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Fluência Tecnológica – Aprendizagem Mediada pela Tecnologia

publicado por Grings

Em um mundo, cada vez mais competitivo e interconectado, é praticamente impossível imaginar uma empresa que não faça uso de redes de informação eletrônica como estrutura básica a seus processos de negócio e desenvolvimento. Na verdade, com a constante evolução e o barateamento das novas tecnologias da informação e comunicação (NTIC) acentua-se entre as empresas a paridade no acesso de equipamentos e programas, fazendo com que, de certa forma, todos os competidores estejam muito próximos quanto aos recursos computacionais utilizados.

Teoricamente, como todas as organizações competidoras têm acesso à mesma evolução tecnológica, o grande diferencial está, em como, as pessoas de cada organização conseguirão continuamente tornar-se fluentes no uso, tanto, das atuais, como das NTIC que estão a sua disposição. Cientes da importância do conhecimento e da competência como diferenciais competitivos entre as empresas, muitas organizações já percebem a importância de ações sistemáticas facilitadoras de criar, compartilhar, utilizar e ampliar o conhecimento.

Hoje vive-se a transição de uma Sociedade Industrial em Sociedade da Informação ou Sociedade do Conhecimento. As NTIC, em especial a Internet, permitem a criação de ambientes ricos em possibilidades de aprendizagem onde pessoas interessadas e motivadas podem aprender qualquer coisa, não necessariamente passando  pelos processos do ensino formal. Desta forma fala-se em aprendizagem mediada pela tecnologia que acontece por vontade do aprendiz, respeitando seu espaço, tempo e ritmo.

O modelo tradicional de “treinamento” aplicado nas empresas, dificilmente consegue levar em consideração as necessidades, os interesses, o estilo e o ritmo próprio de aprendizagem de cada pessoa, de modo a proporcionar-lhe uma qualificação individualizada porque este tipo de ensino personalizado e ao mesmo tempo coletivo choca-se com o pressuposto básico de treinamento, que é a padronização e massificação imposta pelos resquícios dos conceitos e práticas da sociedade industrial.

Os profissionais das diversas áreas da empresa advêm de diferentes instituições de ensino, com diferentes formações, mas muitos com a tradicional abordagem da transmissão de conteúdos, da repetição, da retenção, do treinamento, de exercícios, de avaliação como medida e produto final e não como correção de rumo e processo. O que nos ensinaram na escola é fruto das necessidades de uma sociedade industrial, originada décadas atrás, centrada no professor (chefe), valorizando as relações hierárquicas (estruturas verticais), baseada na transmissão de conteúdos (ordens), criando, por um lado, a autoridade (diretores) e por outro, indivíduos subservientes (funcionários), reduzindo sua capacidade criativa, o desenvolvimento de uma abordagem sistêmica, a construção de uma visão compartilhada e a aprendizagem em equipe. O que vivenciamos são estruturas matriciais, gestão por projetos, virtualização das relações interpessoais, necessidade de integração entre diferentes gerações. A geração Y está aí e a geração Z vem em seguida.

A abordagem do treinamento no mundo empresarial referente às diversas tecnologias e ferramentas da informação que estão em constante evolução, não consegue fazer com que os profissionais das empresas obtenham um grau de fluência tecnológica capaz de aplicar e utilizar eficazmente a tecnologia da informação na solução de problemas. A interligação do mundo globalizado, as pressões de competitividade, a adequação ao uso da qualidade total, junto com a rapidez das mudanças e a abrangência das inovações tecnológicas, traz uma inerente necessidade de contínua atualização, que força o profissional a estar sempre aprendendo.

Ao acompanhar o processo de introdução de novas tecnologias, o treinamento dos usuários e, em seguida, todo o suporte a sua utilização, verifica-se que a fluência tecnológica vem das experimentações realizadas via o processo de interação entre o usuário e a tecnologia. Fica claro que o modelo de treinamento deveria ser modificado para um modelo de capacitação, baseado em soluções práticas dos problemas, centrado, não mais no instrutor, no aluno ou na tecnologia, mas, na interação entre o usuário e a tecnologia.

Um modelo baseado na aprendizagem cooperativa, mediado pela tecnologia, principalmente as tecnologias da Internet, tem papel fundamental para disponibilizar ambientes repletos de possibilidades de aprendizagem de forma continuada e flexível da própria tecnologia da informação onde as pessoas sejam capazes de criar, compartilhar, utilizar e armazenar o conhecimento.

Autor

Executivo de Projetos Delivery da IBM Brasil responsável pela gestão da entrega dos serviços via contrato de outsourcing de Tecnologia da Informação em clientes de grande porte liderando equipes multidisciplinares baseado nas melhores práticas de ITIL e Gerencia de Projetos PMI.

Grings

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