderiam
implementar tais sistemas.

Passadas as décadas, as tecnologias físicas (hardware) foram se tornando cada vez mais accessíveis, juntamente com a conectividade
também crescendo de modo compatível. Em meados dos anos 90, surgiu o computador pessoal (PC), onde as empresas conseguiram recursos e estruturação para se informatizar e automatizar, foi nessa ocasião que iniciou-se o uso dos sistemas de gestão empresarial nas empresas de grande porte particulares.

Este cenário não acontecia nas pequenas e médias empresas, pois haviam duas limitações: a de recursos e a financeira. A primeira foi resolvida com sistemas mais eficazes com modernização nas tecnologias de banco de dados e a segunda com limitação do escopo do sistema, incluindo menos funções.

Com o passar dos anos, mais empresas foram aderindo aos bombardeios de propagandas e marketing, onde com o aumento da concorrência, alargamento do mercado, barateamento dos computadores, assim como, acesso a internet e os sistemas de ERP, em maior ou menor escala se tornaram presentes na maioria das empresas do mundo. Hoje uma empresa que não possua um sistema integrado de gestão empresarial, com certeza estará defasada, ter um sistema de ERP implantado já não é um diferencial e sim um pré-requisito.

Existem algumas categorias e tipos de sistemas de gestão empresarial. Geralmente todos estão integrados as asas de um mesmo sistema de ERP, mas podem vir também separados em módulos, dependendo da necessidade, abaixo seguem alguns exemplos:

• Sistema de Gestão Patrimonial: Os sistemas de gestão Patrimonial consistem em sistemas de catálogos e armazenamentos de dados
relativos ao patrimônio das empresas. Cabe ao sistema de gestão patrimonial, manter um inventário atualizado de todo e qualquer em que pertença a empresa, armazenando seu valor atual de mercado, sua descrição e sua localização física (quando se tratar de um bem físico tangível). Como bens de uma empresa são considerados somente os bens materiais e físicos (tais como imóveis), também entram neste inventário, investimentos, patrimônio intelectual (patentes, estudos científicos, conhecimentos tecnológicos, etc)

• Sistema de Gestão Eletrônica de Documentos: Os sistemas de gestão eletrônica de documentos ou GED, Também constituem em sistema de catálogos de dados, porém com outro enfoque; Os dados armazenados são relativos ao acervo de documentos da empresa. São armazenados conteúdos de documentos, descrição, imagens, descrição das imagens, entre outros…

• Sistema de Controle de Estoque: São armazenados os dados relativos ao estoque de matérias-primas e também os estoques de mercadorias produzidas, sendo armazenados também históricos de produção e também de consumo de insumos. Um das principais funções do sistema de controle de estoque é de gerar relatório para a direção estratégica da empresa.

• Sistema de Controle de Produção: Geralmente trabalham integrados com o sistema de controle de estoque. A principal função deste módulo é de controlar e organizar a linha de manufatura, registrando as ordens de produção, bem como os produtos produzidos e proporcionando dados para alimentar os sistemas de gestão de controle de produção em geral, pode-se dizer que é o coração dos sistemas integrados de gestão empresarial.

Principais Vantagens e Benefícios obtidos, onde estes sistemas são implantados:
• Eliminação de custos relativos a processos manuais e aumento da produtividade devido a automação.
• Aumento do fluxo interno de informação e integração entre os departamentos distintos da empresa.
• Otimização do processo de tomada de decisões.
• Aumento da precisão devido aos critérios armazenados e diminuição da redundância dos processos devido a automação.

Principais Desvantagens e Obstáculos obtidos, onde estes sistemas são implantados:
• Alto custo de um bom sistema de gestão empresarial, gerando impasses na relação custo benefício, principalmente quando não se
conhece os resultados obtidos.
• A empresa passa a sofrer forte dependência da empresa que forneceu e implantou o sistema de ERP.
• Paradígma, quanto a resistência de alguns funcionários que não querem mudar seu método de trabalho, com a necessidade de um
maior controle sobre processos e pessoas.

Do ponto de vista do administrador, as ferramentas básicas para o sucesso empresarial deverão contemplar:

Bom senso. Geralmente funciona muito bem e há milhares de anos sobrevive aos modismos e teorias de administração.

