Tecnologia

Ξ Deixe um comentário

Ferramentas

publicado por Ramiro Rodrigues

Figura - FerramentasPor alguma destas razões difíceis de explicar (mais ainda de entender), sempre gostei muito de antropologia. Mesmo não tendo nenhuma correlação com minha história profissional, o estudo das questões da evolução e tudo o que envolve este convencido bípede que vagueia pela Terra há milhares de anos sempre me despertou a curiosidade. Dentre elas, uma das que mais me atiçam está a dos motivos que fizeram os primeiros hominídeos se diferenciarem, intelectualmente, dos demais serem vivos levando-nos até à atual prepotência em achar que somos escolhidos divinos e com direitos diferenciados sobre as demais criaturas.

Aqui talvez caiba uma pequena cronologia. É confirmada pela ciência que a última das grandes cinco extinções – a que ficou conhecida pela extinção dos dinossauros – ocorreu há 65 milhões de anos; e que os primeiros hominídeos datam de 7 milhões de anos. Sendo então, deste momento até 400 mil anos atrás, quando surgiu o homo sapiens, o período que me chama a atenção.

Muito ainda se estuda em busca destas respostas. Há quem defenda o advento da descoberta do fogo por ter permitido o consumo de carne não crua e sua influência no desenvolvimento do cérebro humano. Outro ponto defendido foi o desenvolvimento de recursos mais amplos de comunicação oral e depois escrita, o que permitiu os esboços de pequenas sociedades e organizações em prol de objetivos comuns.

Particularmente, gosto de considerar o grande “click” dado pelo primeiro hominídeo que percebeu a chance de usar um objeto de extensão do seu corpo para um determinado fim. O filme “2001 – uma odisseia no espaço”, de Stanley Kubrick, mostra com grande dramaticidade o momento em que um indivíduo percebe o valor agregado em usar um osso para quebrar uma pedra e depois para matar outro da espécie. Ali, se retratou a descoberta (para mim) mais genial da história humana – o uso de uma ferramenta, até então, algo inédito por qualquer outro ser vivo no planeta.

Para a definição de ferramenta temos um utensílio, dispositivo, ou mecanismo físico ou intelectual utilizado por trabalhadores das mais diversas áreas para realizar alguma tarefa. Dessa forma a ferramenta em questão fornece uma vantagem mecânica ou mental para facilitar a realização de tarefas diversas.

Foram elas que nos permitiram ir além do que nossos limitados corpos – mais fracos, mais lentos e mais baixos de que muitas espécies do mesmo ecossistema – trazendo possibilidades para as necessidades mais básicas como a caça, a segurança e proteção da vida.

Com o passar do estágio de coletores-caçadores para o de criadores de culturas (animais e vegetais), o uso de ferramentas se fez mais intenso, permitindo ampliar e dar qualidade as produções e estruturar comunidades.

Para encurtar a história (que poderia render um livro), as ferramentas tiveram – e ainda têm! – papel-chave na evolução humana sendo uma das razões do diferencial da espécie.

Em nosso atual estágio de evolução, somamos às ferramentas manuais e intelectuais amplamente úteis ao longo da história, a categoria de ferramentas de tecnologia da informação.

Mesmo que você não tenha “muita intimidade” com o dia-a-dia de tecnologias como firewalls, controles de acesso, sistema de prevenção de intrusão, antivírus, AntiSpam e outras ferramentas, pode acreditar que há muito esforço e conhecimento aplicado por humanos que se dedicam a viabilizar a proteção dos dados e o apetite atual da humanidade por acessibilidade tecnológica.

São estas ferramentas que permitem, em conceito, a continuidade das nossas necessidades mais primitivas, mas ainda essenciais para a humanidade: facilitar o bem-estar e gerar segurança.

Autor

Ramiro Rodrigues Ramiro Rodrigues é Gerente de Serviços da Arcon, empresa de segurança de TI especializada em Serviços Gerenciados de Segurança da Informação. É mestre em Administração com ênfase em Sistemas de Informação e MBA em E-business. Dentre suas diversas certificações, destacam-se o IPMA - level B, Project Management Professional pelo PMI e Prince2 Fundation. Especialista em gerenciamento de programas e projetos em consultorias de gestão e serviços de integração de infraestrutura, atuou em empresas como a Modulo Security, Heweltt-Packard e no escritório de projetos da TI da Petrobras. Além disso, é professor-titular do IBMEC/RJ, palestrante, pesquisador técnico da área e referência no desenvolvimento de trabalhos de pesquisa acadêmica em gestão de projetos. Sobre a Arcon Atuando no mercado nacional desde 1995, a Arcon é especializada em cibersegurança com foco em serviços gerenciados de segurança (MSS – Managed Security Services). Com um completo portfólio e sólidas parcerias com os principais fabricantes do mundo, a empresa monitora e gerencia ambientes, mitiga os riscos e previne incidentes em empresas de grande porte. A partir de seus SOCs, a Arcon processa 2+ bilhões de eventos por dia, protege mais de 600.000 ativos e possui inteligência de segurança única na América Latina. É a única empresa de serviços gerenciados de segurança no ranking Exame PME 2015 das empresas que mais crescem no Brasil. Nos últimos anos, firmou-se como líder no mercado brasileiro de MSS, tendo conquistado, o primeiro lugar em MSS no ranking Anuário Outsourcing por 4 anos consecutivos. Em 2016 passou a integrar o grupo NEC, um dos maiores provedores globais de soluções integradas de TI e Comunicação.

Ramiro Rodrigues

Comentários

You must be logged in to post a comment.

Busca

Patrocínio

Publicidade



Siga-nos!

Newsletter: Inscreva-se

Para se inscrever em nossa newsletter preencha o formulário.

Artigos Recentes