Mas quem são este inimigos?
Processos que têm relevância quanto aos resultados.
Processos que recebem entradas pobres em detalhes, descrições fracas de objetivos, requisitos insuficientes quanto a definição de artefatos / produtos a serem entregues e que têm alta influência no produto ou serviço final, são os inimigos da qualidade.
Descuidos ou pouca atenção aos detalhes com estes processos fazem com que a qualidade final caia sem que a organização entenda o que aconteceu.
Como reverter esta situação?
O primeiro passo é avaliar a metodologia de desenvolvimento em relação as seguintes aspectos:
- A metodologia está documentada?
- A metodologia identifica claramente as fases, atividades e tarefas a serem seguidas?
- Todas as entradas e saídas estão definidas e padronizadas, inclusive com Templates para as fases, atividades e tarefas?
- A metodologia prevê revisão quanto a qualidade de todas as entradas e saídas?
- A equipe de desenvolvimento está devidamente treinada para utilizar a metodologia?
- Há um programa de treinamento disponível que pode ser aplicado periodicamente?
- A equipe de desenvolvimento adota e usa a metodologia?
Caso esta avaliação seja positiva, o passo seguinte é identificar os processos que mais contribuem para a qualidade dos produtos e serviços finais.
Novamente, aqui deve-se atuar do final para o início, buscando as seguintes informações:
- Levantar a quantidade de defeitos atualmente detectados na produção;
- Identificar a natureza destes defeitos;
- Classificar os defeitos quanto a natureza, identificando a sua possível origem.
Com base nestas informações o próximo passo é identificar quais as ações que podem ser tomadas para reduzir este número.
Tomando-se por base uma definição genérica de processos de qualidade no desenvolvimento, temos processos de verificação e de validação, compostos por revisões conjuntas e inspeções formais.
Destes processos, a inspeção da especificação funcional, a revisão conjunta do modelo de informação e a inspeção de fontes são processos que demandam aquela atenção e cuidados especiais, que fazem toda a diferença na qualidade do produto.
Igualmente, dentre as diversas instâncias de testes, como o teste unitário, de integração, funcional, de sistema, de aceite, de conversão e de distribuição, pode-se destacar o teste funcional, o de sistema e o de aceite como processos alvo de melhoria.
Outro aspecto que por vezes é negligenciado, é a adoção de técnicas de testes com base em Melhores Práticas. As Melhores Práticas, disponíveis através de modelos de melhoria, não são assim chamadas a toa, muito já se pensou a respeito para chegar até as suas definições e vale a pena adotá-las.
Há que se pensar também nos ambientes de testes, que se não forem adequados, restringem os testes e limitam a cobertura de casos.
Atacar os processos inimigos da qualidade, pode ser mais fácil e benéfico do que se imagina e seus benefícios como:
- Melhor qualidade dos sistemas desenvolvidos
- Menor incidências de manutenções
- Redução dos índices de re-trabalho
- Redução dos esforços de Testes
O acompanhamento destes indicadores e dos custos envolvidos dão o Pay-Back necessário para financiar o ataque aos inimigos.
Em nosso próximo texto vamos focar na Qualidade em TI – Segregação integrada, pode ser o caminho…
[Crédito da Imagem: Processo – ShutterStock]
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