“Há um número cada vez maior de pessoas na força de trabalho – e a maioria dos trabalhadores de conhecimento – que terão de se autogerenciar. Terão de se colocar onde puderem dar sua maior contribuição; terão de aprender a se desenvolver. Terão de aprender a manter sua juventude e a vivacidade mental durante uma vida profissional que está em ampla expansão. Terão de aprender como e quando deverão modificar o que fazem, como o fazem e quando o fazem.” Adaptado Peter Drucker
Assim como um navio não pode navegar sem sua bússola, não importando se é da última geração ou como os antigos faziam – valendo-se das estrelas que tinha a ursa maior como norte e cruzeiro do sul como sul e assim definiam o seu percurso – o fato é que sem um instrumento de orientação que nos indique a direção, seremos largados à sorte, sem perspectivas claras de onde chegar.
Desta forma, não apenas o instrumento e o meio de uso são importantes como também a necessidade de um planejamento organizado, crítico, coerente com a realidade e com a visão do que se espera para o futuro. Sim, precisa haver crença, pois o desenvolvimento individual deve partir de um princípio de evolução continua.
A evolução contínua, naturalmente está sustentada pelo autoconhecimento, onde o indivíduo, quando trata o pessoal e/ou profissional, deve olhar para dentro de si e buscar uma profunda reflexão sobre sua relação com o trabalho, suas aspirações, seus interesses no presente e futuro e, sem dúvida, em seus próprios valores.
Vamos a um exercício: imagine que o relógio parou e agora olhando à sua volta, sem a pressão do tempo, você possa escolher o melhor lugar para sentar e de posse de caneta, lápis, papel ou quem sabe seu tablet ou smartphone, iniciar o processo de autoavaliação. Imaginou? Então vamos em frente. Veja que na sua lista, coisas diversas vão surgindo como parte natural da sua vivência, experiência, alegrias, frustrações, desejos, etc.
O motivador para AGIR
“O 1º. Passo para não ficar parado em meio ao deserto é exatamente ter o desejo de avançar, não para qualquer lugar, mas sim para um horizonte que se possa visualizar o ponto de chegada. No entanto, se não exercitar a reflexão, o planejamento e ação do que se precisa melhorar, a chance de sucesso ficará cada vez menor.” – By Cristiano Pimenta
Bom, mas é necessário começar a organizar este caos, certo? Então, separe os sonhos já realizados, priorizando até cinco, realmente importantes, analisando o momento da vida naquela ocasião. Pois bem, agora registre um sonho que deseje atingir nos próximos anos, defina uma data na linha do tempo e assim poderá projetar todas as etapas necessárias para o atingimento.
Neste ponto, requer uma pausa, aqui realmente você precisará após reflexão, colocar em prática a ordem das coisas, ou seja, quais são os sonhos da ordem pessoal, familiar e profissional. Pois cada um desses certamente fará frente a diversos desafios, levando-o a considerar: a falta de tempo, a limitação de recursos, as palavras negativas, a torcida contra, a insegurança para sonhar, o medo, o conformismo e, sem dúvida, o desafio da cultura de fracasso.
Agora com esta lista organizada, podemos classificar a autoavaliação, tendo em conta os seus pontos fortes, seus pontos fracos e quais áreas do seu “mundo” não foram desenvolvidas e que requerem uma meta para desenvolvê-las. Para cada ponto identificado, registre as atitudes, as características pessoais, o conhecimento, a experiência e a competência desejada, alinhadas a visão de futuro. O futuro poderá ser de seis meses, um ano, quem sabe cinco anos, seguindo a importância e prioridade definida por você.
Até aqui definimos alguns passos necessários para o início de um plano de desenvolvimento individual, começando pela reflexão geral, organizando os sonhos e desejos, avaliando os pontos fortes e fracos, e indicando do que se precisa, de forma consciente, melhorar.
No entanto, quando trazemos a mesma visão para o mundo estritamente corporativo, alguns passos se sobrepõem e outros são necessariamente adicionados, visando o direcionamento para os objetivos de negócios. Assim, mantem-se no âmbito profissional: a reflexão, a lista de sonhos e desejos, a autoavaliação trazendo a tona os pontos fortes e fracos e os gap´s a serem desenvolvidos.
Na fase seguinte, recomendo agendar com seu gestor uma reunião, com data e hora marcada, pois este momento é crucial para o desenvolvimento e acompanhamento durante o ano. Alinhar as expectativas é fundamental, evitando assim dispor energia no objetivo errado.
Lembre-se, o Plano de Desenvolvimento Individual nas organizações, de forma geral, está focado no entendimento da necessidade do que realmente precisa ser desenvolvido no seu colaborador e qual a recomendação e/ou ação para melhorar seu desempenho e/ou capacitá-lo para posições superiores. Uma vez pactuado o plano, mantenha-se firme, pois certamente trará bons frutos para sua vida pessoal e/ou profissional.
Adaptado de uma passagem de Timothy Butler e James Waldroop, ambos psicólogos e atuantes na Harvard Business School, sinalizam, que em época de guerra por talentos, a melhor maneira de segurar seus elementos mais capazes é conhecê-los melhor e então, usar este conhecimento para ajustar suas carreiras aos próprios sonhos e aos objetivos da organização. Percebemos aqui a importância do papel também da organização quando da aplicação do Plano de Desenvolvimento Individual, onde o seu uso traz beneficio e compromissos mútuos, entre empresa e indivíduo.
[Crédito da Imagem – Desenvolvimento Individual – ShutterStock]
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