Essas notícias nascem nos mais diversos cantos da companhia, da responsável pela faxina, que acha que escutou alguém falando alguma coisa; no café, quando o pessoal se junta e solta o destrutível “vocês não sabem…..”; e até no almoço dos executivos onde um quer mostrar que sabe mais que os outros e acaba demonstrando os seus ‘achismos’. Quem nunca viu um gestor mal informado tomando decisões absurdas baseadas apenas em conversas de corredor?
Em um mundo onde a ansiedade é o grande veneno do cotidiano, uma notícia da rádio peão pode causar estragos enormes. Um profissional no limite da ansiedade acaba tomando atitudes explosivas sem o menor fundamento e com consequências irreversíveis apenas porque alguém disse algo que, na maioria das vezes, não tem nenhum fundamento.
Sua origem e época são desconhecidas, mas creditam-se a ela golpes de estado e até derrubadas de reinos desde antes do Egito antigo. Imagine o que não se falava nos corredores de Roma antes de Nero colocar fogo em tudo!
Atualmente, ela é utilizada por gestores adeptos da centralização e da administração por conflito, creem que espalhar informações confusas provocando medo em seus comandados aumenta o seu poder e veneração. Extermina-la sempre foi o anseio de muitos; técnicas, metodologias e seminários foram desenvolvidos, todos com sucesso relativo.
As empresas que conseguiram sucesso absoluto tiveram como maior benefício um excelente ambiente para se trabalhar, aumento da produtividade e retenção de profissionais. E, para isso, utilizaram uma prática muito falada (e pouco) exercitada pelas corporações: transparência.
O resultado alcançado não é fruto de cartazes bem escritos, paginas dos manuais de “boas- vindas”, nem de uma palavra perdida na descrição de valores da empresa, muito menos dos discursos anuais de confraternização. Ter transparência é algo que se consegue praticando em todos os níveis da corporação. E diariamente.
Seu principal guardião tem que ser, necessariamente, o presidente, afinal toda empresa é reflexo do seu principal executivo. Se ele transmitir e praticar transparência, seus liderados o seguirão; se ele for fofoqueiro e truculento, igualmente a empresa se portará.
Quando se sentir afetado pela rádio peão e pensar em mudar de empresa, antes de saber quem será seu chefe, procure saber como se porta o presidente da empresa que pensa em trabalhar.
[Crédito da Imagem: Fofoca – ShutterStock]
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