Deu para notar que gosto de abordar em meus artigos temas do nosso dia-a-dia. Estava lendo em uma revista, uma reportagem da professora Alison Fragale, da Universidade da Carolina no Norte, Estados Unidos, que explica que cultivar boas relações de trabalho faz mais sentido do que a pressa em ser promovido e adquirir “status”. Você concorda com ela?
Para falar a verdade, ao terminar de ler o artigo comecei a indagar-me sobre a importância do “status” para o profissional. E acabei concordando com ela, pois o “status” é um lugar virtual onde o indivíduo ocupa provisoriamente, com data de validade, isto é, só afeta uma pessoa. Mas o relacionamento com a equipe não, envolve todos e é duradouro. Tanto para o bem ou não. Dificilmente alguém perde a confiança da equipe e a retoma, logo podemos anotar a primeira lição: cuidado com o que semear, pois vai colher justamente o que plantou, mais dia menos dia.
A dificuldade de administrar um “status” e o relacionamento é muito grande. Todos os dias, desde o primeiro dia de trabalho é uma batalha a ser vencida. Tanto para o gestor como para o colaborador. O gestor porque é o alvo de todos e ainda tem de administrar politicamente seu “status” de ter um cargo de confiança na empresa. O colaborador de se posicionar perfeitamente, senão os demais o colocarão de lado.
O maior desafio tanto do colaborador quanto do gestor para ser reconhecido é o realizar algo que ninguém consegue e para isto tem de ser bom naquilo que faz. Alguns perdem a linha nesta etapa e acabam atropelando as relações interpessoais profissionais, destruindo um bom relacionamento com a equipe e com isto, logicamente, fica mal visto perante todos. Agora não vem com essa que “para mim o que importa é somente meu trabalho”. Se pensar assim, vai ficar marcando “passo” a vida toda. Costumo dizer as minhas filhas que todos precisamos ter ambição na dosagem certa. Pois se tiver muita, ficará “cego” e acabará fazendo coisas erradas para atingir seus objetivos (cuidado com a frase: “os fins, justificam os meios”) e pouca ou nenhuma ambição tornará a pessoa uma “mosca morta”, sem objetivo na vida. Mas a ambição nunca pode passar por cima de nossas relações e amizades, pois com certeza um dia verá que não valeu pena.
Por fim, cheguei à conclusão que a professora estava muito certa ao afirmar que o relacionamento pessoal é à base do crescimento pessoal na profissional. Pois aquele indivíduo que se acha uma “estrela” e quer chegar ao topo da “pirâmide” sem relações fortes com a equipe, certamente terá uma surpresa, pois até a força tem seus limites e é dependente de resultados. Lembre-se que o maior patrimônio de empresa são seus profissionais, que levam a empresa onde a alta administração traçou. Olha para o corpo humano, a máquina mais perfeita do mundo feita por Deus, o que seria do cérebro se não fosse os demais membros? O corpo de uma empresa tem de trabalhar como uma orquestra de forma harmoniosa e firme. O “status” pode ser passageiro, mas um relacionamento profissional, que pode vir a ser uma “amizade” ou até mesmo um simples “networking”, pode lhe render bons frutos no futuro além de serem duradouros e porque não dizer: “até que a morte os separe”, sem nenhum exagero.
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