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O Bonzinho não faz diferença

publicado por Carolina Souza

chefebom

Dia desses li um termo de busca no meu blog, que me despertou grande curiosidade em saber o autor que escreveu isso: “sou bonzinho demais com meus funcionários, como mudar isso? ”. Ainda estou imaginando o que motivaria um profissional a realizar essa busca no Google.

Cheguei a algumas conclusões:

  1. Ele pode ter perdido o controle da equipe.
  2. Os seus funcionários podem estar com baixo desempenho.
  3. Os projetos podem estar atrasados.
  4. Ele pode ter sido advertido pelo chefe.
  5. Talvez ele tenha ouvido um comentário desagradável sobre sua gestão de alguém da empresa.

Enfim, nunca saberei o que levou de verdade a essa pessoa a fazer tal pesquisa. Entretanto, gostaria de compartilhar um pouco da minha experiência em ser ‘boazinha’ com a equipe e o que aprendi com isso [quem sabe o autor não lê].

Li um livro voltado para mulheres executivas, que dizia claramente que as ‘boazinhas’ nunca chegam ao topo. E, após muito analisar essa sentença vi que é verdade, porque se formos traçar o perfil de um profissional ‘bonzinho’ (esteja ele em uma posição de liderança ou não) veremos que certamente características como: alguém sem opinião própria, uma pessoa insegura, que não impõe sua presença, tem fracos (ou poucos) argumentos e, por isso, dificilmente é levada a sério pelos seus pares, e, muito menos, por seus superiores.

No começo da minha carreira eu fui extremamente ‘boazinha’ e o resultado disso foi um descrédito total da minha capacidade por parte dos meus gestores. Até o dia onde percebi que estava me autossabotando e, desde então, comecei a mudar minha atitude a fim de conquistar o respeito e o reconhecimento dos meus superiores.

Agora, voltando ao caso pesquisado, estamos falando de uma pessoa em um cargo de autoridade, ou seja, ela tem colaboradores subordinados e que precisam se inspirar em seu exemplo e na sua força para executarem com sucesso suas atividades. Se ao olhar para o gestor ao invés de encontrarem alguém mais experiente, forte, seguro que as inspirem, elas encontrarem uma pessoa que não se coloca diante das questões, que tenta agradar a todos (sempre), que não crítica, que não exige e não é admirado, fica difícil sair da zona de conforto e evoluir. O que acaba resultando em um comodismo fadado ao insucesso dos projetos e do time.

Ser ‘bonzinho’ não é mérito a ninguém. Porque pessoas com esse perfil acabam por não fazer nenhuma diferença na equipe, no projeto, na empresa. Elas estão ali e fazem de tudo um pouco, concordam com todos, são sempre imparciais e não se expõem, não oferecem uma perspectiva diferente, não ousam pensar fora da caixa e as empresas hoje em dia querem alguém completamente oposto a isso tudo.

A concorrência, a velocidade com que uma informação é alcançada, a agilidade exigida para demonstrar resultados, só fazem aumentar a necessidade em sermos ‘Bons’ [ao invés de ‘bonzinhos’]. Precisamos ser vistos e reconhecidos – fazendo a diferença, sabendo nos impor, propondo novas ideias, tendo opinião própria e criticando de maneira sadia, quando for necessário.

Como gestor temos esses deveres ainda mais potencializados, pois, devemos evoluir nosso time, desenvolver nossos colaboradores, alcançar as metas, nos destacar como gestores e como indivíduos. E dizer não, dar um feedback verdadeiro, criticar de maneira construtiva, exigir qualidade, desempenho, tornar o time engajado não nos categoriza como ‘Maus”. Apenas nos coloca em uma posição de alguém que sabe seu valor, reconhece o valor da sua equipe e consegue imprimir sua marca pessoal.

Sejamos mais autênticos, mesmo que isso nos tire da zona de conforto de sermos rotulados por ‘bonzinhos’ pela maioria das pessoas.

Façamos a diferença, para melhor.

Sucesso na trajetória!

Autor

Especialista em Gerenciamento de Projetos e Engenharia de Requisitos. Com doze anos de experiência em TI, atuando na área de desenvolvimento de software nos setores público e privado, em projetos de médio e grande porte.

Carolina Souza

Comentários

1 Comment

  • Olá Denilson,

    É exatamente isso. Ótima lembrança, gosto muito das observações e dicas do Max.

    Abraços.

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