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5 Critérios para adoção de Software Livre para uso corporativo

publicado por Luiz Fuzaro

5 Critérios  para adoção de Software Livre para uso corporativoGartner’s Top Predictions for IT Organizations and Users, 2008 and Beyond:

“By 2012, 80% or more of all commercial software will include elements of open-source technology.”

Bem, estamos em 2014 e parece que as previsões se confirmaram e evoluiram muito mais que o previsto.

Hoje as soluções de softwares comerciais devem ter até 80% de códigos livres em sua composição!

Ou seja, apenas 20 % de cada software e realmente diferencial, códigos especialistas ou soluções feitas sob demanda.

Uma evolução muito rápida em cima das previsões do Gartner.

Sob a ótica atual, a comoditização é geral e democrática, o primeiro passo na transição para cloud computing, um modelo de negócios que se tirarmos uma ou outra plataforma proprietária, que pode demorar a pegar sobra ainda as fornecedoras de IAAS, (infraestrutura como serviço) os serviços de base: filas de mensagens, repositórios (storage organizados e acessíveis), bancos de dados, DNS entre outros, que são majoritariamente baseadas em softwares livres ou no mínimo, baseados em padrões abertos.

Você está preparado ?

Se a migração para Cloud Computing de seu ambiente requer muita modificação e transição, você não fez direito o seu dever de casa.

A migraçao para cloud computing ficará mais tranquila se o “core” de suas aplicações estiver “cloud ready” em casa, antes da transição. E acredito que o uso de serviços de infraestrutura com padrões abertos é um ótimo exercício.

Estamos diante da época de maior compartilhamento de bens que a humanidade já conheceu e sua empresa não está preparada para se apropriar disto?

Você está pagando uma baba de dinheiro bom por commodities?

As fases de utilização de softwares livre para geração de diferenciais estratégicos competitivo, em vários ramos de negócio já passou. Assim como tentar fazer os usuários de desktop engolir Linux para o dia a dia.

Mas, a adesão a um novo “modus operandi” do meio tecnológico aplicado ao suporte a processos de negócios com vistas ao mundo da cloud computing de IAAS e em algumas PAAS, a prévia utilização de algumas tecnologias livres é imprescindível, mas, isto é assunto para outro artigo.

Ainda é tempo para economizar alguns $$, 2014 esta apenas começando e é tempo de colocar mais aluguns projetinhos de preparação para migração para as nuvens.

Escolhi alguns itens que considero essenciais para a qualificação de sofwares livres para o uso corporativo, seja este diretamente para o suporte a processos de negócios, como nas plataformas de e-commerce, Blogs ou simplesmente utilizar alguns softwares livres consagrados com grande maturidade prover serviços de infraestrutura como DNS, e-mail, FTP, message queues ou databases.

Quanto ao peso específico de cada critério ou a uma prévia ordem de avaliação, acredito que isto dependa do negócio sendo assim, a importância do quesito deve ser levado em consideração no caso a caso.

Procurei elencar alguns critérios funcionais que possuem impacto direto na utilização, assim como, na geração de benefícios ou no custos total de propriedade. Vamos lá :

  1. Autenticação em serviços de diretórios.

    Toda corporação hoje em dia possui um serviço de autenticação, são AD’s, LDAP’s, OID’s, e-Directory entre outros tantos que tentam integrar tudo quanto é tipo de autenticação na busca do sonhado single sign-on,SSO.

    Vários softwares livres permitem também a autenticação diretamente em LDAP, AD ou mesmo através de PAM (plugable authentication modules) que possui módulos, podendo ser “dependurados” em alguns sistemas e permitir autenticações bem flexíveis.

    É sempre possível a criação de scripts para sincronização de bases heterogêneas, mas, se o número de usuários for grande isto acabará gerando um overhead nas rotinas do dia-a-dia e mais um elemento de possibilidade de falhas, estamos falando de segurança .

  2. Definição de papéis por níveis de privilégios.

    Outro quesito ligado a segurança e a administração dos usuários é as permissões de operação baseada nos privilégios concedidos, não dá para garantir a segurança na utilização de um software se este permitir o uso total das funcionalidades por qualquer usuário que tiver acesso com usuário e senha.

    É muito importante que o software permita refletir através de concessão de privilégios as atribuições de papéis e atividades permitidas para cada um deles.

  3. Persistência de informações em Base de dados.

    Existem muitas formas de se organizar informações e armazená-las, cada software pode fazê-la de um jeito diferente, criando inúmeros esquemas de interpretação e recuperação de informações.

    E você deixar para pensar nisto na hora que se quiser recuperar ou extrair informações, pode ser tarde. Procure o quanto antes avaliar isto e deixar o modelo dados á mão.

    O armazenamento de informações em bases de dados permite uma liberdade maior para acesso e extração, são inúmeros casos onde a extração da informação pode ser necessária, por exemplo: migrações, integração de soluções ou mesmo tirar alguns relatórios diferentes dos existentes.

  4. Logfile para trilha de auditoria

    Quando falamos em ambiente corporativo, estamos falando também em conformidade, e se sua empresa é uma multinacional, ou está na cadeia de fornecedor ou cliente de uma empresa sujeita a legislações internacionais isto é quase obrigatório. Mesmo queira siplesmente saber quem anda fazendo o que e aonde, é muito importante que a aplicação forneça um log file das atividades, assim como, das interações feitas pelo software nos sistemas onde estiver interfaceado.

  5. Aderência ao ambiente

    O software-alvo deve ter algumas características que não se distanciem muito do ambiente da TI existente, não só em termos de linguagens e padrões de arquitetura, mas, na questão de exigências para a execução.

    È muito importante também ter em mente a questão do suporte a solução adotada, a facilidade de encontrar recursos para manutenção ou uma eventual customização.

Elenquei estes cinco item pois acredito que sejam os mais práticos e que quase todo gestor pode através destes critérios conseguir qualificar e subsidiar fundamentos para uma adoção.

Entretanto, devido a dinâmica existente no desenvolvimento e nas comunidades de software livre, nos roadmaps de cada projeto é uma boa prática observar atentamente a atividade no site do projeto, número de desenvolvedores ativos, os to-do’s e os fórum de discussões.

[Crédito da Imagem: Open Source – ShutterStock]

Autor

Profissional com sólidos conhecimentos técnicos em sistemas operacionais, infraestrutura, redes, segurança e serviços de base. Arquiteto de Soluções com conhecimento em vários tipos de ambiente e aplicações. Gestor de equipes experiente com capacidade de orquestrar recursos em diversas áreas de TI para obtenção de objetivos de projetos. Foco no desempenho e confiabilidade de soluções integradas para suporte aos processos de negócio. Especialista em Linux, Padrões Abertos, Software Livre e interoperabilidade em ambientes heterogéneos.

Luiz Fuzaro

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