A globalização tem feito as empresas, melhor dizendo, o mercado ficar cada vez mais exigente. A massa de informações e as opções oferecidas de produtos e serviços que hoje é disponibilizada trazem a necessidade das empresas serem cada vez mais ágeis em suas respostas ao mercado e porque não dizer ao cliente.
Com isso, surge a figura cada vez mais presente da TI. Muitas vezes considerada vilã e outras vezes a heroína, porém sempre em evidência, mas sempre escondida. Atualmente a TI tem feito parte da vida de todos, mas o pobre “mortal” como brincamos quando nos referimos ao usuário final, nem sempre percebe. Lembrar da importância da TI, só mesmo quando ela falha. Nesta hora o mundo desaba e os Gestores e a sua equipe, tem a missão (não importa se possível ou não) de voltar ao que era antes… Talvez seu raciocínio tenha pensado: o mais rápido possível, mas sabemos que tem de ser antes, tudo para “ontem”.
Diante disso, a Governança de TI emplacou no mercado. Pesquisas recentes mostram que as empresas com uma estrutura forte de Governança conseguem um retorno maior de 20% de seus bens em relação às com Governança fraca, agregando valor ao negócio. Com isso a febre da Governança nas empresas alavancou o surgimento de um novo mercado: os de empresas e consultores capacitados, comprovadamente, para ajudar a gerir ou gerir totalmente os processos e controles internos para que, não só, o tempo de indisponibilidade seja o menor possível, mas também para ter sustentabilidade e segurança do negócio, obedecendo a principal lei do mercado: competitividade. E ser competitivo hoje, é ser igual e de preferência, melhor que seu concorrente.
Mas quando falamos que uma empresa possui em uma boa Governança de TI, queremos dizer basicamente que os processos da área de TI estão alinhados com o objetivo estratégico do negócio e que possui uma estrutura de tomada de decisões eficiente e forte, com o envolvimento, quase que obrigatório, da direção corporativa fazendo o papel como o de um “patrocionador”. A Governança orienta sempre o que se deve fazer e não como fazer, uma vez que não há padronização de “como fazer”, pois vai depender do negócio e de outras variantes que deverão ser levadas em consideração.
O maior problema é o alinhamento dos processos da área de TI com os de Negócios. Apesar de parecer fácil, é um processo contínuo e complexo.
Neste caso, abordaremos os protagonistas deste espetáculo: os processos e seus controles, que podem ser tanto vilões como mocinhos, vai depender diretamente da condução dos mesmos, uma vez a sobrevivência da empresa dependerá diretamente deles. Posso comparar como o fermento em um bolo: se não colocar a quantidade certa vai “desandar” e “solar”. Assim também são os processos e controles. Para cada processo ou grupo de processos, deverão existir controles que possam assegurar que estão ocorrendo de acordo com a finalidade para qual foram desenhados. Este é o grande desafio: manter a quantidade de processos e seus controles, compatíveis e alinhados com o negócio. Algumas empresas desandam a criar processos, sem critérios e acabam diminuindo, cada vez mais, a velocidade de resposta do negócio, pois os controles se tornaram ineficazes para os mesmos, ou até mesmo, pararam de serem utilizados diante da quantidade de processos a serem monitorados, criando uma falsa impressão de que está tudo sob controle. Podemos chamar isso de “Empresa engessada”, pois não possui mais mobilidade que a fazia tão eficiente nas respostas ao negócio, tanto para os clientes internos quanto para os clientes externos.
Uma poderosa arma para ajudar a identificar este problema é a adoção de auditorias internas periódicas, com o objetivo de não só de detectar, mas também de mapear e propor soluções a todos os “GAPs” encontrados, de modo a ajustar as quantidades e os próprios processos para a necessidade do negócio, isto é, fazendo com que o alinhamento estratégico se mantenha vivo, garantindo assim a continuidade do negócio… E deixando a área de TI muito feliz.
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