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A quase impossibilidade de emprego para quem têm 50 anos ou +

publicado por Alberto Parada

Figura - A quase impossibilidade de emprego para quem têm 50 anos ou +Se a vida está difícil para quem é jovem, cheio de diplomas e com vários idiomas fluentes, imagina para quem passou do cinqüenta, não tem qualificação e mal fala o português?

Esse é o discurso típico que mais se propaga no mercado, e não é de hoje, certamente muitos que estão se aproximando do cinqüenta, escutam isso desde quando eram estagiários, mas o quanto de verdade existe nessa expressão?

A expressão é tão verdadeira tanto quanto é verdadeira a expressão que os profissionais no Brasil são desqualificados, o problema não está na idade que se tem e sim na falta do conhecimento, isso vale para um garoto que busca seu primeiro emprego e não concluiu o ensino fundamental, quanto para uma pessoa com mais idade, o fato que conseguir uma recolocação sem conhecimento acadêmico é uma missão quase impossível.

Uma análise na oferta de empregos conclui-se que na base da pirâmide, onde se encontra a grande maioria dos profissionais, o trabalho exige pouca ou nenhuma qualificação, e a maioria tem apenas o ensino médio completo, e atualmente ter o ensino médio completo não quer dizer absolutamente nada, se ela concluiu em uma escola pública é quase um analfabeto funcional.

Para exemplificar o mercado de trabalho podemos representá-lo como um funil, quanto mais alta é a posição menor é a quantidade de vagas e conseqüentemente maior é a disputa por elas, se o mercado de trabalho não cresce menor fica o tamanho do funil e conseqüentemente menor a quantidade de oportunidades, para piorar a situação a quantidade de novos profissionais despejados todos os anos no mercado não para de crescer.

Podemos comparar a disputa por uma vaga na base do funil com a compra de um carro, se tivermos que escolher entre um carro básico sem opcionais com uma motorização 1.0, um zero quilometro e outro com 10 anos de uso pelo mesmo preço, qual você escolheria?

Obviamente pelo carro mais novo, é assim que as empresas decidem quando deparam com dois profissionais com conhecimentos ralos para uma posição na base do funil. Quando o funil se estreita e comparando novamente com a compra de um carro, os opcionais vão aumentando e a escolha começa a mudar, afinal para um jovem por mais títulos que tenha ele nunca irá ter a experiência de um profissional com larga vivência e muitas realizações na bagagem.

A escolha das empresas por um profissional mais jovem para as posições superiores em detrimento a um mais experiente não está ligada ao número de opcionais e sim o quanto o profissional mais experiente está disposto a se atualizar e o quanto ele ficou ou não estagnado em seu conhecimento e motivação, sem contar com a rede de relacionamentos e sucesso que obteve em sua jornada profissional, obvio que estamos comparando salários iguais.

O que podemos concluir é que a quase impossibilidade de emprego para o profissional que está próximo ou que passou dos cinqüenta anos não está diretamente ligado a idade, e sim ao quanto esse profissional se mantém atualizado e galgou posições dentro do concorrido mercado de trabalho, é fundamental se reinventar e adquirir novos conhecimentos todos os dias.

O triste é que a cada dia os contingentes de profissionais que estão chegando ao mercado sem qualificação só aumentam e que a história continuará se repetindo e infelizmente para pior, porque se há trinta anos quem não tinha condições de conquistar um diploma de nível superior, conseguia uma formação técnica de nível médio que o garantia uma profissão e um espaço no mercado de trabalho, hoje com a continua extinção do nível técnico médio e com a queda constante da qualidade do nível superior, teremos daqui a algumas décadas uma situação ainda pior do que a situação atual.

[Crédito da Imagem: Emprego – ShutterStock]

Autor

Fundador do : descomplicandocarreiras.com.br

Alberto Parada

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