A computação em nuvem vem ganhando forças. Gigantes da tecnologia estão investindo pesado na oferta de novos produtos e serviços utilizando a tecnologia “cloud computing”. A Apple está lançando o iCloud, para armazenar qualquer tipo de arquivo e documentos na nuvem. A Microsoft disponibiliza a nova versão do Office como um serviço online. A SAP desenvolveu seu novo ERP totalmente baseado em SaaS (Software as a Service). Só para citar apenas três exemplos. É fato que cloud computing é um tendência forte no mundo dos negócios e tecnologia.
Não vai demorar para que velhos modelos de negócios sejam recriados e adaptados para a serem disponibilizados como serviços, fazendo uso da computação em nuvem. Isso traz uma série de oportunidades novas, e uma das áreas que pode ser bastante beneficiada como esta tendência é o setor de automação residencial.
Um sistema de automação residencial é, normalmente, constituído por uma central e diversos módulos atuadores. Esses módulos são o que executam tarefas como, por exemplo, ligar uma lâmpada, controlar uma persiana ou então o ar condicionado. Já na central é onde ficam armazenadas todas as configurações da casa, incluindo cenários e agendamentos.
Um dos maiores problemas do setor de automação residencial que o impede de deslanchar é o alto custo total de aquisição (ou TCO, total cost of ownership). As centrais de automação costumam ser bastante caras, assim como a instalação e manutenção do sistema como um todo. Além disso, a implementação de novas funcionalidades depende da disponibilidade de profissionais aptos para atualizar os sistemas instalados.
Com a tecnologia que temos disponível hoje, é perfeitamente possível centralizar toda a lógica de um sistema de automação residencial na nuvem. Ao fazer isso, a central poderia passar a ter apenas o papel de se comunicar com o sistema. Como este sistema estaria na nuvem, e o mesmo sistema seria utilizado por todas as instalações, bastaria uma atualização no sistema online para que todas as instalações estivessem também atualizadas, em tempo real. Isso já acontece em qualquer sistema disponibilizado como SaaS, incluindo os citados no início deste artigo. Mas no caso de um sistema de automação residencial, que envolve segurança também, isso é especialmente importante.
Se cada lâmpada, tomada, sensor e trancas estiverem sendo controladas pela central, inúmeras configurações podem ser programadas no sistema, remotamente. Pode-se configurar o sistema para enviar um email caso o alarme tenha sido ativado; Ou então fazer com que a casa ligue as luzes e o ar condicionado quando perceber que o dono está chegando (baseado na localização do iPhone e no horário que ele normalmente chega); Ou ainda que a casa acorde o dono automaticamente, acendendo as luzes, abrindo as persianas e ligando a televisão ou o som, baseado nos compromissos cadastrados no Outlook.
Executar essas tarefas, com a tecnologia de automação residencial atual, é uma tarefa complexa e cara. Mas não para um sistema de automação residencial baseado em cloud computing. E uma vez que a central se tornaria muito mais simples em matéria de hardware, e o mesmo sistema seria utilizado por todos as instalações, o custo total cairia consideravelmente. Além disso, o sistema poderia ser disponibilizado como serviço, e não como produto, como é vendido atualmente. Só isso já traria benefícios tanto para o consumidor, que não precisaria arcar com um alto custo inicial, quanto para o fornecedor, que garantiria a receita através de assinaturas, que podem ser mensais.
Bom.