Após um longo período sem publicar novos textos resolvi escrever esse artigo motivado pelas inúmeras opiniões que recebi de vários profissionais da área de TI, em resposta a uma enquete que enviei para o Google Groups LeonardoTI com o seguinte tema: “Qual é o seu sentimento em relação ao mercado de TI em Brasília e no país como um todo?”
Recebi em torno de 80 respostas. Alguns profissionais decepcionados mas esperançosos, outros positivistas, alguns indignados, e muitas respostas reclamando sobre a existência de “QI’s” (Quem Indique) no mercado de trabalho.
Analisando friamente este tema, de fato algumas “indicações” parecem um tanto injustas quando ferem aquilo que chamamos de ética profissional, como por exemplo, o sobrinho “despreparado” de um Supervisor que é indicado para uma oportunidade na empresa pelo simples fato de ser conhecido de alguém influente. Entretanto, na maioria dos casos de indicação a situação não é bem essa.
Imagine que um grande amigo do seu Gerente pedisse um emprego para o filho, um jovem profissional bem qualificado, que atendesse ao perfil necessário para uma vaga na empresa, precisando apenas de uma chance para mostrar seu talento. Qual seria o problema se o seu chefe indicasse esse rapaz para a oportunidade em vez de buscar outros candidatos no mercado?
Ninguém, por mais influente que seja, colocaria seu nome, reputação e respeito em jogo, indicando alguém que não fosse merecedor e competente o suficiente para conquistar seu espaço e mostrar seu valor após a indicação.
A verdade é que nós só indicamos aqueles em quem confiamos, seja o dentista, o webdesigner, o pediatra do filho, o mecânico, o banco ou o hotel onde nos hospedamos nas férias. Muito mais hoje, em dias modernos, onde todos nós mantemos uma rede de relacionamentos no Twitter, Facebook, Orkut ou Linkedin. Não há uma só pessoa que não tenha ou seja o “QI” de alguém em alguma situação, e isso é normal.
A “panela” é o cerne das redes de confiança que temos. As pessoas sempre buscam indicações de quem confiam. A grande sacada dos inventores das redes sociais foi virtualizar o que todos nós já fazemos em nossas vidas.
Ter um QI é absolutamente vital para quem pretende ter um negócio ou para quem não pretende ter negócio. Vinícius Teles no 12º Encontro Locaweb Startup (assista )
Quero ir além…
A pessoa que mantém uma poderosa rede de relacionamentos demonstra ser muito bem relacionada, articulada, aberta para interagir com pessoas de “mundos diferentes”, características importantíssimas para qualquer profissional dos tempos atuais.
Os QI’s existem e sempre existirão! Não se chateie se alguém for indicado para uma vaga de emprego que você almejava, ou quando a proposta da sua empresa não for a escolhida entre os concorrentes. Busque maximizar seus contatos não apenas em quantidade, mas principalmente em qualidade. Todavia, esteja sempre em constante aperfeiçoamento, buscando capacitação, realizando um bom trabalho onde seus colegas e conhecidos percebam seu profissionalismo e amadurecimento profissional.
Quando não existirem indicações cabíveis, a opção será sempre a escolha do melhor profissional para aquela ocasião.
Pense nisso!
Sucesso para todos!
Leave a Comment