Cloud Computing

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Desvendando o Windows Azure I

publicado por Hernando Santana Pinto

Antes de qualquer palavra específica sobre a plataforma Windows Azure, vamos tratar inicialmente sobre o conceito de computação em nuvem – Cloud Computing. Há uma infinidade de definições disponíveis, bem como há simples serviços que são oferecidos com a palavra mágica cloud, mas oferecem diferentes características que exigem grande atenção quando da sua contratação para não comprar gato por lebre.

Em termos gerais as características desejadas para uma plataforma de computação em nuvem são a alta disponibilidade, a computação sob demanda e a fácil e rápida escalabilidade.  Além disso a Microsoft acrescenta nessa listagem a característica de suporte multi-inquilino e funcionalidades self-service, características essas importantes em especial quando se trata de nuvem pública, como é o caso do Windows Azure. Entende-se que itens como segurança e afins são intrínsecas a qualquer plataforma de TI e, portanto, obviamente estão contidas nesse escopo e não serão objeto principal desse artigo.

Sem a intenção de esgotar o assunto, a grosso modo podemos classificar as vertentes de computação em nuvem da seguinte maneira:

– Nuvem privada. Implementação local de virtualização utilizando tecnologias como VMWare e HyperV.

– Hosting. Serviços de hosting dedicados como os oferecidos pelo UOL e Locaweb, entre outros.

– IaaS. Infrastructure as a Service. Serviço de hosting com algumas características mais próximas das nuvens públicas. Também são oferecidos pelo UOL e Locaweb, em alguns casos utilizando a tecnologia VMWare vCloud.

– PaaS. Platform as a Service. É o nível mais alto de abstração, normalmente utilizado nas nuvens públicas, alguns produtos já comerciais nessa linha são o Google Apps e o Windows Azure.

– SaaS. Software as a Service. São softwares oferecidos como serviço, consumidos diretamente da nuvem, como o Office 365 e pacotes de serviços baseados na web como os do Gmail, Yahoo, Windows Live, etc. Há também alguns ERPs  e CRMs no mercado disponibilizados dessa maneira.

O Windows Azure é classificado como PaaS e consta de uma infinidade de serviços disponibilizados diretamente dos datacenters da Microsoft distribuídos pelo mundo. Nessa arquitetura todos os serviços de rede, armazenamento, servidores, virtualização, sistema operacional, bancos de dados, segurança e integração são gerenciados pela Microsoft. O que resta então para a TI gerenciar? O que é mais importante: os dados e as aplicações.

Com a utilização do Windows Azure as equipes de TI podem centralizar os seus esforços para o que e sua empresa tem de diferencial competitivo, o seu aplicativo, o seu negócio, o seu e-commerce ou a sua rede social. Para aqueles mais imersos na infraestrutura local isso pode parecer um absurdo, mas assim como ocorre hoje com o abastecimento de água e energia elétrica, assim também acontecerá com a infraestrutura de TI. Datacenters locais ficarão restritos a grandes corporações.

Não podemos mais nos dar ao luxo de aguardar semanas ou meses para disponibilizar um novo servidor para suportar as demandas das compras de final de ano, e depois deixá-lo ocioso o restante do ano.

Há uma série de cenários que são perfeitamente aderentes a computação em nuvem no formato do Windows Azure, entre os quais podemos destacar:

– Processamento de cargas em batch, como geração de boletos e folhas de pagamento, integração de aplicativos offline, sincronização de bases de dados heterogêneas, etc.

– Crescimento rápido. Um novo site, uma startup, site de compras coletivas ou rede social que experimenta um crescimento muito rápido e precisa de provisionamento imediato de novos servidores.

– Picos sazonais. E-commerces e similares que em datas específicas possuem grandes picos de utilização, mas não justificam a manutenção desse grande poder de processamento nos momentos de baixa demanda.

No próximo artigo trataremos especificamente dos serviços oferecidos pelo Windows Azure e da integração entre eles.

Autor

DBA SQL Server. Certificação Microsoft MCP - MCPS - 70-461 e 70-462. 20 anos de experiência na área de TI, tendo atuado como programador, suporte técnico, analista de sistemas, DBA e supervisor. Amplos conhecimentos técnicos e gerenciais na área de desenvolvimento de sistemas, banco de dados, cloud-computing, gerenciamento de projetos, coordenação de equipes, desenvolvimento de e-commerces e e-learnings na nuvem da Amazon - AWS.

Hernando Santana Pinto

Comentários

3 Comments

  • Ótimo artigo! Simples e direto, ofereceu alguns bons exemplos para a utilização de Cloud Computing. Que venha a parte II.

    Abraço!

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