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A força da economia compartilhada baseada na evolução da tecnologia

publicado por Thiago Neves

Economia compartilhada – O compartilhamento de bens e de conhecimento é o retorno de um antigo modelo econômico que poderá acarretar na descentralização do enriquecimento, desaceleração do consumo e criação de um novos modelos cambiais.

O que é Economia Compartilhada?

Um novo padrão de consumo, caracterizado pela priorização do compartilhamento de bens em detrimento da propriedade, tem sido observado.

O modelo em que a experiência vale mais do que a posse não é tão inovador, mas, com a ajuda da tecnologia, impacta de forma definitiva as relações de consumo.

O conceito de economia compartilhada, ou consumo colaborativo, é utilizado desde a antiguidade, quando vizinhos realizavam trocas temporárias para satisfazer suas necessidades sem que ambos necessitassem adquirir um bem. É o velho conceito de emprestar coisas e compartilhar custos, algo que as pessoas fazem há milhares de anos.

O site Consumo Colaborativo é um portal para os entusiastas nesse assunto.

Consumo Colaborativo, Economia Compartilhada e as Novas Economias para um mundo melhor e mais sustentável! Conheça as ferramentas para Colaborar, Trocar, Doar, Emprestar, Alugar

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Conhecimento descentralizado a favor da sociedade

Uma demonstração de compartilhamento de conhecimento pode ser observada no caso da criação do Capcha e do ReCapcha. A ferramenta, criada por Luis Von Ahn, possibilita que ao mesmo tempo em que a pessoa está comprovando que não é um robô, também ajude na digitalização de livros.

Durante o preenchimento de um formulário web, o usuário precisa digitar duas palavras que são colocadas na tela. O sistema seleciona uma das palavras, com finalidade de comprovar que é um humano e não um software maligno escrevendo o texto, e a outra palavra é um pedaço de um texto que um OCR não conseguiu reconhecer.

Dessa maneira, quando o sistema reconhece que é um humano digitando, o mesmo também presume que o outro texto, antes não reconhecido, passou a ser. Depois de alguns testes com outros usuários para esse mesmo trecho, é dado como verdadeiro e armazenado em banco de dados para a recriação do livro em formato digital.

Assista o vídeo aqui:

Compartilhando bens através da confiança

Em pouco tempo, as empresas que tem como alicerce o compartilhamento de bens conquistaram um número expressivo de usuários, e  de investimentos, com uma proposta baseada na comunicação em rede.

Em 2008, deixar desconhecidos ficarem na sua casa parecia uma ideia maluca. Só agora as pessoas estão compreendendo que a tecnologia tem o poder de ‘destravar’ o potencial ocioso de várias coisas, desde habilidades e espaços até bens materiais, de um jeito que não era possível antes (Rachel Bostman).

O uso de recursos digitais para revolucionar setores tradicionais é o foco no compartilhamento.

Nessa economia colaborativa, ganha mais quem é mais confiável. A confiança virtual está acontecendo em ondas.

 

Assista o vídeo:

Desaceleração do Consumo

O Consumo Colaborativo é um modelo no qual o usuário de produtos e serviços não é obrigado comprá-los, o que antes seria uma ação natural: comprar e guardar ou consumir e descartar.

Rachel Botsman e Roo Rogers (2010) comentam em seu livro que o consumo voraz iniciado nos anos 1920 e que estourou nos anos 1950, pouco tempo após o fim da 2ª Guerra Mundial, apresentou uma abundância de produtos no mercado, levando as empresas a incentivar o consumo excessivo.

Novos modelos de negócios

O conceito de Economia Colaborativa une três pontos importantes, os quais se tornam cada vez mais atrativos na medida em que as pessoas mudam sua maneira de pensar em relação ao consumo, são eles:

  • Social – a preocupação com o ambiente em que vivemos e uma abordagem altruísta.
  • Econômico – a busca pelo consumo mais  acessível para redução de despesas.
  • Tecnológico – os avanços do mundo virtual, com inúmeras redes sociais, dispositivos e plataformas mobile, além de sistemas práticos de pagamentos.

Um estudo do Instituto Data Popular mostrou também que 91% dos brasileiros reduziram o consumo em 2015. Por isso, a prática da economia colaborativa tem conquistado cada vez mais espaço.

Nova moedas, novo modelo cambial

O Bitcoin, que ganhou grande repercussão atualmente, é uma apenas uma das várias modalidades de moeda na sociedade moderna.

É importante verificar como essa moeda está ligada a um novo modelo cambial, independente de autoridade central para regularizar as transações.

Planejando bem o futuro, pensando na mudança social

A economia compartilhada resulta em uma série de mudanças no modo como a sociedade opera.

Surgem novos modelos de renda e emprego através da prestação de serviços sob demanda, diminui o consumo e aumenta a variedade de produtos disponíveis.

Há quem diga até que aplicativos como o Uber e o Unicaronas colaboram para melhorar o trânsito, já que teoricamente diminuem o número de veículos em circulação.

Um hotel é fiscalizado pelo Corpo de Bombeiros quanto a rotas de fuga, presença de extintores de incêndio etc. Já particulares que estão compartilhando um apartamento não estão sujeitos à mesma regulação e proteção de órgãos públicos.

Autor

Desde 1999 eu trabalho com projetos de mídia interativa. Com experiência em comunicação integrada e desenvolvimento de produtos digitais, planejamento estratégico, marketing digital, gerenciamento e desenvolvimento front-end, e-commerce e sistemas nas mais diversas tecnologias e integração de sistemas e tecnologia mobile.

Thiago Neves

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