É muito comum na área de TI, especialmente quando se trata de uma contratação no regime pessoa jurídica (o famoso PJ), que o profissional tenha mais liberdade na gestão de sua carreira e remuneração. Ele não precisa esperar um reajuste salarial proposto pela empresa, aumento por mérito ou a participação nos lucros e resultados para elevar seus rendimentos. Tudo o que o profissional PJ precisa é de oportunidade para aumentar sua experiência e sua renda.
Os profissionais que não possuem vínculo empregatício nos chamados “CLT FULL “e “CLT FLEX” podem trabalhar com mais facilidade em projetos temporários. O lado positivo é poder escolher se prefere o projeto com duração de três meses perto de casa ou o projeto com um ano de duração em seu estado preferido; se prefere um cliente de grande porte ou um de menor porte onde suas funções terão mais destaque. Cito o poder de escolha porque o mercado está aquecido e as oportunidades em projetos com boa remuneração são reais (principalmente mercado SAP). As escolhas são diversas, mas o que esse tipo de profissional não pode deixar de pensar é na segurança e estabilidade que o outro tipo de contratação poderia lhe oferecer. Os profissionais no regime de CLT, sentem-se mais seguros. Vale-alimentação, auxílio creche, PLR, estacionamento e o plano de saúde que ele sempre quis para sua esposa e filhos. Ao mesmo tempo, se esse tipo de profissional conversar com seus colegas de profissão, descobrirá que a maioria está ganhando cada vez mais e que seu salário permanece congelado.Portanto, como manter-se estável nas diversas situações?
Pratique os seguintes questionamentos:
– Sendo PJ eu tenho mais liberdade? Tenho menos gastos?
– Atualmente,tenho benefícios que me ajudam no sustendo da minha família?
– Posso realizar minhas tão sonhadas férias sem ter que ligar meu blackberry?
– Vivo para trabalhar ou trabalho para viver?
– Tenho possibilidade de crescimento na minha atual posição?
– Sei exatamente como está o mercado de trabalho na minha área de atuação?
– Eu acredito no projeto que estou fazendo?
– Amo o que eu faço ou realizo minhas atividades somente para arrecadar um fundo e aposentar-se mais cedo?
– Qual é a definição de trabalho pra mim?
– Aonde quero estar daqui 10 anos?
– Como estão os planos para minha vida pessoal?
Estou preocupada com o desenvolvimento de carreira dos profissionais da área de Tecnologia. Preocupo-me porque tenho a consciência de que o dia-a-dia de quem trabalha com projetos, desenvolvimento ou infra-estrutura – independente da forma de contratação – está cada vez mais difícil. Fazemos parte de uma sociedade dependente da tecnologia. Tem dúvidas? Basta se lembrar da última vez em que você ficou sem internet ou que sua rede caiu no trabalho.
Entendo a necessidade de grandes mudanças organizacionais no sentido tecnológico: Reestruturações, terceirizações, sistemas focados no negócio, implantação de ERPs, etc. Porém, existem pessoas por trás desses processos.
Independente de seu tipo de contratação pense em seu futuro.
Ninguém descobrirá a melhor maneira de fazer uma coisa, se não amar essa coisa – Provérbio japonês.
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