A resposta dos mais ponderados é não exagerar na exposição, os mais audaciosos responderiam que qualquer atitude é válida para garantir o emprego e principalmente o espaço.
Os sintomas para quem envereda para o caminho da insanidade corporativa são facilmente identificados:
- O profissional tem atitudes desproporcionais interna e externamente porque entende que perdeu espaço com a chegada do novo chefe;
- Sua incompetência aparece mais que seus feitos, sua reação é sentir-se injustiçado;
- Aprontou tantas por todos os departamentos que conseguiu derrubar o véu que tampava a visão dos superiores para a sua verdadeira reputação;
- Sente-se acuado por não ter mais lugar para trabalhar. Conseguiu ser preterido em todos que passou.
Percebendo-se desprestigiado e acuado começa a reagir como um rato em situação semelhante: Ataca! Inicia um processo frenético de venda das suas qualificações e feitos, elabora apresentação com informações exageradas e apresenta para todo mundo que quer ou não ouvi-lo.
Propaga aos quatro cantos histórias dos seus supostos feitos e acaba cometendo deslizes com inverdades. O barulho é tão intenso e tão constante que em muito pouco tempo até os profissionais que possuíam algum apreço por ele começam a mudar de opinião.
Seu nível de inconsciência cresce e ele não consegue dar ouvidos a quem lhe estende a mão, acredita que não precisa de ajuda e que seus feitos e seu tempo de casa são suficientes para mantê-lo empregado.
Infelizmente por mais que tenha bons resultados no seu currículo tornou-se ingerenciável e vira unanimidade entre os executivos da empresa. A única solução é cortá-lo.
Mesmo com um quadro altamente desfavorável não é recomendável um corte sem um prévio planejamento, é muito importante prevenir situações constrangedoras principalmente nos clientes, afinal quando um profissional chega a esse nível de insanidade não sabendo mais discernir a verdade da ilusão, ele é capaz de tudo.
A orientação é alinhar a decisão do desligamento com todos os executivos que ele tem acesso e afastá-lo gradativamente do dia a dia dos clientes, para que a ruptura não seja forte e principalmente que sua falta não seja notada. Recomenda-se de dois a três meses para a execução do plano. Por mais que seja difícil a atitude a ser tomada, certifique-se até o último instante que é o último recurso, afinal estamos tratando de um ser humano que encontra-se fora do seu equilíbrio normal e que poderá ter como reação ao seu desligamento um agravamento em seu estado de saúde mental.
[Crédito da Imagem: Insanidade Corporativa – ShutterStock]
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