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Depois do racionamento de água virá o racionamento da Internet

publicado por Mario Santana

Figura - Depois do racionamento de água virá o racionamento da InternetAcredito que várias pessoas já ouviram a frase, se o seu negócio não está na internet ele não existe, ou seja, uma realidade é que cada vez mais estamos conectados, seja por lazer, trabalho ou estudo.  A tecnologia vem avançando de forma que os nossos hábitos mudam, não assistimos mais TV como assistíamos antes; não se compra mais mídias como CD ou DVD; escutamos músicas através de serviços de Streaming; cada vez mais se ouve falar em trabalhar Home – Office; universidades online (EAD); armazene os seus dados na nuvem; para as empresas: migrem os serviços para a nuvem. Enfim, uma infinidade de coisas que faz com que usemos mais e mais a internet, mas, para que tudo isso funcione bem, precisamos ter boas conexões.

Já não é de hoje que as empresas de Telecom no Brasil não entregam a velocidade contratada aos usuários, é que infelizmente não ficamos monitorando isso com freqüência, mas é muito comum ao fazer testes, identificar que a velocidade máxima que conseguimos atingir está menor do que a que contratamos, e se você buscar o contrato, que possui com a operadora, vai observar que eles possuem uma clausula se isentando dessa responsabilidade, ou seja, atualmente na maioria dos casos eles já não entregam exatamente o que vendem.

E agora começamos a ver noticias de que o que já era ruim vai ficar pior, ou seja, além de não garantir a velocidade vendida eles vão começar a limitar o tráfego. Na minha humilde opinião isso é totalmente contrário ao avanço tecnológico em tempos onde tudo está migrando para a nuvem, o que deve ser feito é investir em infra-estrutura para garantir o serviço, entendo que existem diversas questões técnicas que podem fazer com que a banda larga do Brasil chegue próximo do seu limite, porém o foco das operadoras deve ser em como melhorar a infraestrutura para suportar esse trafego e não em como lucrar mais diante das limitações deles.

Eu moro em São Paulo e, fazendo uma analogia com um problema que tivemos recentemente, limitar a utilização da internet é similar a crise hídrica, o governo não investiu em infra-estrutura para abastecer todo o estado, pois contava com as chuvas de começo de ano para manter as represas com um determinado nível de água, porém em 2015 as chuvas não vieram e foi aquele sufoco diversas pessoas ficaram sem água. Limitar a internet a esses planos de utilização seria similar ao racionamento de água.

Imagino que quando o serviço dos Correios surgiu o maior volume de entrega eram cartas simples, pois não existiam e-mails, porém a internet chegou e começou uma revolução, se o serviço prestado por eles não tivesse evoluído, acredito que hoje estariam falidos, porém diante ao problema que a internet trouxe ao negócio dos correios, eles acompanharam a evolução tecnológica e atualmente integram com diversos serviços de sites e etc. e continuam com uma demanda enorme, ou seja, para se manter no mercado eles precisaram acompanhar a evolução tecnológica.

Acredito que o mesmo deve ser feito pelas empresas de Telecom, eles precisam evoluir, investir no que for preciso para entregar um serviço melhor aos seus usuários e não simplesmente aceitar suas limitações e repassar o problemas aos seus usuários, pois a demanda pelo serviço oferecido é enorme e tende a crescer cada vez mais.

Autor

Mário Santana é Especialista em Administração de redes e Sistemas de Gerenciamento de redes, possui algumas certificações Microsoft. Atua no mercado de TI a mais de 10 anos e já passou por empresas como FAAP, Toutatis e Embratel. Etc...

Mario Santana

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