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Mercado de trabalho e tecnologia

publicado por Pietro Zuchinali

Histórico e Contexto Atual

A tecnologia já faz parte de nossas vidas à bastante tempo. Não conseguimos mais visualizar uma sociedade e um mercado de trabalho onde a tecnologia seja meramente uma ferramenta. Atualmente ela é protagonista e a tendencia é que cada vez mais essa relação seja acentuada e simbioticamente enraizada nas nossas vidas. A partir disso ficamos com a reflexão de como os postos de trabalho e as formações futuras irão se comportar frente aos desafios e oportunidades impostos pela curva exponencial de crescimento e inovação tecnológica que teremos pela frente.

Esse debate vem acontecendo desde que ocorreu a primeira Revolução Industrial e continuará surgindo a cada novo ciclo de renovação que a sociedade irá passar daqui em diante. As discussões se baseiam com base na análise do histórico anterior, onde ocorreu a qualificação dos postos de trabalho, a exigência de maior nível de escolaridade e a migração de postos obsoletos para cargos e funções que foram criados com as ondas de renovação que são inerentes a nossa sociedade.

A tendencia de eliminar “trabalho vivo” no processo de produção sempre esteve presente e continua existindo. Somente dessa forma é possível ocorrer ganho de produtividade, maior lucro para as empresas e até a popularização de produtos inovadores. Historicamente, a inovação cria mais empregos do que destrói, porém a transição para a Quarta Revolução Industrial promete ser mais traumática e abrangente dos que foram as anteriores.

Nós seculos 19 e 20 a migração ocorreu da lavoura para as industrias. Com o processo de automatização das industrias a migração dessa força de trabalho foi migrando para o setor de serviços e tecnológico. Como forma de explicitar esse movimento, na década de 50 nos Estados Unidos o setor industrial representava cerca de 40% dos empregos, hoje esse número não supera a marca dos 5%. Ainda hoje em países subdesenvolvidos existem posições que já se mostram obsoletas porém devido a forças sindicais se mantem ainda ativas. Por pouco tempo. Exemplos clássicos: frentistas, cobradores de ônibus e ascensoristas.

https://g1.globo.com/politica/noticia/congresso-gasta-r-5-milhoes-por-ano-para-manter-74-ascensoristas.ghtml

A grande diferença das ondas inovadoras anteriores para essa que estamos presenciando agora é velocidade com a qual ela está acontecendo. Essa ritmo acelerado não deixa margem para adaptação dos trabalhadores que veem seus postos e cargos serem extintos. Dessa forma estaremos gerando maior desemprego e buscando funções novas que ainda não possuem mão de obra qualificada para preencher tamanha demanda. De novo a palavra chave será qualificação e adaptação rápida.

https://g1.globo.com/economia/noticia/trabalho-sem-carteira-assinada-e-por-conta-propria-supera-pela-1-vez-emprego-formal-em-2017-aponta-ibge.ghtml

O Futuro

O impacto imediato dessa mudança que estamos presenciando especificamente no Brasil é que pela primeira fez o preenchimento de postos de trabalho sem carteira assinada superou a dos trabalhadores com carteira assinada. Talvez seja o sinal dos novos tempos ou somente uma consequência da nova lei trabalhista. O que precisamos ponderar daqui em diante é como será a formação desses novos trabalhadores que serão entregues em um futuro próximo no mercado de trabalho. Duas categorias provavelmente serão as mais destacadas: pessoas com formação técnica muito sólida e que consigam operar com as diversas tecnologias presentes assim como gerar inovação e do outro lado pessoas com habilidades sociais e emocionais  que possam integrar um mercado de trabalho que dificilmente será substituído ou trocado por robôs e tecnologia avançada.

Autor

Engenheiro de Computação formado pela PUC-RS com pós graduação em Gerenciamento de Projetos com Ênfase em TI. Possui grande experiência na área de telecomunicações, redes, e Infraestrutura de TI. Possui diversas certificações nas área de Governança de TI e Redes e Segurança da Informação. LinkedIN: http://br.linkedin.com/pub/pietro-zuchinali/12/483/9

Pietro Zuchinali

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