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Cuidado, o mundo dá voltas

publicado por Alberto Parada

Cuidado, o mundo dá voltasVida corporativa, vida acadêmica e vida pessoal. Habituamos a nos dividir em mundos diferentes e nos moldamos para termos ações e reações em função desses mundos.

As emoções de satisfação, medo, vitória e derrota permeiam todas as nossas vidas e, diferentemente da razão que controlamos, somos fundamentalmente o reflexo das ações emocionais que tomamos em todos os momentos das nossas vidas.

Comumente nos tornamos pessoas seguras e, muitas vezes, prepotentes a cada vitória alcançada. Cada degrau que se sobe na escada organizacional nos faz sentir mais importante e (por que não dizer até perigosamente) mais poderosos.

O poder traz a sensação de imortalidade e invencibilidade que, na maioria das vezes, afeta o nosso comportamento e, principalmente, as nossas atitudes. Passamos a falar mais e ouvir menos e começamos a mudar a maneira de tratar os outros. Sempre para pior.

A pessoa gentil e cordial, o profissional dedicado e atencioso dá lugar ao pai mandão, ao marido sempre ocupado, ao chefe truculento e ao amigo inacessível. A certeza de ser melhor que os outros é tão grande que a cegueira no traz a falsa impressão de que somos auto suficientes.

Por mais que alguns achem, a vida não é uma escada que só tem uma direção (o topo). E o esforço que se faz para subir é muito maior do que se faz para cair. Isso, se contarmos apenas com a força da gravidade. Mas, se lembrarmos dos inimigos que ganhamos cada vez que se destrata alguém, o esforço para atingir o cume fica muito maior.

A única certeza que podemos ter da vida é que ela vai mudar e que reveses acontecerão. Podemos perder o emprego com uma fusão ou com a mudança de chefia, da mesma maneira que uma doença na família transforma a nossa realidade da noite para o dia.

E quando menos esperamos teremos que contar com pessoas que até pouco tempo destratávamos e as considerávamos inferiores. E aí se pode ter surpresas desagradáveis. O mundo desmorona de uma hora para outra e ficamos sem chão.

A revolta se instala e, no primeiro momento, pensa-se em vingança: “quando eu for poderoso novamente ele receberá o seu”.

Pensamentos assim, na verdade, não resolvem, apenas acumulam emoções ruins e sem nenhum retorno. Para quem está ainda nos primeiros degraus da vida, mais importante do que se preparar apenas nos bancos das escolas para chefiar, seja uma casa ou uma empresa, aprenda primeiro a entender como a vida funciona.

Converse mas, principalmente, escute os mais velhos. E entenda que não  há demérito em cair; aprenda que a ajuda mútua traz frutos para uma vida inteira.

Para aquele que já viveu e ainda não aprendeu, se dê o direito de mudar, afinal da mesma maneira que os reveses acontecem, novos momentos de bonança surgirão. E nada melhor do que estar preparado emocionalmente para aproveitá-los.

Autor

Fundador do : descomplicandocarreiras.com.br

Alberto Parada

Comentários

2 Comments

  • Nossa Parada… Esse artigo tem muito haver com a experiência que estou passando.

    Hoje estou trilhando uma carreira empreendedora e fico pensando muito nos meus antigos trabalhos e cheguei a uma conclusão, apesar de todos os pesares, graças as boas e principalmente as más experiências hoje tenho uma boa ideia de como é o mundo dos negócios….

    Nunca pensei que seria tão importante ter passado por todas as fases, de estagiária explorada a cargo de confiança.

    E concordo contigo, o mundo dá voltas e o que importa são as experiências que tivemos que nos tornam melhores profissionais e pessoas.

    Abraços,

    Pri

  • Excelente artigo, já presenciei muito desse cenário que você descreveu. Parabéns!

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