Gerência de Projetos

Ξ Deixe um comentário

5 mitos sobre o PMBOK

publicado por Emmanuel Carvalho

Figura - 5 mitos sobre o PMBOKPra quem não conhece: segundo a Wikipedia, “O guia Project Management Body of Knowledge (PMBOK) é um conjunto de práticas na gestão de projetos organizado pelo instituto PMI e é considerado a base do conhecimento sobre gestão de projetos por profissionais da área”. Sabendo disso, vamos desmistificar algumas falsas impressões que os profissionais têm sobre o PMBOK.

  1. PMBOK não é uma certificação, PMI não é uma competência e PMP não é uma metodologia de projetos.
    Muitas pessoas confundem as siglas envolvidas na gestão de projetos baseada no PMBOK. Em diversas vagas de empregos, conversas informais e até em currículos de profissionais, vemos as siglas sendo utilizadas de forma errada. Em resumo, as siglas significam:
    PMI – Project Management Institute: é uma instituição internacional sem fins lucrativos que associa profissionais de gestão de projetos.PMBOK: é um livro, um manual, um guia, com processos criados a partir de estudos, experimentos e documentações feitas por profissionais que ensinam e atuam em gerenciamento de projetos.PMP: é uma das certificações profissionais do PMI. É um documento emitido pelo Project Management Institute que atesta profundos conhecimentos nas boas práticas de gerenciamento de projetos, responsabilidade social e ética, baseados na norma PMI-ANSI denominada PMBOK.
  2. O PMBOK é burocrático!
    O guia desenvolvido pelo PMI tem 47 processos agrupados em 5 categorias: Iniciação, Planejamento, Execução, Monitoramento e Controle, Encerramento. Apenas com esses números é possível imaginar que o PMBOK seja burocrático, mas não é. Nem todo projeto precisa passar por todos os processos de gerenciamento. Cada projeto é diferente, único. Cada um desses processos precisa de entradas e podem gerar uma ou mais saídas. Gerentes de Projeto menos experientes tendem a ignorar essas entradas e saídas, gerando desorganização do projeto, ou a maximizar a importância delas, fazendo com que os processos sejam burocráticos e criando gargalos por causa de documentações em excesso. Cabe ao gerente de projetos definir um plano dos processos e ferramentas que serão utilizadas para o controle das atividades de maneira eficiente e de acordo com as possibilidades do projeto.
  3. O PMBOK atrasa os projetos!
    Como vimos anteriormente, o PMBOK é um conjunto de boas práticas, não uma metodologia. Cabe ao gerente de projetos organizar e adaptar os diversos processos de gerenciamento de projetos para cumprir os objetivos do projeto de maneira eficiente e eficaz. O PMBOK é um guia, não uma metodologia específica. O uso do PMBOK como guia pode e deve ser complementado com o uso de metodologias (Ágil, Cascata, PRINCE2 etc) e ferramentas distintas de acordo com a necessidade de cada projeto. Utilizar processos demasiadamente longos e complexos para tarefas simples pode sim diminuir a eficiência do projeto, aumentando os prazos sem real necessidade.
  4. O PMBOK não pode ser usado com Scrum ou outras metodologias ágeis!
    Um exemplo prático de utilização da metodologia ágil Scrum junto com as boas práticas do PMBOK: A partir da coleta de requisitos inicial, ou a coleta das “histórias de processos”, criamos o Product Backlog (Documentação dos Requisitos) das necessidades dos Product Owners (Stakeholders). Uma forma prática de organizar esse backlog visualmente é a criação de uma EAP, que pode ser constituída de entregas maiores (ou milestones) que podem ser decompostos em Sprints, que são as unidades básicas do que será desenvolvido. Com a soma do prazo, custo e escopo desses Sprints, é possível definir a baseline do nosso projeto. Observando o planejamento acima com atenção, é possível ver a oscilação entre boas práticas do PMBOK e a estrutura de desenvolvimento do Scrum, de maneira quase transparente. O PMI tem uma credencial específica para profissionais que atuam com metodologias ágeis em seus projetos, o PMI-ACPSM, que não é limitada a profissionais certificados em gerenciamento de projetos.
  5. O PMBOK é difícil.
    Para entender como essa afirmação é falsa, precisamos entender como é composto o PMBOK. O PMBOK é um mapa. Em um primeiro momento, pode ser complicado entender a estrutura e a organização dele, mas de acordo com a necessidade, é possível ver se o seu modo de gestão do projeto está de acordo com as boas práticas que o PMBOK indica. O caminho indicado inicialmente em um mapa pode precisar de ajustes, dependendo das condições do terreno. As pessoas confundem o PMBOK com o exame para a certificação PMP – Project Management Professional, que realmente é difícil. Em uma sala fechada com câmeras em todos os lados, detector de metais, sem poder falar, encostar nos bolsos ou tirar as mãos de cima da mesa, você deve responder 200 questões em 4 horas, com pouco mais de 1 minuto para cada questão. O ambiente e a pressão da situação fazem o exame ser muito mais difícil do que a complexidade das questões em sí.

Espero ter ajudado a entender um pouco desse mundo que é o gerenciamento de projetos de acordo com os ensinamentos do PMI. Caso tenha dúvidas, por favor, utilize os comentários.

[Crédito da Imagem: PMBOK – ShutterStock]

Autor

Formado em Gestão de Tecnologia da Informação e Certificado em Gerenciamento de Projetos pelo PMI (Project Management Professional - PMP®), trabalhando desde 2001 em Tecnologia da Informação com Desenvolvimento de Softwares e Soluções em Business Intelligence. Também é Fotógrafo Profissional e atua em eventos sociais.

Emmanuel Carvalho

Comentários

You must be logged in to post a comment.

Busca

Patrocínio

Publicidade



Siga-nos!

Newsletter: Inscreva-se

Para se inscrever em nossa newsletter preencha o formulário.

Artigos Recentes