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Do cinema à realidade: como a Internet das Coisas impulsiona o Big Data

publicado por Wesley Santos

Figura - Do cinema à realidade: como a Internet das Coisas impulsiona o Big DataJohn Anderton, você não gostaria de beber uma Guiness agora? Se você assistiu ao filme de ficção científica Minority Report, deve se lembrar da cena na qual um outdoor digital faz a pergunta acima. É quando o personagem principal, John Anderton, interpretado por Tom Cruise, caminha na estação do metrô em Washington e vários outdoors digitais interativos equipados com sensores detectam sua presença, chamam por seu nome, sugerem bebidas e viagens com base em seu perfil de consumo.

Ambientado no ano de 2054, o filme mostra que sensores já fazem parte do cotidiano das pessoas, sugerindo produtos, viagens, prevendo comportamentos e também guiando carros sem a intervenção humana. Se o que antes era invenção dos estúdios de Hollywood, este cenário já não está tão distante da nossa realidade. Estamos falando da Internet das Coisas (Internet of Things – IoT), em que sensores e dispositivos conectados são capazes de transferir dados por meio de redes e plataformas.

Imagine entrar numa loja ou supermercado e, logo em seguida, receber em seu smartphone um desconto personalizado de um produto que você pesquisou no dia anterior. Em casa, você vai até a cozinha, sua geladeira verifica que um produto está próximo da data de vencimento e envia uma mensagem ao supermercado de sua preferência solicitando este mesmo produto. Depois, você recebe uma mensagem dizendo que o valor foi lançado em sua fatura do cartão de crédito. Tudo isso já é possível devido aos dispositivos que coletam, armazenam e analisam dados.

De acordo com a IDC, o mercado de IoT deverá gerar um valor de US$ 1,7 trilhão até 2020 e terá cerca de 30 bilhões de coisas conectadas. Com o barateamento dos sensores e dispositivos, a tendência é que o volume de dados gerados aumente com o tempo, e as soluções atuais vão exigir mudanças que permitam o rápido acesso a essas informações.

A forma tradicional de coleta e armazenamento de dados em disco não permite que as soluções de Analytics tirem o máximo proveito das informações ali contidas e em tempo real. As novas plataformas devem permitir o acesso aos dados em memória junto com uma arquitetura distribuída.

Um passo seguinte à IoT é o chamado Analytics of Things (AoT). Aqui, os dados da Internet das Coisas ganham valor com as soluções de Analytics criando ações e insights em tempo real. Técnicas como regressão, redes neurais, árvore de decisão, máquinas de vetores de suporte, entre outras, ganham agilidade e eficiência auxiliando na visualização dos dados, classificação e predição. Outro fator que contribui com Analytics é a possibilidade de estes dispositivos aprenderem a analisar os dados por meio de algoritmos automatizados.

Com acesso rápido aos dados e munidos de inteligência analítica, sensores podem coletar informações referentes à localização de uma frota de caminhões, compará-las com dados do trânsito local e, em seguida, direcionar a frota de modo que os custos de deslocamento sejam mínimos. No mercado de varejo, dispositivos instalados nas lojas podem enviar mensagens contendo promoções para os smartphones dos clientes ainda durante as compras e, utilizando técnicas de associação, sugerir a compra de novos produtos de acordo com o hábito de consumo do cliente.

Embora a cena da publicidade personalizada de Minority Report seja só uma das aplicações do uso de sensores, setores como saúde, transporte, agricultura, urbanismo, varejo, telecomunicações e energia, entre outros, poderão se beneficiar com a conexão de beacons (dispositivos que utilizam Bluetooth para emitir sinais que podem ser recebidos por aplicativos instalados em smartphones, relógios e tablets), câmeras, relógios, roupas, eletrodomésticos  e outros dispositivos.

A Internet das Coisas cria novos modelos de negócios e exige novas habilidades. A vantagem competitiva será da empresa que souber criar uma cultura orientada a dados da Internet das Coisas e extrair informações úteis no tempo adequado.

Autor

Wesley Santos é formado em Estatística pela USP (Universidade de São Paulo) e atua como instrutor nos cursos estatísticos do SAS Brasil. Possui experiência como consultor nas áreas de Modelagem de Risco de Crédito, Modelagem de Prevenção a Fraudes e Estatística Avançada. Sobre o SAS O SAS é o líder de mercado em Analytics. Por meio de soluções analíticas inovadoras, voltadas para a inteligência do negócio e gerenciamento de dados, a companhia ajuda seus clientes em mais de 80.000 localidades a tomarem decisões de forma rápida e assertiva. Desde 1976, o SAS fornece aos clientes ao redor do mundo THE POWER TO KNOW® (O Poder do Conhecimento). No Brasil desde 1996, a subsidiária brasileira conta com escritórios em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF) eatua em diferentes setores como finanças, telecomunicações, varejo, energia, governo, manufatura e educação. Confira o site: www.sas.com/br

Wesley Santos

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