Carreira

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Carreira: Reclamar é preciso(?)

publicado por Israel Bovolini Jr

Nada como um longo projeto para clarear algumas idéias e mudar alguns conceitos.

Após um (longo) tempo sem falar com vocês, estou voltando ao TI Especialistas para falar de um assunto bastante delicado. Espero realmente que quem leia este artigo tenha o profissionalismo e a maturidade necessários para entendê-lo.

O tema de hoje é: ESCOLHAS E CONSEQUÊNCIAS.

Existe uma crônica muito interessante sobre este assunto, que reproduzo aqui: (e que o ACTA não me pegue)

VERSÕES DE MIM
Vivemos cercados pelas nossas alternativas, pelo que podíamos ter sido.

Ah, se apenas tivéssemos acertado aquele número (unzinho e eu ganhava a sena acumulada), topado aquele emprego, completado aquele curso, chegado antes, chegado depois, dito sim, dito não, ido para Londrina, casado com a Doralice, feito aquele teste…

Agora mesmo neste bar imaginário em que estou bebendo para esquecer o que não fiz – aliás, o nome do bar é Imaginário – sentou um cara do meu lado direito e se apresentou:
– Eu sou você, se tivesse feito aquele teste no Botafogo
E ele tem mesmo a minha idade e a minha cara. E o mesmo desconsolo.
– Por que? Sua vida não foi melhor do que a minha?
– Durante um certo tempo, foi. Cheguei a titular. Cheguei a seleção. Fiz um grande contrato. Levava uma grande vida. Até que um dia..
– Eu sei, eu sei… disse alguém sentado ao lado dele.
Olhamos para o intrometido… Tinha a nossa idade e a nossa cara e não parecia mais feliz do que nós. Ele continuou:
– Você hesitou entre sair e não sair do gol. Não saiu, levou o único gol do jogo, caiu em desgraça, largou o futebol e foi ser um medíocre propagandista.
– Como é que você sabe?
– Eu sou você, se tivesse saído do gol. Não só peguei a bola como me mandei para o ataque com tanta perfeição que fizemos o gol da vitória. Fui considerado o herói do jogo. No jogo seguinte, hesitei entre me atirar nos pés de um atacante e não me atirar. Como era um herói, me tirei… Levei um chute na cabeça. Não pude ser mais nada. Nem propagandista. Ganho uma miséria do INSS e só faço isto: bebo e me queixo da vida. Se não tivesse ido nos pés do atacante…
Ele chutaria para fora. Quem falou foi o outro sósia nosso, ao lado dele, que em seguida se apresentou.
– Eu sou você se não tivesse ido naquela bola. Não faria diferença. Não seria gol. Minha carreira continuou. Fiquei cada vez mais famoso, e agora com fama de sortudo também. Fui vendido para o futebol europeu, por uma fábula. O primeiro goleiro brasileiro a ir jogar na Europa. Embarquei com festa no Rio…
– E o que aconteceu? perguntamos os três em uníssono.
– Lembra aquele avião da VARIG que caiu na chegada em Paris?
– Você…
– Morri com 28 anos.
– Bem que tínhamos notado sua palidez.
– Pensando bem, foi melhor não fazer aquele teste no Botafogo…
– E ter levado o chute na cabeça…
– Foi melhor, continuou, ter ido fazer o concurso para o serviço público naquele dia. Ah, se eu tivesse passado…
– Você deve estar brincando.
Disse alguém sentado a minha esquerda. Tinha a minha cara, mas parecia mais velho e desanimado.
– Quem é você?
– Eu sou você, se tivesse entrado para o serviço público.
Vi que todas as banquetas do bar à esquerda dele estavam ocupadas por versões de mim no serviço público, uma mais desiludida do que a outra. As conseqüências de anos de decisões erradas, alianças fracassadas, pequenas traições, promoções negadas e frustração. Olhei em volta. Eu lotava o bar. Todas as mesas estavam ocupadas por minhas alternativas e nenhuma parecia estar contente. Comentei com o barman que, no fim, quem estava com o melhor aspecto, ali, era eu mesmo. O barman fez que sim com a cabeça, tristemente. Só então notei que ele também tinha a minha cara, só com mais rugas.
– Quem é você?perguntei.
– Eu sou você, se tivesse casado com a Doralice.
– E..?
Ele não respondeu. Só fez um sinal, com o dedão virado para baixo…
Creio que a vida não é feita das decisões que você não toma, ou as atitudes que você não teve, mas sim, aquilo que foi feito!
Se bom ou não, penso, é melhor viver do futuro que do passado!
Luís Fernando Veríssimo

Você está descontente com seu trabalho? Com sua vida? Perdeu o interesse? Bom, meu amigo, junte-se a nós. TODOS em algum momento da vida já se sentiram perdidos, já deixaram a peteca cair, e já se fizeram a mardita pergunta “E se eu tivesse feito <complete aqui>?”.

