Inovação disruptiva – Fale mais sobre isso

Disrupção significa “interrupção do curso normal de um processo”. Por volta de 1995, Clayton Christensen, um professor americano da Harvard Business School, desenvolveu o conceito de inovação disruptiva como sendo um processo ou serviço que começa como uma aplicação simples, desenvolvida por empresas pequenas, dirigidas a um mercado que não era assistido pelos gigantes do mercado,  indo muito além da inovação revolucionária e alterando de vez as regras do jogo.

Esta inovação acaba por transformar o mercado ou um setor existente, superando uma tecnologia dominante através de uma ruptura e não uma evolução normal de mercado. Ela pode criar novos valores e criar novos mercados, dissolvendo idéias que na vista de todos eram já solidamente estabelecidas.

Podemos dizer que a inovação tradicional é incremental, porque implementa melhorias em um produto existente, já a inovação disruptiva implementa uma  nova categoria de produto, algo totalmente novo.

Vamos aos casos práticos

Podemos citar dois casos clássicos como exemplo: os antigos micro-computadores sendo substituídos por PCs de alta performance, os telefones celulares aposentando os telefones fixos e atrapalhando a venda de máquinas fotográficas.

Mas um dos melhores exemplos de inovação disruptiva é aquele em que Steve Jobs fez da tela do celular não apenas um local de exibição de imagens, mas de receber comandos através do toque, sepultando o famoso teclado.

Podemos citar também:

  • A Netflix – tornou as vídeos-locadoras obsoletas e incomodou as empresas de assinatura de TV
  • A Uber – aplicativo de celular que conecta pessoas que disponibilizam seus automóveis para o transporte remunerado de outras pessoas.
  • A AirBnb – aplicativo que disponibiliza a oferta de serviços de pessoas para pessoas sem a intervenção dos grandes monopólios, dando dor de cabeça as empresas do setor hoteleiro
  • A TruckPad – os caminhoneiros sinalizam espaço livre em seus caminhões e conectam pessoas interessadas no transporte de cargas, barateando o custo do frete. Semelhante a Uber
  • PayPal – empresa de pagamentos online, com abrangência internacional
  • ZipCar – empréstimo temporário de carros, em inúmeras cidades dos Estados Unidos e Canadá
  • O WhatsApp com suas chamadas grátis de áudio e vídeo, despertou as Telefônicas para novos modelos de relacionamentos com seus clientes.

Conclusão

O termo disrupção ficou conhecido como “algo inovador, moderno, radical”, passou a significar estar ligado ao futuro, algo que quebra as estruturas tradicionais de produtos de alto custo e direcionadas a determinados públicos somente.

O lado interessante que, além da coisa ‘nova’, ele desestabilizou os concorrentes que antes dominavam o mercado. Começa servindo a apenas um público modesto até que atinge todo o segmento, deixando obsoleto quem antes era líder de mercado.

Com a inovação disruptiva, as empresas focam em obter menores margens de lucro, em mercados-alvo menores, produtos e serviços mais simples não tão atrativos quanto as soluções existentes.

Vejam o caso do Iphone que citamos anteriormente, a mudança implementada, criou uma nova categoria de produto, foi algo totalmente novo. Os produtos que antes ocupavam este mercado de celular passaram imediatamente a serem considerados obsoletos e a maioria das empresas que não seguiram esta novidade, foi condenada a extinção.

Uma das vantagens é que, geralmente, estas inovações dão poder aos consumidores, eles passam a ter mais opções de escolha, a comprar produtos mais baratos e acessíveis a um numero maior de pessoas.

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Inovação disruptiva – Fale mais sobre isso was last modified: fevereiro 21st, 2018 by Alexandre Mendes
Alexandre Mendes: Curso superior de Tecnólogo em Processamento de Dados, Bacharel em Administração de Empresas, MBA em Gestão Estratégica de Sistemas, certificações ITIL V3 e COBIT 4.1. Atua na área de TI desde 1979, tendo experiência nas áreas de Engenharia (Cibergen), Bancária (Banco Boavista, Bradesco, CAIXA) , Seguros (CIS), Aviação comercial (VARIG) e Consultoria (IBM). É colunista do TIESPECIALISTAS desde Fevereiro de 2017.
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