Não se vê muita vantagem, com razão, de ler em um tablet/celular/computador do que no papel. É o mesmo processo digitalizado, mas o que temos pela frente como grande vantagem não é isso! Estamos fazendo mais do mesmo. Ou seja, digitalizando a topologia atual, ao invés de migrar para uma nova topologia.
Roberto Feith, diretor-geral da Objetiva e presidente do conselho da DLD (Distribuidora de Livros Digitais, empresa que representa as editoras Record, Objetiva, Sextante, Rocco, Planeta, LPM, Novo Conceito e da canadense Harlequin) aponta as mudanças no seguinte artigo “Livro digital estimula novos gêneros e outro perfil de leitor“.
Ele acredita que vamos ter agora:
- – passagem de obras do papel para digitais;
- – redução do tamanho dos textos: a ideia é publicar obras de até 15 mil palavras.
Note que a relação do modelo texto-leitor continuará igual. Muitos dirão que gostam do papel, não gostam de ler em telas, que o preço do digital ainda não compensa, etc.
Não se vê muita vantagem, com razão, de ler em um tablet/celular/computador do que no papel. É o mesmo processo digitalizado, mas o que temos pela frente como grande vantagem não é isso! Estamos fazendo mais do mesmo. Ou seja, digitalizando a topologia atual, ao invés de migrar para uma nova topologia.
A Cultura 2.0, que nos traz o grande diferencial, é justamente a criação de uma plataforma que permite uma nova maneira de estabelecer a troca entre o produtor-consumidor, em qualquer área. Não há possibilidade de se beneficiar disso de forma mais relevante, a não ser criando a nova plataforma, como vemos no modelo abaixo:
Nesse modelo o autor e o leitor e o leitor e o leitor estão na mesma plataforma, que permite:
O autor:
- escrever direto na plataforma;
- atualizar os textos na plataforma, quando achar que deve, espalhando para todos que o recebem;
- receber comentários, sugestões, críticas;
O leitor:
- Receber as atualizações feitas pelo autor;
- Poder compartilhar a leitura com seus amigos, alunos, conhecidos, etc, tanto o livro todo, quanto uma página, um parágrafo, uma frase;
- Poder traduzir qualquer texto de qualquer língua para qualquer língua;
- Poder tirar uma dúvida sobre qualquer palavra;
- e conhecer o histórico de leitura sobre cada texto, obtendo as marcas feitas por quem já leu, a critério do leitor.
Note que tais vantagens nos levam para um novo mundo de leitura de livros, que será uma grande vantagem principalmente nos livros técnicos, didáticos, de conhecimento.
É um salto quântico do que temos hoje e quando tivermos algo assim ninguém mais poderá dizer que prefere o livro de papel, a não ser para casos muito particulares.
Concordas?
Que dizes?
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