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MachinetoMachine e as SmartCities

publicado por Max Ciqueira

MachinetoMachine e as SmartCitiesEm um mundo onde a tecnologia possibilita a automação de um incontável número de atividades e processos, MachinetoMachine (M2M) tem estado cada vez mais presente na vida cotidiana. E, além de aplicações que ajudam as empresas a melhorarem seus serviços e sua eficiência, estamos assistindo o surgimento e disseminação de aplicações que têm influência direta na vida das pessoas, como no caso das chamadas SmartCities, ou Cidades Inteligentes.

SmartCities são as cidades onde a infraestrutura digital está amplamente disponibilizada e garante acesso a serviços eletrônicos de alta complexidade, bem como a ferramentas para análise de dados que irão permitir uma maior eficiência na tomada de decisão, antecipação de problemas, e atuação pró-ativa na gestão de recursos públicos que impactam diretamente a vida das pessoas como: trânsito, meio ambiente, ações sociais, saúde, educação, planejamento urbano, segurança e administração pública.

No Brasil, algumas aplicações já estão em operação, e alguns casos relevantes destacam-se:

  • O Centro de Operações da cidade do Rio de Janeiro (RJ), que integra informações de diversos órgãos públicos para melhorar a capacidade de resposta a incidentes;
  • A gestão de transporte público na cidade de Curitiba (PR), que permite disponibilizar em tempo real, através da internet e smartphones, informações de itinerários e horários dos ônibus;
  • O controle de tráfego de veículos na cidade de Vitória (ES), efetuado em tempo real através de controladores de tráfego que ajustam automaticamente os semáforos para melhorar a fluidez do trânsito;
  • O acompanhamento em tempo real da coleta de lixo na cidade de Porto Alegre (RS), através do controle dos caminhões de coleta, que garante maior transparência e qualidade ao processo de coleta de lixo, e traduz-se em benefícios ao meio ambiente e a população.

Todos estes serviços estão baseados em aplicações M2M, onde sensores e medidores obtêm informações e as transmitem em tempo real para aplicativos que cada vez mais “aprendem” a tomar decisões e podem disparar uma série de eventos. Para que isso seja possível, aplicações M2M operam de acordo com um conjunto mínimo de processos denominado “Cadeia de Valor” que considera a obtenção, transmissão, processamento e disponibilização de informações.

Apesar da cadeia de valor possuir três processos básicos, a disponibilização de uma plataforma M2M para SmartCities não é uma tarefa trivial. A complexidade em se disponibilizar e manter aplicações para SmartCities está relacionada à implementação de sistemas de coleta de informações que sejam robustos fisicamente e suportem as diversas intempéries a que estão sujeitos os aparelhos públicos, a seleção de um meio de comunicação confiável e de baixo custo (tanto na implantação quanto na operação dos serviços), e a disponibilização de aplicativos que suportem as diversas demandas de serviço, além evidentemente da ativação e da operação dos serviços, que podem requerer uma ação coordenada (integração) entre os provedores de soluções na cadeia de valor conferindo confiabilidade, qualidade e segurança aos serviços.

As autoridades públicas devem, ao desenvolver programas com características de SmartCities, selecionar fornecedores que possam implantar os projetos no menor prazo e com o maior nível de integração possível a fim de reduzir investimentos, e que tenham condições de realizar uma operação de alta qualidade, ininterrupta, além de aplicar processos de melhoria contínua, otimizar recursos e reduzir custos operacionais.

Dessa maneira, a experiência para o cidadão passa a ter um valor que pode ser percebido e controlado garantindo uma maior qualidade de vida nas cidades do futuro que são cada vez mais populosas, complexas e requerem investimentos em diversos setores. Este tipo de ação, quando bem coordenada, representa um retorno justo dos impostos pagos pelos cidadãos, traduzido em serviços úteis e necessários para a sociedade.

[Crédito da Imagem: Smartcities – ShutterStock]

Autor

Max Ciqueira é consultor da Lyra Network, empresa multinacional de origem francesa especializada em conectividade dos terminais de pagamentos, líder do segmento no Brasil, que adaptou sua plataforma para atender todos os segmentos do mercado M2M (transporte, energia, segurança, saúde, outros).

Max Ciqueira

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