É esse o modelo de negócios que o consumidor vem procurando por se assemelhar a um “shopping na internet”. Em um ambiente one-stop-shop, o cliente encontra produtos de diferentes lojas em um mesmo local, compara preços e efetua o pagamento em uma única transação, gerando comodidade e rapidez.
Para o consumidor final esse modelo é ótimo, mas quais os benefícios para os lojistas? Como fazer para aumentar a eficiência do canal online? Comissionar o marketplace entre 15% a 20% é rentável para o lojista?
O fato é que o modelo em questão pode prover diversos serviços ao lojista contratante, sendo o mais comumente adotado no Brasil aquele que engloba uma maior gama de serviços como geração de tráfego (mídia), exposição dos produtos, billing (cobrança no cartão de crédito) e gestão da fraude. Esses são os modelos de negócios que Walmart, Extra.com e Submarino, por exemplo, utilizam.
O grande benefício para o lojista é a alocação mais eficiente desses recursos que são melhores distribuídos de forma que o negócio se torne mais rentável. Por exemplo, ao comprar um produto no Walmart, o mesmo se responsabiliza pela transação do consumidor junto a bandeira, independente de quem e de qual for o produto comercializado. Mas como o volume de transações no Walmart é muito alto, o custo do mesmo com a adquirente é menor.
Desta forma, com um menor investimento, é possível expor os produtos em sites reconhecidos no mercado e se aproveitar do tráfego, mídia, visitas, relevância em SEO e toda a experiência que o mesmo possui para alcançar o que todo lojista deseja: incrementar as vendas e diminuir os custos operacionais.
Vamos a um simples exercício para ilustrar melhor:
Temos duas empresas de pequeno porte, faturando R$ 100 mil por mês: a empresa “A”, que vende apenas pela sua loja online, e a empresa “M”, que comercializa apenas através do marketplace. Na tabela abaixo, vemos que a empresa “A” tem custos com marketing, adquirente e gateway, antifraude e a própria fraude apurada que contabilizam 17,5% dos custos efetivos, enquanto que esses custos para a empresa “M” são de responsabilidade do marketplace.
Como o marketplace é realizado por grandes empresas, os custos que o mesmo tem para atrair clientes e realizar a sua operação com os aspectos de marketing, adquirente+gateway, antifraude é diluído, e, portanto, menor. Por exemplo, o custo do adquirente (bandeira de cartão de crédito) para a empresa de pequeno porte pode chegar a 5%, enquanto que, para a de grande porte, é de menos de 2%. Dessa maneira, enquanto no marketplace é, supostamente, gasto entre 8% por esses serviços, a empresa “A” gasta 17,5%. Qualquer valor acordado de comissionamento abaixo de 17,5% gerará aumento na margem de contribuição da empresa “M”.
Como exemplo, vamos citar um varejista que paga 15% de comissionamento ao marketplace por esses serviços “prestados”. Com isso, observamos um aumento de 45% na margem de contribuição final da empresa “M” se comparada à empresa “A”.
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Portanto, para que um lojista participe de um marketplace, é importante que ele avalie primeiramente o posicionamento que o próprio ambiente possui. A escolha do marketplace coerente com o posicionamento do produto está diretamente relacionado ao volume de transações que será gerado. Além disso, deve-se realizar as contas na ponta do lápis para ver se o negócio é rentável, seguindo o exemplo acima.
[Crédito da Imagem: Marketplace – ShutterStock]
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