Para todos nós, uma novidade: não dá pra alterar o passado. Por mais que se propague que é possível (na Superinteressante de Novembro/2011 diz que dá), o máximo que você vai fazer é criar uma ilusão. Você pode olhar para aquela cicatriz no seu braço e imaginar que nunca se cortou lá, mas o FATO de que a cicatriz existe não vai mudar.

O clichê é antigo: a vida é feita de escolhas. Se pudéssemos prever todas as consequências de nossas escolhas, seja honesto, nada teria graça. De que adianta comprar um game dificílimo se você usa cheats para terminá-lo? A mesma coisa se aplica para a vida; se você está descontente com seu trabalho/vida/relacionamento/etc, não adianta fugir: a escolha é sua. Mudar ou não um padrão é opção de cada um, e deve-se ter em mente que PARA CADA ESCOLHA HÁ UMA CONSEQUÊNCIA, seja ela boa, ruim ou um pouco de cada. Se você não tem motivação para ir trabalhar, de quem é a culpa? “Ah, daquele(a) <palavrão> do(a) meu(minha) (chefe/colega/paquera/concorrente/tia do café)!” – mais uma novidade para você: não é culpa deles você não ter motivação. E a ESCOLHA de aguentar isso é de total e completa responsabilidade sua. Se algo ou alguém te incomoda, por que raios você vai continuar se predispondo a aguentar isso?

Entenda que para cada escolha sempre há dois caminhos, com várias consequências. A vida não é feita de CASEs/SWITCHes, é feita de IFs encadeados. Quer ver?

“Não aguento meu chefe” – você tem 2 escolhas: continuar empregado ou pedir demissão. Ao continuar empregado, você tem 2 escolhas: conversar ou não com seu chefe sobre o que te incomoda. Se sim, ele tem 2 caminhos: muda de atitude ou não. Se mudar, sua vida está OK e o problema é seu. Se não mudar, volte para a primeira escolha. Vamos colocar em uma linguagem mais fácil de entender:

PROBLEMA: Não aguento meu chefe
BEGIN
OPT01:
IF (continuar empregado) = TRUE THEN
IF (conversar com chefe) = TRUE THEN
IF (chefe mudou de atitude) THEN
Vida = OK
ProblemaDoOutro = 0
ProblemaSeu = 1
GOTO CONTINUAR
ELSE
Vida = !OK
ProblemaDoOutro = 0
ProblemaSeu = 1
GOTO OPT01
END IF
ELSE
Vida = !OK
ProblemaDoOutro = 0
ProblemaSeu = 1
GOTO OPT01
END IF
ELSE
Vida = !OK
ProblemaDoOutro = 0
ProblemaSeu = 1
GOTO OPT02
END IF
OPT02:
ProcurarEmprego()
CONTINUAR:
Trabalhar()
END

Compreende? Em todos os aspectos, O PROBLEMA NÃO É DO OUTRO, É SEU! Você deve ter a frieza para analisar as situações, e decidir pela escolha que mais lhe convém. Como disse o mestre Oogway em Kung-fu Panda: “Não há notícias boas ou ruins, apenas notícias”. A forma como você as encara é que diz se elas são boas ou ruins. O que não adianta é ficar reclamando sem tomar nenhuma atitude. Isso é, com o perdão do péssimo gosto, como urinar contra o vento: pode aliviar, mas vai voltar pra você.
Minha mensagem de hoje é bastante simples: Pare de reclamar e comece a decidir. Fica para reflexão uma frase de Albert Einstein

Insanidade é fazer as coisas da mesma maneira e esperar obter resultados diferentes.

Sucesso!

Autor

Trabalho na área de tecnologia há 12 anos, tendo sempre um perfil generalista, atuando desde o levantamento de requisitos, passando por análise de sistemas, desenvolvimento, implantação e fazendo acompanhamento pós-venda. Atualmente me dedico à liderança e coordenação de equipes de desenvolvimento, procurando sempre extrair o máximo de cada um e aplicando seus talentos para que todos saiam satisfeitos. Acredito que não exista um profissional cujos talentos não possam ser aproveitados em algum aspecto de um projeto, basta saber estimulá-lo a isso. LinkedIn: http://br.linkedin.com/in/ibovolini

Israel Bovolini Jr

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