Uso de smartphones pelo mundo
Vou apresentar alguns dados para contextualizar o tamanho do desafio. Segundo a GSMA, em notícia veiculada em junho de 2017, o mundo possui 5 bilhões de linhas celulares ativas. Mesmo que algumas pessoas possuam 2 linhas ou até mais, é muita gente. Ainda segundo a GSMA, no terceiro trimestre de 2017, só no Brasil, foram 234,6 milhões de conexões sem fio à internet, sendo 73% via smartphones e 35% utilizando a tecnologia 4G.
Se analisarmos somente as crianças e os adolescentes, são 23,7 milhões de conectados sendo que 82% através de smartphone. Estes dados foram divulgados pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) em pesquisa realizada entre novembro de 2015 e junho de 2016 com 6,1 mil entrevistas presenciais com crianças e adolescentes e 3 mil com pais ou responsáveis.
Monitorar crianças: liberdade com responsabilidade
Levando-se em conta as informações apresentadas, como podemos monitorar crianças para que não estejam tão expostas à situações em que ainda não estão maduras o suficiente para lidar? Além disso, como não cercear sua liberdade e individualidade?
Este é um assunto muito delicado que deve ser abordado com parcimônia. Regularmente, vemos na mídia inúmeros casos de crianças e adolescentes vítimas de pedófilos, golpistas, ladrões e outros tipos de criminosos. O modus operandi destes marginais é monitorar crianças na internet, se colocar em situação de amizade ou até em um relacionamento amoroso e cometer o crime após ter conquistado sua confiança.
Um caso que está em voga no momento é o do ex-médico da seleção americana de ginástica olímpica, Lerry Nassar. Ele, antes desta acusação de assédio sexual contra o time de ginastas já havia sido condenado por pornografia infantil.
Para se ter uma ideia sobre a gravidade da situação da pornografia infantil no mundo, na Alemanha foi desmantelada uma rede que possuia 87.000 membros. Segundo a justiça, a rede também promovia encontro com menores vítimas de abusos sexuais. Entre os vídeos recuperados pela polícia haviam “abusos sexuais gravíssimos contra crianças e até mesmo bebês”.
Como podemos protegê-los?
Nós como pais, tios, avós, educadores ou apenas pessoas preocupadas com o bem-estar social temos o dever de proteger nossos jovens. A vigilância é nossa maior aliada. O que, a primeira vista, nos parece o maior problema pode ser uma grande aliada: a Tecnologia. Para dirimir toda essa vulnerabilidade mediante tantas ameaças, a tecnologia nos oferece ótimas soluções para preservar a “vida virtual” e real de nossas crianças.
Neste quesito os smartphones podem nos ajudar, de forma considerável, em momentos de perigo das mais diversas formas:
- Rastrear um celular;
- Detecção de alterações de cartões SIM;
- Rastreamento da câmera;
- Gravação de chamadas;
- Rastreamento de mensagens;
- Etc;
Além disso, deixo aqui algumas dicas que podem auxiliar a garantir a liberdade de seu filho com mais segurança:
- Sempre saiba a localização da criança ou adolescente ou saber como rastrear um celular;
- Bloqueie o acesso a sites de pornografia e de conteúdo adulto;
- Bloqueie o acesso a sites sobre drogas;
- Fique atento às redes sociais;
- Oriente o jovem a nunca compartilhar senhas;
- Nos primeiros anos de acesso à internet sempre participe da navegação;
- Sem segredos, não deixe que a criança esconda o que anda fazendo no mundo virtual;
- Discrição, peça que ele evite o compartilhamento da localização em redes sociais;
- Mantenha o anti-virus sempre atualizado;
A internet é utilizada para o bem e para o mal. O ato de monitorar crianças e evitar que estejam em situações que não ofereçam a segurança adequada é nossa obrigação.
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