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Inovar e empreender, é uma saída para a crise?

publicado por Alberto Parada

Figura - Inovar e empreender, é uma saída para a crise?A grande maioria das pessoas ainda não sabe muito bem o que vem a ser startup. Os mais novos acreditam que vão desenvolver um aplicativo, conseguir milhões de usuários e vender para o Google ou o Facebook por US$ 1 bilhão; já os mais velhos, pensam que é uma moda onde os mais novos estão brincando de montar joguinhos.

Na verdade, ambos estão errados. Conceitualmente, startup significa o ato de começar algo. Normalmente, está relacionado com companhias e empresas que estão no início de suas atividades e que buscam explorar atividades inovadoras no mercado. E a partir daí vem outra moda do momento: inovação, isto é, temos que inventar algo que ninguém nunca fez, algo totalmente novo. A ilusão acaba quando, com uma simples busca no Google, descobre-se que alguém de outra parte do mundo já teve a mesma ideia. Por essa razão é importante esclarecer que inovação não é necessariamente criar algo inédito. Pode ser modificar antigos costumes, mudar a maneira como se faz alguma coisa, renovar algo existente.

O primeiro passo para empreender e inovar não é ter uma ideia brilhante e colocá-la em prática sem pensar duas vezes. É comum encontrar pessoas deslumbradas, acreditando na sua solução fantástica e correndo atrás de alguém que queira usá-la. Infelizmente, na maioria das vezes, a tal “solução maravilhosa”, não serve para quase nada, diferentemente do que se esperava. Ao invés de agir prematuramente, olhe para o lado e preste atenção na empresa que você trabalha, na escola que você estuda, ou na comunidade que você vive. Observe o que a maioria reclama e qual é ao assunto comum. Conseguir identificar um problema que atinge muitas pessoas em vários lugares pode ser um bom indício para criar uma startup.

Resolver um problema do seu bairro ou apenas da sua rua pode não ser o suficiente para criar uma empresa. Poucos clientes pagando valores baixos, não sustenta uma empresa funcionando. Antes de sair gastando tempo e dinheiro é recomendável saber quantas pessoas têm o mesmo problema. Uma pesquisa abrangente vai ajudar, portanto, reúna questões objetivas que você conseguiu conversando com as pessoas que possuem o problema, faça um questionário para obter as respostas que deseja e inclua nele a faixa etária do entrevistado, é importante saber qual é o público alvo, afinal são raros os produtos que atendem a faixa etária de 8 a 80 anos. Há, na internet, diversas empresas que realizam a pesquisa. Não tem um custo elevado e atingem o público e a região desejada.

De posse das respostas você poderá ter a frustração de saber que poucos compartilham do problema ou, a confirmação que o problema é recorrente em vários lugares e em determinada faixa etária da população. Porém cuidado com o entusiasmo! Compartilhar do problema não é sinônimo que usará a sua solução, e, muito menos, que alguém pagará por ela.

Certamente a parte mais difícil na concepção de uma startup é como remunerá-la. É consenso na maioria dos empreendedores que a maneira de monetizar a empresa muda muito. A grande maioria planejou um modelo de remuneração e hoje tem outro modelo completamente diferente do inicial. É preciso ter calma: um bom plano de negócio irá norteá-lo.

Uma coisa é fato: quanto mais inovadora for sua ideia, mais barreiras você terá que quebrar, e por isso, mais tempo levará para ver a empresa rentável e estável. Ou seja, se você empreender em uma loja de roupas ou na venda de chocolate pode não lhe render muito dinheiro, mas você terá uma receita muito mais rápida do que criar um aplicativo novo. Os aplicativos de chamada de táxi, por exemplo, tiveram uma grande barreira a ser derrubada que consistiu em fazer os taxistas e os usuários perceberem que o aplicativo seria melhor para todos. Isso demonstra que não é uma tarefa fácil e demora um bom tempo para ter sucesso.

Graças a crise econômica e financeira que estamos passando, uma maneira diferente de ver o mercado de trabalho está sendo provocada, e as oportunidades e as vagas estão ficando escassas, posições estão sendo extintas e um exército de profissionais estão sendo demitidos diariamente. Buscar uma recolocação em um tempo de crise como esse, não parece ser a melhor saída. O conceito de empresas menores com custos operacionais mais baixos, conseguem oferecer ao mercado produtos e serviços com preços menores, e esse fato está movendo muita gente a empreender.

A criação de uma empresa (startup) certamente não é moda como muitos pensam e, uma vez que bem planejada e administrada, pode sim trazer um novo caminho para a economia do país como um todo. Para isso é muito importante não se aventurar e buscar especialistas no assunto. O Sebrae tem diversos cursos, as empresas especializadas em startup como a startup farm fornece suporte gratuito para quem está disposto a enveredar pelo universo do empreendedorismo.

Pense que a crise e a necessidade, podem ser o “empurrãozinho” que faltava para você criar coragem e tirar a sua ideia da gaveta.

Boa sorte!

[Crédito da Imagem: Empreender – ShutterStock]

Autor

Fundador do : descomplicandocarreiras.com.br

Alberto Parada

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