Gerência de Projetos

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Por que, Quem, O que, Quando e Como Fazer um Projeto

publicado por Silas Serpa
Business man moving chess figure with team behind - strategy or leadership concept

BSC – Balanced Scorecard é uma ferramenta deplanejamento estratégico na qual a entidade tem claramente definidas as suas metas e estratégias, visando medir o desempenho empresarial através de indicadores quantificáveis e verificáveis.

O método consiste em determinar de modo balanceado as ligações de causa/efeito entre os quatro indicadores de avaliação das empresas, que são:

  1. Financeiro: criar novos indicadores de desempenho para que os acionistas possam ter melhor rentabilidade dos seus investimentos;
  2. Clientes: saber qual o grau de satisfação dos clientes com a empresa;
  3. Processos internos: a empresa deve identificar se há produtos com problemas, se foram entregues no tempo previsto e apostar na inovação dos seus produtos;
  4. Aprendizado e crescimento: diz respeito à capacidade e motivação do pessoal, e a um melhor sistema de informação na empresa.

Não é novidade que um importante item no gerenciamento de projetos refere-se a avaliação de desempenho ou do andamento do projeto. Neste sentido, além de avaliar a situação atual do projeto é preciso também verificar se as tendências apontam para um bom resultado.

A função principal do Gerente de Projetos é garantir que os objetivos do projeto sejam atingidos. Para isso, algumas restrições importantes são estabelecidas. Entre elas temos a chamada Triple Constraint, que envolve Custo, Escopo e Tempo (prazo).

POR QUE Medir?

A avaliação quantitativa do andamento do projeto é ferramenta indispensável na sua gestão. Não basta ter o feeling (qualitativo) de que o projeto está (ou não) sob controle; é necessário também ter medidas objetivas de sua performance.

QUEM envolver ?

  • Equipe: É importante ter o envolvimento da equipe de desenvolvimento uma vez que serve como meio de se obter seu comprometimento na execução do trabalho.
  • Cliente: A participação do cliente fortalece a relação de parceria no planejamento e busca de soluções.
  • Organização: O envolvimento do patrocinador/equipe gerencial/PMO da empresa permite obter o compromisso no suporte e fornecimento dos recursos necessários, além de garantir o alinhamento dos objetivos do projeto com os objetivos organizacionais.

O QUE Medir ?

  • Tempo (prazo): Item básico em qualquer projeto é a data de entrega que deve ser estabelecida e concordada com os stakeholders principais do projeto.
  • Custo: Tão importante quanto não exceder o custo é também não superestimá-lo. Se por um lado uma estimativa de custo muito maior do que o necessário pode trazer maior lucratividade, por outro, pode acabar por causar desconforto junto ao cliente/sponsor e também influenciar no take rate das propostas apresentadas pela empresa. Isto é, quanto mais precisa a determinação dos custos do projeto, melhor será a atuação do departamento comercial na negociação de contratos.
  • Escopo: A definição clara de todos (e somente estes) os itens para entrega delimita o trabalho do projeto e fixa a expectativa do cliente.
  • Satisfação do Cliente: Quanto mais próximo do projeto estiver o cliente, maiores a chances de sucesso do projeto. Assim, é importante discutir uma maneira eficiente de envolvê-lo no projeto e de avaliar este envolvimento e verificar o atendimento de suas expectativas.

QUANDO Medir ?

Durante o planejamento do projeto é importante ter definidos os milestones (marcos / pontos de decisão) importantes do projeto. Neste momento, os indicadores do projeto devem ser avaliados de modo a proporcionar informações suficientes para a tomada de decisões na definição das ações (corretivas) necessárias. Algumas conclusões possíveis dessa avaliação podem determinar tanto o cancelamento do projeto como o levantamento de novas necessidades de recursos (humanos, financeiros, infra-estrutura, etc.) para a continuidade do mesmo.

Esses marcos podem ser estabelecidos em função:

  • Do tamanho (volume de horas) do projeto: milestones ocorrendo  a cada % de horas executadas. – Interessante para projetos de duração média (por exemplo, 5.000 h), onde uma avaliação a cada 20% de trabalho executado pode ser suficiente.
  • Orçamento (budget) disponível: milestones ocorrendo a cada % de budget gasto. – Adequado em projetos de curta duração e que envolvem, além da alocação de recursos humanos, de investimentos/custos por exemplo, de infra-estrutura.
  • Calendário: milestones ocorrendo a cada período definido (dias/meses). – Este tipo de definição é mais coerente com projetos de longa duração.

Esta definição do número de pontos de avaliação (marcos) deve ser suficiente para proporcionar as informações necessárias à tomada de decisão. Ou seja, a equipe de gerenciamento de projeto deve ter condições de tomar ações, por exemplo, de modo a corrigir uma tendência negativa no andamento do projeto.

COMO Medir ?

O PMI, por exemplo, tem o Earned Value Managment ( Gerenciamento do Valor Agragado ) e no próprio PMBoK traz alguns índices de performance utilizados:

  • CPI: Índice de Performance de Custo.

Permite identificar a performance referente aos custos do projeto.

CPI = Earned Value / Actual Cost

  • SPI: Índice de Performance de Prazo.

Permite verificar se o volume de atividades efetivamente executado está coerente com o planejamento e atende aos prazos estabelecidos.

                SPI = Earned Value / Planned Value

Além de algumas estimativas para avaliação de tendência:

  • EAC: Estimativa ao Final do Projeto. Avalia qual será o custo final do projeto com a manutenção da tendência de progresso.
  • ETC: Estimativa para Completar o Projeto. Avalia qual o custo para realizar as atividades restantes do projeto.

Já no SCRUM as ferramentas para avaliação são:

  • Burndown: equivalente ao SPI, permite a avaliação do andamento da execução das atividades planejadas (sprint backlog).
  • Product/Sprint backlog list: Útil no tracking de todos os entregáveis do projeto. No Product backlog temos listados os requisitos e no Sprint Backlog seu detalhamento em atividades menores que compoem cada um dos requisitos.
  • Sprint Review: Avaliação do resultado do projeto, com a participação do cliente, onde pode-se verificar se suas expectativas foram atendidas.

Autor

Profissional com a careira construída na área de Tecnologia da Informação, sendo mais de 15 anos de experiência atuando com gestão de projetos e portfólio, desenvolvimento de soluções, gestão de tecnologia e gestão de projetos e infraestrutura, para empresas de médio e grande porte dos segmentos de Varejo, Telecom, Setor Público, Mercado Financeiro, Transportes (rodoviário e metroviário) e Prestação de Serviços. Especialista como Gerente de Projetos e (PMO) Escritório de Projetos, alinhado com a Gestão Estratégica da Companhia (Portfólios), bem como na Implantação e/ou reestruturação de Escritórios de Projetos. Gestão dos riscos, desenvolvimento de cronograma, controle de escopo, prazos, custos e qualidade dos projetos. Forte atuação como Scrum Master, focado na estruturação, liderança e aplicação/implementação dos métodos Ágeis em times de fábrica de software dentro das organizações. Habilidade de Negociação e Comunicação, Gestão de Conflitos e Gerenciamento de Crise. Experiência no gerenciamento de equipe (local, remota) e fornecedores. Experiência com implementação e manutenção de SAP nos módulos FI, WM, SD e HR. Palestrante eventual do PMI e universidades (Gerenciamento de Projetos e Institucional PMI). Ferramentas: Conhecimentos avançado em MS Project, Pacote Office, WBS Chart Pro, Business Model Generation, Project Model Canvas, Enterprise Architec entre outros.

Silas Serpa

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