Stephanie Ivec
Os avanços das últimas décadas nas áreas de telecomunicações proporcionaram um salto na modalidade de Ensino à Distância (EaD), principalmente na área dee-learning. Em 2013, calcula-se que essa atividade tenha movimentado cerca de 56 bilhões de dólares; para 2015 é esperado que esse número passe de 70 bilhões.
Talvez um dos maiores sinais de que o EaD esteja se consolidando seja a criação de empresas focadas nesse mercado, como o Coursera, fundada em 2012 e especializada na modalidade “e-learning massivo”, em que não há limite de pessoas por curso. A quantidade de dados gerada por tais cursos, principalmente os mais populares, é assustadora, seja por conta das tarefas propostas ou pelas discussões em fóruns.
Além das soluções mais comuns adotadas, como uso de análise de sentimento para correção automática de respostas, o Big Data pode auxiliar o instrutor em vários outros aspectos. Segundo Christopher Pappas (fundador do eLearning Industry’s Network), há diversos usos, incluindo a forma de entender como os alunos absorvem a informação e quais paradigmas de ensino funcionam melhor.
O instrutor pode mensurar, por exemplo, qual módulo os alunos mais demoram a concluir, indicando que a solução pode ser quebrá-lo em partes menores. De forma mais complexa, é possível encontrar padrões de comportamento no aprendizado dos estudantes, a fim de criar caminhos alternativos para cada um. O uso de Big Data pode também ser utilizado no feedback de cursos, em substituição às longas pesquisas de satisfação.
A tendência é que, em longo prazo, o Ensino à Distância se torne uma prática enraizada e não mais apenas um serviço utilizado por pessoas que não podem ter o comparecimento em cursos presenciais. Com o apoio de tecnologias móveis e inclusão de jogos digitais educativos, este é um setor que ainda tem muito a oferecer.
[Crédito da Imagem: Big Data – ShutterStock]
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