Estratégia. Como já disse o poeta, “Não há bons ventos para quem não sabe para onde quer ir!”. Estratégia clara e bem elaborada deve ser utilizada e comunicada para todos os elementos da organização, de modo a fornecer um dos direcionadores principais para as atividades da empresa. A gestão estratégica é uma boa ferramenta, pois fornece à empresa o controle sobre a estratégia e possibilita efetuar correções de curso quando necessário.

Liderança. É exercida pelo exemplo. Mais do que falar que sabe, mais do que ter MBA ou muitos anos de experiência, as pessoas realmente devem demonstrar o caminho a ser seguido pelos atos diários, com ética, disciplina, determinação e responsabilidade. Assim se cria uma liderança legítima e duradoura.

Ética e responsabilidade. Uma dupla que sempre vem a calhar no mundo empresarial. Pode agregar valor para os indivíduos e organizações de maneira efetiva e criar um círculo virtuoso capaz de alavancar o crescimento da empresa em diversos níveis (econômico, organizacional, imagem, marca).

Comunicação eficaz. Como a empresa é composta de diversas pessoas, a comunicação é essencial para que todos estejam sempre alinhados com os objetivos corporativos. É importante também que a empresa tenha sempre o feedback dos colaboradores para corrigir eventuais desvios de curso.

Trabalho em equipe. Com uma liderança pelo exemplo nos moldes da ética e responsabilidade, o trabalho em equipe geralmente tem um ambiente propício para se desenvolver de maneira efetiva.

Mais importante do que um bom roteiro (planejamento), é necessário ter um bom elenco. Através da seleção e desenvolvimento de pessoal a empresa busca as pessoas corretas para compor um grande time, onde diversas equipes devem se mobilizar em prol do sucesso coletivo e do sucesso individual, ambos duradouros.

Gestão pelo caixa. Se não gerar caixa, não gastar. Planeje os gastos e receitas de forma a manter a empresa em linha com suas reais possibilidades.

Informações e conhecimento empresarial. Recursos de informática e O&M (organização e métodos) devem ser usados de maneira efetiva, visando a simplicidade e usabilidade. Relatórios simples, apenas com as informações necessárias, auto–explicativos. Sistemas de informática devem se complementar de maneira harmoniosa. Tendo a informação simples e
essencial à disposição, as pessoas podem então transformar informações em conhecimento empresarial, que poderá alavancar a gestão estratégica da empresa de maneira efetiva.

Melhoria contínua (PDCA). Tendo em vista que algo sempre pode ser melhorado, o desafio é transformar a melhoria contínua numa prática comum, desenvolvendo em todos os colaboradores o hábito de inovar sem no entanto criar uma obsessão corporativa.

Por último, tão importante quanto tudo o que dissemos acima, é fazer o que se gosta e gostar do que se faz. O administrador, as pessoas e a empresa devem ter a vocação para as atividades que desenvolvem; sem isso o que seria uma simples rotina de trabalho e crescimento pessoal e profissional pode ser tornar um exercício de tortura e dificuldades constantes.

Não há uma receita ou um modelo definitivo a ser adotado. Existem, é claro, outras ferramentas e conceitos. Mesmo os conceitos acima podem ser alocados de maneiras diferentes em diferentes organizações conforme o bom senso e a necessidade.

O objetivo final de todo administrador deve ser o desenvolvimento da organização e dos indivíduos, de maneira ética e duradoura. Ele deve agregar valor para os indivíduos, a organização, o segmento em que atua e para o país, criando um circulo virtuoso, criando empregos e contribuindo para a melhoria do ecossistema global do qual fazemos parte.

Espero poder ter contribuído com minha visão sobre as ferramentas essências ao administrador. Boa sorte e sucesso a Todos…

Autor

José Marcelo Lopes Silva é Administrador, registrado no CRA-RJ, com experiências acumuladas em áreas Administrativas, Auditoria Interna de Controles, Processos e Consultoria de Riscos em empresas de grande porte, além disso, é autor de alguns artigos publicados em 2009 no site do CRA-RJ entre eles, destacam-se: • “O Papel do Auditor Interno nos Processos de Controle” • “Gestão Empresarial de Risco, Agregada com ERP e Liderança” Contatos: mlopes09@gmail.com

José Marcelo Lopes Silva

Comentários

5 Comments

  • Muito bom, muito bom mesmo! Excelente artigo. Parabéns!

  • Interessante a visão da GE agregada ao ERP das empresas.

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