O que mais se fala na academia é a importância do professor autor. Aquele capaz de produzir informação e conhecimento. Diferentemente dos que apenas os transmitem, replicando os alheios.
No entanto ela mantém-se engessada em si própria. Em suas próprias regras rígidas e ultrapassadas. Caducas.
No momento de avanço tecnológico atual, inegavelmente demonstrado em pesquisas, números e gráficos gerados pelos computadores e disseminados pela internet, é inconcebível mantermos os padrões.
Este é um momento de quebra de regras, desconstrução de paradigmas. E apesar do Mec anunciar alguns destes novos valores, utilizar-se das TIC para teoricamente distribuí-los e investir fortemente nesta tentativa de revolução teórica, a prática depende de pessoas. Nas questões da educação, de bilhões de pessoas.
Entre posturas de:
- pais ausentes, trabalhadores frenéticos para proporcionar uma vida digna a suas famílias;
- gestores temerosos e despreparados, alocados por indicação política;
- professores confusos, mal gerenciados, desmotivados financeiramente, desautorizados legalmente e despreparados tecnicamente para o atual cenário e
- alunos desrespeitados, questionavelmente defendidos, inegavelmente ignorados e profundamente mal conduzidos
o que nos restaria?
Pessoas comuns, cidadãos, jovens ou não, revolucionários ou nem tanto, conscientes ou apenas tentando adequar-se. Pessoas sujeitas obrigatoriamente as mudanças.
Porque nos telefones quem fazem as perguntas e respondem são secretárias eletrônicas. Nos bancos quem nos recepciona para entrega ou recolhimento de dinheiro são os caixas eletrônicos. Nas urnas, os tecladinhos dão conta do serviço. Nos concursos e relacionamento social moderno a internet passou a ser fundamental e o celular indispensável.
Nosotros passamos da opção para a necessidade básica.
Neste contexto pipocam os autodidatas, os defensores da legalização da educação domiciliar – Home schooling , os AEL – arranjos educativos locais e por ai vão crescendo as novas competências necessárias a sobrevivência.
Com ou sem a academia. Com ou sem a escola formal. Com os sem os diplomas oficiais. E o mercado de trabalho, gostando ou não, tem se rendido a necessidade de contratar a experiência prática em detrimento da carimbada em papéis.
Leave a Comment