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Crédito à inovação gera onda de prosperidade na economia

publicado por Jamile Sabatini Marques

Figura - Crédito à inovação gera onda de prosperidade na economiaHoje, os investimentos públicos brasileiros em inovação não chegam a 1% do PIB no Brasil. Países membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) dão mais suporte público às empresas inovadoras do que o Brasil. México, Canadá, França, Áustria, Finlândia, Hungria, Holanda, Eslovênia, Itália, Turquia, Espanha, Japão, Estônia, Portugal, República Tcheca e Bélgica são exemplos de países que fomentam a inovação por meio de incentivos fiscais. Precisamos incrementar os recursos nesta área para que as empresas brasileiras sejam mais competitivas e possam contribuir para o desenvolvimento econômico.

O economista e cientista político Joseph Schumpeter, em 1911, escreveu sobre a Teoria do Desenvolvimento Econômico, a qual demonstra a importância do crédito/fomento ao empreendedor inovador. Schumpeter trata os ciclos econômicos nos períodos de prosperidade e recessão econômica, comuns no processo do desenvolvimento capitalista.

O autor relaciona os períodos de prosperidade ao empreendedor inovador que, ao criar novos produtos, é imitado por empreendedores não inovadores, que investem recursos para produzir e plagiar os bens criados pelo empresário inovador. A relação entre inovação e a criação de novos mercados dá início a uma mudança econômica, gerando novas necessidades e desejos de consumo. A importância do crédito para a inovação é como uma onda de investimentos de capital que ativa a economia, gera prosperidade e aumenta o nível de emprego.

As agências de desenvolvimento – como o BNDES, FINEP, CNPq e agentes regionais como as FAPs e bancos de desenvolvimento – têm um papel importante ao fomentar a inovação em vários setores da economia, pois vivemos em um mundo dinâmico em que se faz necessário criar novos mercados e fazer diferente.

O fomento pode ser concedido por meio de incentivo fiscal, o qual libera o fluxo de caixa para o empreendedor investir em pesquisa e desenvolvimento. Outra forma é o crédito subsidiado, com taxas atrativas, acesso rápido ao crédito, flexibilizando as garantias reais para que sejam compatíveis com a era do conhecimento, no qual as mentes dos trabalhadores são os ativos intangíveis, que geram maior valor para as empresas e, consequentemente, para a economia.

E outra maneira de fomentar a inovação é por meio de editais de subvenção tanto financeiros como para desenvolvimento de equipes de pesquisa e desenvolvimento nas empresas, dando corpo à pesquisa e integrando universidade e empresa.

No Brasil, pouco se mede sobre o impacto do fomento à inovação, porém em pesquisas anteriores realizadas junto às empresas que receberam recurso público para inovar, o governo obteve o retorno deste incentivo no primeiro ano de programa. As empresas cresceram e algumas passaram a exportar, geraram empregos e melhoraram os benefícios oferecidos para os seus funcionários, tendo como resultado o desenvolvimento econômico baseado no conhecimento.

Por essa razão, o apoio à inovação, por meio de incentivo fiscal do governo, pode impulsionar as empresas brasileiras, tornando o país mais competitivo, com capacidade de deslumbrar novos mercados, gerando crescimento econômico.

Autor

Jamile Sabatini Marques, Diretora de Inovação de Fomenta da ABES PhD em Engenharia e Gestão do Conhecimento UFSC - Doutorado sanduíche (QUT / Austrália) e Doutora em Gestão do Conhecimento pela Universidade Federal de Santa Catarina, Jamile Sabatini Marques é mestre em Gestão de Inovação pela École de Mines de St-Étienne, França, especialista em gestão de empresas. A diretora de Inovação e Fomento da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) construiu sua carreira atuando, principalmente, na área de gestão, inovação, fomento, fundos de investimento e representação institucional. Atualmente, também exerce a função de Presidente da Câmara de Tecnologia e Inovação da FECOMÉRCIO - Federação do Comércio de Bens, de Serviços e de Turismo de Santa Catarina, Membro do Conselho International Journal of Knowledge-Based Development (IJKBD). Sobre a ABES A ABES, Associação Brasileira das Empresas de Software, é a mais representativa entidade do setor com cerca de 1.600 empresas associadas ou conveniadas, distribuídas em 23 Estados brasileiros e no Distrito Federal, responsáveis pela geração de mais de 120 mil empregos diretos e um faturamento anual da ordem de US$ 20 bilhões por ano. As empresas associadas à ABES representam 86% do faturamento do segmento de desenvolvimento e comercialização de software no Brasil e 33% do faturamento total do setor de TI, equivalente em 2015 a US$ 60 bilhões de vendas de software, serviços de TI e hardware. Desde sua fundação, em 9 de setembro de 1986, a entidade exerce a missão de representação setorial nas áreas legislativa e tributária, na proposição e orientação de políticas voltadas ao fortalecimento da cadeia de valor da Indústria Brasileira de Software e Serviços – IBSS, na defesa da propriedade intelectual e combate à pirataria de softwares nacionais ou internacionais e no apoio às iniciativas de fomento à pesquisa, desenvolvimento, inovação e ao desenvolvimento do software nacional. Acesse o Portal ABES - www.abes.org.br ou fale com a nossa Central de Relacionamento: (11) 2161-2833.

Jamile Sabatini Marques

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