Hoje em dia, no ciclo de vida de um projeto de tecnologia, diversas áreas são envolvidas para que tudo aconteça; desde a área de negócios, atuando como solicitante por exemplo, até analistas responsáveis por implantar o projeto, desenvolvedores, analistas de teste, analistas de qualidade, gerentes de projeto, entre outro papéis. Sempre precisamos partir da premissa que cada área tem o seu papel bem definido e sabe exatamente a sua responsabilidade; o problema é que mesmo com toda esta definição, algumas pessoas insistem em não entregar o mínimo esperado da sua área.
Ainda citando este exemplo, se um analista é alocado no projeto com a responsabilidade de efetuar a implantação e acompanhar o processo de pós implantação, esperamos que todas as atividades que permeiam estes processos sejam executadas por ele. Cada vez mais este cenário é raramente visto.
O problema deste cenário é que sempre que alguém fizer exatamente o que é esperado que seja feito, esta pessoa será tratado como superior, dado que seus companheiros não executam o mínimo. É o caso do mínimo-diferenciado. Sempre que se encontrar uma pessoa que faz o mínimo esperado, você tenderá a tratar sempre com ela, pois a probabilidade de ter suas demandas atendidas é maior.
Isso gera um grande problema para os gestores, pois no final das contas, a pessoa que mais se destaca na equipe é aquela que faz exatamente o que é esperado; nem mais nem menos. Neste sentido, podemos afirmar que a meritocracia falhou, pois não está recompensando o melhor, mas sim o menos pior.
A grande questão é: Por que isto ocorre? Diversos fatores podem desencadear este tipo de comportamento, desde a falta de motivação de um funcionário (vide Teoria da Desmotivação) até a descrença em algum processo da empresa. Independente da causa raiz deste problema, sem dúvida este é um dos maiores problemas encontrados na gestão de pessoas e não existe nenhuma fórmula mágica que resolva este problema. Cada caso deve ser observado com atenção pelo gestor funcional, a fim de que sejam criados planos de ação específicos, resgatando a “crença” do seu funcionário no todo. A chave de tudo é ter papéis e responsabilidades bem definidos. Se houver uma falha nesta definição, estes problemas se tornarão cada vez mais comuns. Para a máquina funcionar, todas as engrenagens precisam estar alinhadas.
[créditos na imagem: Oystercove.wordpress.com]
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