Na atualidade a certificação PMP (Project Management Professional), emitida pelo PMI (Project Management Institute) é considerada a melhor qualificação em gerenciamento de projetos (existem outras certificações no PMI) no Brasil. Uma das diferenças desta certificação com as demais (ex.: SAP) é que o profissional certificado pelo PMI pode “perder” a certificação, caso não mantenha-se atualizado por meio de cursos que valem PDUs (Professional Development Units). Dessa forma, um profissional certificado pelo PMI deve acumular, no mínimo, 60 PDU’s a cada três anos, caso contrário, este profissional terá o seu certificado invalidado.
As empresas “começam” a exigir a certificação PMP ativa (semelhante ao que ocorre com a língua inglesa, com a fluência) como base de sustentação para o sucesso de um projeto.
Propagam-se pelo país, inúmeros cursos de capacitação para a obtenção da certificação PMP, porém o enfoque maior é com a memorização de termos e nomenclaturas das ferramentas e técnicas do que a apropriação dos seus usos e funções.
Esta situação, em geral, cria um contingente de profissionais “certificados”, mas sem as habilidades e competências necessárias para liderar uma equipe e fazer a gestão eficiente das atividades de um projeto. Este déficit de conhecimento torna-se notório sobretudo diante da complexidade de grandes projetos.
Passamos por ondas no gerenciamento de projetos no Brasil, a primeira onda diz respeito à certificação quantitativa de profissionais como PMPs. A segunda onda refere-se à qualificação destes profissionais certificados. Este processo é lento, pois para se transformar um profissional “apenas” certificado em Líder de projetos é necessário experiência construída com apoio de parceiros mais experientes.
Quando “ouvimos” na mídia que o Brasil não está preparado para as demandas atuais e futuras em relação à qualificação dos profissionais, em inúmeras áreas de trabalho, devemos incluir também os profissionais certificados como PMPs.
Sem habilidades e competências necessárias para fazer frente aos desafios de um projeto, estes profissionais, embora certificados seguirão despreparados para cumprir o papel que lhe cabe nos ambientes corporativos.
Este despreparo é um dos aspectos que afetam negativamente uma enorme quantidade de projetos que: não atendem o que o cliente “comprou”, o orçamento previsto não é respeitado e normalmente “estoura”, a rotatividade no time aumenta, o escopo não é administrado e tratado como vital, o planejamento é simplificado em atividades na ferramenta project e não é tratado de forma estratégica pelo líder etc.
As considerações acima ressaltam a importância de se conhecer, entender e aplicar as melhores práticas do PMBOK (Project. Management Body of Knowledge) no projetos. A maturidade aliada a experiência dos profissionais no conhecimento e aplicação das melhores práticas contribuem decisivamente para a diminuição do índice de insucesso dos projetos. Nesse sentido, temos que qualificar melhor os cursos preparatórios, associando teoria e prática.
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