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O que fazer quando o colaborador apenas “bate o cartão”

publicado por Leandro Rasia

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Esses dias tive acesso a uma pesquisa realizada no exterior, o qual apresentava o conceito de presenteísmo e os números decorrentes dele. O qual achei bastante interessante por um lado, com a mesma intensidade que achei bastante preocupante pelos números que foram apresentados.

No absenteísmo o colaborador está ausente do local de trabalho que deve participar. É uma ausência física.


No Presenteísmo, o colaborador está na empresa, mas é como se não estivesse. Fisicamente está no seu posto, mas sem a concentração ou motivação para executar as tarefas.


 

Quantas vezes isso já aconteceu na sua empresa, dentro de suas equipes, ou ainda, com você mesmo?

Confira alguns números do presenteísmo.

 

 

As razões para que isso aconteça são os mais variados.

Desde problemas pessoais (familiares/relacionamentos/autoestima/etc.), problemas de saúde, problemas no trabalho ou questões individuais dentro do espaço de trabalho.

Mudanças na vida das pessoas tendem também a causar o presenteísmo. Tudo que, de alguma forma, causar abalos no sistema de funcionamento do colaborador, tende a tirá-lo do seu foco de trabalho e reduzir seu desempenho. A crise, a chegada de um filho, o desemprego do esposo, um problema financeiro, um acidente, um falecimento ou problemas conjugais são alguns dos percalços da vida que tendem a gerar o presenteísmo.

Com isso, o nível de produtividade do colaborador cai, as cobranças aumentam pelo baixo desempenho, que leva a aumentar seu grau de stress, trazendo cada vez menos performance e equilíbrio, sobrecarregando outras pessoas da equipe, que faz cair mais ainda a produtividade… Pode-se gerar um ciclo negativo aonde todos perdem.

Seguem abaixo algumas perguntas que podem ser usadas para verificar se você ou pessoas de sua equipe estão dentro da região obscura do presenteísmo.

  • Há sinais de que a pessoa está dormindo mal, como bocejos constantes, olheiras, tem pequenos “cochilos” durante o período de trabalho?
  • A pessoa está dispersa e se distrai muito facilmente?
  • O engajamento com o trabalho é reduzido e desinteressado?
  • Os indicadores de performance estão em queda?
  • O colaborador chega tarde e sai cedo com frequência?
  • Tem tido discussões e/ou sido mais agressivo com colegas, superiores, clientes ou fornecedores?

 


Numa analogia, é importante ressaltar que o presenteísmo não é a causa e sim o efeito. Assim, é importante tratar a causa do presenteísmo. O que, por essência, está causando esse efeito?


Mas isso não é fácil, porque o presenteísmo é, muitas vezes,  um sintoma de outros problemas acontecendo na vida de um colaborador. Isso é muito mais complexo, porque pode haver mais do que uma questão contribuindo ao mesmo tempo. Às vezes, nem mesmo o colaborador tem consciência clara do que está acontecendo.

Muitos destas questões são bastante pessoais e não são coisas que os colaboradores vão naturalmente querer falar com colegas ou superiores no trabalho. Isso significa que os superiores são, muitas vezes, os últimos a saberem quando há um problema e só descobre a situação quando a pessoa atingiu um ponto de crise que começa a afetar os indicadores ou o dia a dia.

 


Para se desenvolver uma equipe de alto desempenho, é necessário ir além do que é visível dentro do ambiente de trabalho.


 

Nesse ponto, o trabalho de coaching executivo em grupo, visando alta performance, pode ser a ferramenta certa para se atuar frente ao presenteísmo. Com um trabalho em grupo, realizado fora do ambiente da empresa, com grupos heterogêneos, e com uma abordagem aonde há a completa isenção de julgamento, as causas do presenteísmo começam a surgir. Quando surge algo que alguém revela no grupo, isso serve de insight aos demais, os quais evidenciam os fatores que impendem o colaborador de ter uma alta performance. E quando as causas surgem, o tratamento é eficaz. Ataca-se o mal pela raiz.

É necessário que se pare de analisar e quantificar os períodos de afastamento e absenteísmo que a equipe tem dentro da empresa. E começar a ter foco no que as pessoas estão fazendo quando estão fisicamente na empresa.

É extremamente importante a criação de uma cultura de alta performance dentro da empresa, aonde as equipes saberão fazer as melhoras escolhas para si mesmos, solucionando problemas com equilíbrio e resiliência, tornando-se mais produtivos e elevando o seu padrão de energia.

Obter equipes atuando em uma zona de alta frequência não é benéfico apenas para os colaboradores, mas também para a empresa.


Uma empresa de alta performance, obrigatoriamente é constituída por equipes de alta perfomance.

Faz sentido para você?

Autor

Leandro Rasia é presidente e fundador da Sense Coaching e da EDH – Escola de Desenvolvimento Humano. Coach de negócios e de vida, com mais de 4000 atendimentos de coaching. Master Practitioner em PNL, com chancela da Universidade da PNL (NLPU), de Robert Dilts, na Califórnia-EUA. Graduado em Informática pela PUCRS e Pós graduado em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas. Um facilitador do desenvolvimento humano, que tem por missão auxiliar as pessoas e organizações a evoluírem e se transformarem.

Leandro Rasia

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